26/05/2020
Pandemia: representantes dos trabalhadores voltam a cobrar medidas do Banco do Brasil
Em reunião com as superintendências de São Paulo, com a gerência geral PSO (Plataforma de Suporte Operacional) e com a Gestão de Pessoas (Gepes), realizada na segunda-feira (25), o movimento sindical reivindicou que o banco se comprometa com aquilo que está sendo cobrado na mesa da Fenaban, que é o pagamento das horas extras nos dias trabalhados na antecipação dos feriados, o que já foi atendido pelo Bradesco e pelo Itaú, ou dois abonos.
Representantes dos trabalhadores também voltaram a cobrar da superintendência e da PSO que seja implantado esquema de rodízio para trabalho presencial nas agências se houver antecipação de outros feriados, a fim de preservar a saúde e a vida dos trabalhadores que estão na linha de frente desde o começo da pandemia.
O banco informou que cerca de 60% dos funcionários estão em home office e 40% na linha de frente.
Os representantes dos trabalhadores reivindicaram que a PSO aloque as pessoas do grupo de risco e coabitantes com grupo de risco em esquema home office, uma vez que o banco já está respondendo que em breve isso será possível para 100% das pessoas nesta situação.
Isso possibilitará aos trabalhadores uma alternativa a mais antes de utilizar o banco de horas negativas, ou a antecipação das segundas férias, como prevê a Medida Provisória 927 do governo Bolsonaro.
Contudo, o banco informou que será um processo mais demorado porque depende de infraestrutura. Primeiro o banco irá implantar os telefones (Fale Com) e o chat do banco, pelo qual os bancários poderão responder os clientes. Hoje o atendimento é feito via sistema (computador) e poderá ser feito via voz.
“Somos contra a MP 927, implantada pelo governo e que teve várias ações de inconstitucionalidade negadas pelo STF. Mas nós não deixamos de cobrar a Fenaban com relação ao respeito aos trabalhadores, por isso estamos cobrando que se pague horas extras nestes feriados ou que, no caso do Banco do Brasil, se pague as duas folgas e os trabalhadores não sejam assediados para cumprirem uma jornada de seis horas a fim de evitar dois abonos”, afirma João Fukunaga, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB).
“A antecipação das férias é prerrogativa do empregador e somos contra esta medida provisória”, reforça Fukunaga, lembrando que o Itaú negociou parte das férias futuras. “O Banco do Brasil deve demonstrar um olhar para esta questão e respeito aos trabalhadores, e negociar, principalmente, as horas negativas do banco de horas, o que deixa todos em uma incerteza muito grande sobre o que vai acontecer”, afirma o dirigente.
Na reunião, o banco também informou que está promovendo uma mudança para diminuir o trânsito de numerário durante a pandemia, a fim de reduzir despesas, dar mais segurança e readequar o real valor da circulação de dinheiro no país. Essa mudança tem causado estranheza em muitos gerentes.
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