09/06/2020

Caixa Econômica Federal deixou de enviar máscaras descartáveis para as agências



O movimento sindical tem recebido relatos de que a Caixa deixou de enviar máscaras descartáveis para as agências. Segundo as informações, não há, atualmente, um acompanhamento sobre a ausência ou não do material, sinal de que a empresa, tacitamente, entende que caberia ao empregado providenciar máscaras de tecido.

A máscara caseira, de tecido, requer alguns cuidados especiais, como não utilizar a máscara por longo tempo (máximo de 3 horas), cumprir requisitos específicos para confecção e cobrir totalmente a boca e nariz, sem deixar espaços nas laterais.

"A máscara é um dos itens mais importantes contra a proliferação do coronavírus. A Caixa precisa garantir aos empregados as condições para que façam com segurança o atendimento à população. O Sindicato tem reivindicado constantemente do banco fornecimento às agências dos materiais de proteção. É preciso olhar para as demandas dos empregados! Atender à população está na missão da Caixa e isso precisa ser levado em conta, mas, o mais importante neste momento é reforçar ações de segurança para que os trabalhadores não sejam contaminados", reforça o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.

É importante lembrar que, após julgamento da ADIN do texto da MP 927, o trecho que previa que a Covid-19 não seria considerada doença ocupacional foi declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal. Desta forma, a empresa não pode, de maneira alguma, se esquivar de suas responsabilidades, devendo fornecer todos os equipamentos de proteção. A empresa deve, ainda, providenciar abertura de CAT a todos os empregados que se infectarem.

Empregados da Caixa Econômica Federal que contraíram coronavírus devem abrir CAT

Fato é que a direção do banco tem demonstrado cada vez menos preocupação com a saúde de seus empregados. Com declarações do presidente da Caixa de que home office é frescura e determinações de que todos os clientes devem ser aglomerados dentro das agências, o banco tem desrespeitado as recomendações dos órgãos de saúde e colocado a vida de trabalhadores e da população em constante risco.

A consequência dessa política é o aumento dos números de casos entre os empregados e o fechamento de agências, que são locais com alto risco de contágio.

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Fonte: Apcef/SP, com edição de Seeb Catanduva

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