01/09/2020
Banesprev: Não se iluda com números informados sobre reserva matemática

A última semana de agosto começou com burburinhos sobre valores divulgados aos participantes e assistidos do Banesprev, que fazem parte de planos de benefícios definidos – o público-alvo do Santander -, para forçar a migração para o seu maléfico Plano CD (de Contribuição Definida).
As entidades representativas têm recebido várias solicitações de seus associados para esclarecer a questão. Para quem ainda não viu, um valor apresentado como a individualização da reserva matemática, foi disponibilizado no site do Banesprev e a mensagem aparece apenas quando se está em área logada.
Um alerta é que os números apresentados são apenas indicativos, não são os que serão transferidos para o novo plano, tendo em vista que a Reserva Matemática será recalculada em momento futuro. Lembrando também que serão ajustados os déficits e superávits. Não se pode ignorar ainda que os cálculos foram feitos com base em 29/02, antes do agravamento da pandemia mundial do Covid-19, quando os resultados dos planos de benefícios eram favoráveis. Tudo mudou a partir de março.
Além disso, o Banesprev não publicou as premissas utilizadas nos cálculos, por exemplo, qual a taxa de retorno considerada para os investimentos dos recursos, ou seja, qual foi a taxa de desconto utilizada no cálculo da reserva. Seguem com a falta de transparência que é marca dos atuais gestores indicados pelo Santander, que vetaram a participação de conselheiros deliberativos suplentes nas reuniões do colegiado; não forneceram explicações aceitáveis, conforme solicitado pela coordenadora do Comitê Gestor do Plano II sobre o reajuste devido aos assistidos do plano; não forneceram as explicações solicitadas pela presidente do Conselho Administrativo do Plano Pré-75 em relação ao descumprimento da sua governança.
Por qual motivo? O que estão escondendo?
Além disso, os participantes do Plano II têm que considerar que as Reservas Matemáticas utilizadas para os aposentados deste plano estão todas subavaliadas, pois não estão cumprindo com o regulamento do plano negando o reajuste devido.
Mais um alerta: esta propaganda serve mais para confundir do que para esclarecer, como tem sido próprio do comportamento do Banesprev/Santander nos últimos tempos.
Importante que todos tenham em mente que, ao migrarem, abrirão mão de reajustes fixados por índices de inflação (INPC/IGPM) nos seus benefícios, que passarão a ser regrados pelo retorno dos investimentos. Caso o benefício seja reduzido devido a retornos negativos, os assistidos terão dificuldades para pagar as contribuições da Cabesp, que deverão continuar nos patamares atuais, podendo levar até à perda do plano de saúde.
Esta proposta em meio a uma pandemia, atingindo pessoas muito idosas, é de uma crueldade sem parâmetros, típica de um banco que só pensa no lucro com desprezo aos seus trabalhadores.
Ao olhar para esta proposta, reflita:
– É bom para quem?
Para o banco, que se livra de compromissos assumidos, ou para o trabalhador?
– Pergunte-se:
O SANTANDER LHE PARECE CONFIÁVEL?
Com tudo isso a orientação da representação dos funcionários permanece a mesma: Não à Migração!
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Super Caixa: empregados criticam programa de premiação do banco
- Santander divulga agenda de expediente de fim de ano para os empregados
- Senado avança em PEC que reduz jornada de trabalho para 36 horas semanais
- Live Fim de Ano Premiado premia 21 bancários e bancárias, celebra valorização da categoria e reconhece confiança dos associados no Sindicato
- Entenda por que Copom erra ao manter juros em 15%
- Cassi: BB apresenta proposta de antecipação de valores aquém das necessidades da caixa de assistência
- Déficit do Saúde Caixa confirma acerto da categoria ao aprovar novo ACT
- Campanha de Sindicalização 2025 da Fetec-CUT/SP premia bancários de Araraquara e Guarulhos
- Participe da pesquisa da FETEC-CUT/SP e ajude a aprimorar a nossa comunicação
- FETEC registra mais de 700 novas sindicalizações em campanha histórica
- 10 de dezembro: Dia de defender os direitos humanos e a democracia
- Categoria bancária reforça luta contra violência de gênero
- Centrais sindicais vão as ruas para exigir queda nos juros do Banco Central
- Empregados são orientados a não assinar termo enviado pela Caixa
- Pesquisa da Fenae quer ouvir empregados da Caixa sobre capacitação profissional