02/06/2020

Caixa atende parcialmente reivindicação e anuncia testagem aos empregados



Após cobranças das entidades que representam os trabalhadores e da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), a Caixa iniciou o processo de testes da Covid-19 (PCR e sorologia) nos empregados que trabalham em agências afetadas pelo Protocolo 1, com casos suspeitos ou confirmados de coronavírus.

A primeira fase de testes começa nas regiões Norte e Nordeste, sendo que nas cidades de Fortaleza, Recife, Belém, Manaus, Salvador e Natal, os contratos já foram assinados. E em Maceió, São Luis, João Pessoa, Teresina, Aracaju, Rio Branco, Macapá, Porto Velho, Boa Vista e Palmas, já existem negociações em andamento.

A segunda fase ocorrerá nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

Reivindicação das entidades 

A APCEF/SP, representando o Sindicato, encaminhou ofício à presidência da Caixa, em 15 de maio, cobrando a testagem em massa (clique aqui para ler o documento).

Cidades como Franco da Rocha e outros bancos como o Bradesco já iniciaram o trabalho de testagem rápida por amostragem para detecção da Covid-19 em bancários. A ação busca identificar pessoas que sejam assintomáticas, ou seja, que contraíram a doença e não apresentam sintomas, mas, mesmo assim, podem infectar outras pessoas.

Recentemente, em uma unidade da capital, uma trabalhadora de empresa prestadora de serviços estava com suspeita de Covid-19  e oito empregados da agência realizaram, por conta própria, o teste. Destes, cinco testaram positivo e todos estavam assintomáticos.

A cada dia surgem mais e mais casos de empregados do banco público com suspeita ou confirmação da doença, principalmente depois da determinação da direção de aglomerar clientes no interior das agências para “reduzir” as filas, contrariando a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de evitar aglomerações. Em São Paulo, o Protocolo 1 já foi aplicado em mais de 100 unidades desde o início da pandemia.

Cabe ressaltar que o mapeamento é benéfico à própria empresa, pois permite definir estratégias de enfrentamento, avaliar os programas de prevenção e contribui para a redução no fechamento de unidades. Por isso, deve fazer parte da política de prevenção e promoção da saúde elaborada pela empresa, sem onerar o Saúde Caixa.

O diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Antônio Júlio Gonçalves Neto, também destaca que a testagem favorece a própria Caixa, que teria condições de aprimorar as políticas de prevenção e evitar uma explosão de contágio.

"Especialistas em infectologia dizem que a falta de testagem em massa tem sido um dos principais entraves no Brasil para combater a disseminação do coronavírus. Os casos assintomáticos são muito preocupantes, pois a pessoa continua transmitindo o vírus por vários dias sem ter consciência do perigo. Além disso, a testagem em massa possibilitaria à Caixa aprimorar as políticas de prevenção, evitaria o fechamento constante de unidades, além de proteger os trabalhadores e a população da contaminação", reforça o diretor.
Fonte: Apcef/SP, com edição de Seeb Catanduva

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