10/06/2020

Pandemia: Entidades representativas cobram manutenção do Projeto Remoto na Caixa



A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), assessorada pela Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), que representa também o Sindicato nas negociações com o banco, enviou ofício à Caixa Econômica Federal para pedir o agendamento de reunião da Mesa Permanente de Negociações, por videoconferência.

O principal tema da pauta será a prorrogação do projeto teletrabalho enquanto perdurar a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O “Projeto Remoto” é um dos principais itens do protocolo de atuação de gestores e empregados. A medida, construída em conjunto com as entidades e o movimento sindical, é essencial para promover a saúde e defender a vida dos empregados e da população durante a pandemia.

“Os empregados do banco e a população são vítimas da ineficiência e da irresponsabilidade do governo. O trabalho remoto é importante para os empregados e para a população protegendo-os da contaminação e evitando a aglomeração nas agências”, avaliou o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa).

"Manter o trabalho em home office é fundamental para salvar vidas. O isolamento social é a resposta mais eficaz contra o novo coronavírus de acordo com a Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde. Neste momento de enfrentamento à pandemia, é necesssário que sejam respeitados os protocolos que garantem a proteção dos empregados", reiterou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.

Outro ponto da pauta de reivindicações é a postura do banco público de cobrar metas dos empregados em plena pandemia de coronavírus (Covid-19) e enquanto acontece o pagamento do Auxílio Emergencial.

A postura, anunciada no início de junho, contraria os compromissos firmados pelo banco público, desde o início da pandemia. Em março, a direção da Caixa havia se comprometido a suspender a cobrança de metas durante a pandemia de coronavírus. Já no começo de abril, em documento, a vice-presidência de Varejo havia afirmado que “nenhuma unidade ou empregado terá impacto na sua carreira em razão dos resultados observados enquanto durar esta fase de confinamento”. Depois, no início de maio, havia comunicado a suspensão da GDP.

O Sindicato repudia decisão da empresa de cobrar metas em plena pandemia, contrariando compromisso assumido. E orienta os empregados a guardarem registros de todos os abusos feitos pela direção da empresa. "A Caixa tem tratado de metas como se estivéssemos em situação de normalidade, e não em meio a uma pandemia que tira vidas e que reduziu a renda da população. Reivindicamos da Caixa uma posição sobre a questão e exigimos o respeito aos cuidados e à segurança dos seus empregados. A meta do banco público deve ser preservar vidas", defende o diretor.

Relaxamento das medidas de segurança

Ao mesmo tempo em que volta com a cobrança das metas, a Caixa também relaxa as medidas de segurança relacionadas à saúde de seus empregados, com o retorno de trabalhadores de áreas-meio que estavam em sistema de teletrabalho e mudanças nas regras de afastamento dos terceirizados. “A CEE/Caixa têm cobrado intensamente a Caixa para que cumpra os protocolos de combate à pandemia da Covid-19. Tais ações tem se mostrado necessárias, pertinentes e efetivas, haja vista os índices verificados do contágio e adoecimento no país, que justificam essas medidas”, finalizou Dionísio Reis.
Fonte: Contraf-CUT, com edição de Seeb Catanduva

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