26/08/2020
Proposta da Caixa é de cortes no plano de saúde e na remuneração dos empregados
Durante a cerimônia de lançamento do “Casa Verde Amarela”, substituto do “Minha Casa, Minha Vida”, ocorrida nesta terça-feira (25), o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, declarou que o banco “nunca teve tanto lucro”.
Além do lucro, Guimarães afirmou que as notas de governança também estão boas, tudo isso mesmo com a queda nos juros.
A fala do presidente da Caixa bate de frente com as justificativas usadas para reduzir a remuneração dos empregados, retirar direitos, cortar o plano de saúde, alterar seu fundo de pensão e privatizar o banco.
A base de todos os ataques que a instituição e seus trabalhadores vem sofrendo está no argumento de que a situação da empresa pública é insustentável, dando a impressão de que o banco tem baixa lucratividade.
Agora, Guimarães se gaba do resultado alcançado pelos empregados da Caixa, mas no momento de manter direitos e/ou melhorar as condições de trabalho a conversa muda completamente para um cenário de crise e insustentabilidade.
“Pedro Guimarães diz que os empregados da Caixa são como uma família para ele, mas ele tem tratado esta família muito mal, pois sua proposta de acordo coletivo prevê a redução de remuneração, corte no plano de saúde e redução nos cuidados com saúde e segurança no trabalho, mesmo com os vultuosos lucros que ele afirma que a empresa apresentará”, diz o presidente da APCEF/SP, Kardec de Jesus Bezerra.
"Assistência oferecida pelos empregados da Caixa desde o primeiro mês da pandemia do coronavírus e do início do pagamento do auxílio emergencial, do FGTS e de todos os outros benefícios sociais operacionalizados pelo banco público, chega a 100 milhões de pessoas, metade da população brasileira. Mesmo com todo o empenho dos bancários para garantir a prestação de serviços essenciais à população, colocando em risco a saúde e a vida deles e de seus familiares, o banco quer restringir o acesso ao plano de saúde sob a falsa alegação de que a intenção é manter a sua sustentabilidade, além de ameaçar reduzir também a remuneração e outras direitos básicos e conquistas históricas. É completamente inaceitável essa proposta. Em seus discursos comoventes para a imprensa, o presidente da Caixa se contradiz a todo momento, assim como o governo Bolsonaro, o qual a direção dos bancos públicos têm seguido fielmente a cartilha do desmantelamento. A intenção real é desmontar para privatizar, e para isso retirar direitos dos empregados é parte estratégica do plano. Mas não aceitaremos retrocessos. Seguimos fortes e juntos na luta por #NenhumDireitoAMenos", reforça o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
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