10/06/2020
Mesmo com lucro histórico, banco Mercantil demite trabalhadores em plena pandemia
Clientes e funcionários do Mercantil do Brasil de todo o país foram surpreendidos nesta quarta-feira (10) com a falta de humanidade e a ganância sem precedentes do banco, que efetuou dezenas de demissões sumárias de trabalhadores em plena pandemia de Covid-19.
Em tempos de pandemia, os usuários dos serviços do Mercantil, em sua maioria beneficiários e pensionistas do INSS, vêm sofrendo com atendimento precário, superlotação de agências e filas enormes nas portas e interior das agências e postos.
Mesmo com esse cenário preocupante, o Mercantil não titubeou em demitir dezenas de bancários e diminuir ainda mais o quadro de funcionários dessas unidades. Isto, consequentemente, gerará um aumento do déficit no atendimento e mais demora e sofrimento, sem contar a possibilidade de aumento dos casos de contágio entre grupo de risco, que são os aposentados idosos acima de 60 anos.
Há pouco tempo, agências do Mercantil do Brasil de Juiz de Fora, em Minas Gerais, tiveram que ser fechadas pelo Sindicato local por conta de testes positivos de Covid-19 em funcionários, que poderiam retransmitir o vírus para os milhares de clientes atendidos diariamente.
É importante destacar, também, que o Mercantil do Brasil não conseguiu oferecer a todos seus funcionários, em 2020, a vacinação corporativa contra o vírus influenza H1N1 e ainda se negou a aumentar o reembolso, de míseros R$ 50, para aqueles trabalhadores que buscaram a imunização em laboratórios particulares.
Não obstante ao momento atual adverso que passam milhares de empresas brasileiras, o Sindicato ressalta que a saúde financeira do Mercantil do Brasil vai muito bem. Somente no primeiro trimestre de 2020, o banco obteve lucro líquido de R$ 47 milhões e também vem investindo maciçamente em mídia e lives de cantores e duplas sertanejas. Mais um motivo para o repúdio aos desligamentos arbitrários dos trabalhadores.
Para Marco Aurélio Alves, coordenador da COE Mercantil, a demissão em qualquer época é terrível, mas demitir em plena pandemia e com as agências superlotadas de clientes é inadmissível e desumano.
O sindicato e as demais entidades representativas irão denunciar essa arbitrariedade do Mercantil do Brasil em todos os órgãos fiscalizadores do país.
Nada justifica a demissão de trabalhadores em plena pandemia. O Mercantil do Brasil nunca esteve tão bem financeiramente e o lucro histórico de R$ 47 milhões, apenas nos três primeiros meses de 2020, aponta que não há desculpas para as demissões e para o sofrimento das dezenas de pais e mães de família demitidos. No mínimo, é desumana essa postura imperdoável do banco.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- 24 anos de privatização do Banespa: luta segue para preservar direitos e conquistas dos banespianos
- Campanha 21 Dias de Ativismo reforça luta pelo fim da violência contra a mulher
- Conselho Deliberativo da Funcef vai votar adequação da meta atuarial nesta quinta-feira (21)
- Em defesa do Saúde Caixa viável e sustentável, empregados cobram fim do teto de 6,5% e medidas de prevenção
- Sindicato e Fetec-CUT/SP debatem conjuntura e perspectivas para a categoria bancária
- Fim da escala 6x1 é tema de debate do Coletivo Nacional de Relações do Trabalho da Contraf-CUT
- Alô, associado! Venha curtir o feriado de quarta-feira (20) no Clube dos Bancários
- Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra é conquista dos movimentos sociais
- Agências não terão expediente bancário nesta quarta-feira (20), Dia da Consciência Negra e Zumbi de Palmares
- Organização do trabalho nos bancos leva a adoecimento mental da categoria
- Caixa: Representação dos empregados entrega contraproposta para caixas e tesoureiros
- Movimento sindical prepara documento que será entregue aos líderes do G20
- Lucro do Banco do Brasil cresce 8,4% em um ano; resultado deveria reforçar função pública do banco
- O sangue dos ancestrais negros continua a ser derramado, agora pelas ações policiais
- Bancários do Itaú realizam ações contra assédio moral e por melhores condições de trabalho