21/05/2020
Diretor de Marketing do Santander, Igor Puga, chama trabalhadores de oportunistas
“A gente, ainda compulsoriamente, tem um histórico de muita gente que é ex-Banespa, ex-Banco Real, que infelizmente é oportunista neste aspecto, porque quer ser mandado embora, porque tem uma indenização enorme”.
A fala execrável acima é do diretor de marketing do Santander, Igor Puga, postada em um grupo de WhatsApp no dia 16 de maio, que ganhou espaço na Coluna Painel S.A da Folha de S.Paulo na última terça-feira, dia 19, com o título “Tem gente que quer ser mandada embora do Santander, diz diretor do banco.”
O comentário absurdo demonstra a total falta de respeito com os trabalhadores oriundos do Banespa e do Real. São pessoas que têm um longo e árduo histórico de dedicação ao banco, somando 20, 30 anos de trabalho para alavancar os lucros da instituição financeira – que só aumentam ano a ano, diga-se de passagem. São pessoas que, a duras penas, se adaptaram aos moldes do banco espanhol e sua gestão cruel, já condenada diversas vezes pela Justiça.
Em troca, recebem a pecha de serem oportunistas por simplesmente quererem proteger suas vidas deste vírus letal e seguirem com o trabalho em “Home Office”. A fala desse diretor só reforça o que sempre dissemos. O Santander não respeita seus funcionários!
“Provavelmente não é só esse diretor que pensa assim. A atitude do presidente do banco, Sergio Rial, em chamar seus trabalhadores para voltar ao trabalho presencial no momento em que a orientação no mundo todo é de ficar em casa, demonstra o desprezo pela vida de seus funcionários e clientes”, comenta o presidente da Afubesp, Camilo Fernandes.
A fala execrável acima é do diretor de marketing do Santander, Igor Puga, postada em um grupo de WhatsApp no dia 16 de maio, que ganhou espaço na Coluna Painel S.A da Folha de S.Paulo na última terça-feira, dia 19, com o título “Tem gente que quer ser mandada embora do Santander, diz diretor do banco.”
O comentário absurdo demonstra a total falta de respeito com os trabalhadores oriundos do Banespa e do Real. São pessoas que têm um longo e árduo histórico de dedicação ao banco, somando 20, 30 anos de trabalho para alavancar os lucros da instituição financeira – que só aumentam ano a ano, diga-se de passagem. São pessoas que, a duras penas, se adaptaram aos moldes do banco espanhol e sua gestão cruel, já condenada diversas vezes pela Justiça.
Em troca, recebem a pecha de serem oportunistas por simplesmente quererem proteger suas vidas deste vírus letal e seguirem com o trabalho em “Home Office”. A fala desse diretor só reforça o que sempre dissemos. O Santander não respeita seus funcionários!
“Provavelmente não é só esse diretor que pensa assim. A atitude do presidente do banco, Sergio Rial, em chamar seus trabalhadores para voltar ao trabalho presencial no momento em que a orientação no mundo todo é de ficar em casa, demonstra o desprezo pela vida de seus funcionários e clientes”, comenta o presidente da Afubesp, Camilo Fernandes.
"O banco ameaça abandonar o home office sem negociar com o sindicato e mesmo antes de o país ter atingido o pico de contaminação da covid-19, cobra metas abusivas em meio à pandemia e adota práticas antissindicais ao não negociar antes de implementar medidas. O movimento sindical enviou uma pauta de reivindicações para ser debatida exclusivamente com o Santander a fim de reverter ou amenizar os impactos das medidas implantadas pelo banco que afetam os trabalhadores. Isso é um atentado contra a saúde pública. O banco tem uma responsabilidade com o cliente, funcionário, sociedade e vamos cobrar, em mesa, que o Santander cumpra com as suas responsabilidades e compromissos adotados na Fenaban", acrescenta o secretário geral do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Júlio César Trigo.
O jornal procurou o Santander sobre o assunto, mas a resposta é que o banco “não comenta opiniões e comentários feitos em âmbito privado por qualquer um de seus colaboradores”. Para o movimento sindical, não comentar é assinar embaixo. As entidades representativas dos trabalhadores exigem respeito do banco em relação a seus funcionários, principalmente os mais antigos e retratação pública deste comentário preconceituoso feito por um de seus executivos.
Leia abaixo a íntegra da matéria da Folha de S.Paulo:
Tem gente que quer ser mandada embora do Santander, diz diretor do banco
Segundo Igor Puga, diretor de marketing, há interesse em indenização; o Santander diz que não comenta opinião pessoal
19.mai.2020 às 23h30 FOLHA DE SÃO PAULO
Em meio à insatisfação de funcionários que não querem voltar ao trabalho presencial na sede do Santander durante a pandemia, o diretor de marketing do banco, Igor Puga, disse que está acontecendo um “efeito sindical”.
“A gente, ainda compulsoriamente, tem um histórico de muita gente que é ex-Banespa, ex-Banco Real, que infelizmente é oportunista neste aspecto, porque quer ser mandado embora, porque tem uma indenização enorme. Tanto que o sindicato está forçando a barra em relação a essa situação”, disse o executivo em um grupo de WhatsApp no sábado (16).
Segundo Puga, o Santander convocou recentemente apenas uma pequena parcela de seus profissionais que hoje fazem trabalho remoto para que eles substituam as pessoas que estão atuando sem folga no regime presencial. Ele afirma que estão no escritório só 300 dos 6.000 funcionários da sede, ou seja, 5% do total.
“Dado que muitas dessas pessoas estão exaustas e absolutamente esgotadas porque estão trabalhando em um regime de mutirão e esforço pleno nestes 60 dias continuamente, muitas vezes nem tendo final de semana em algumas das operações que eu mencionei, principalmente de segurança de informação e de TI, houve um chamamento para que parte dos subordinados diretos desses viessem ao retorno para que esses pudessem descansar um pouco. Então, não é gente voltando a trabalhar. É um rodízio para dar pelo menos um fôlego, um descanso”, diz o executivo.
Procurado pela coluna, Puga não se manifestou. O banco disse em comunicado que “não comenta opiniões e comentários feitos em âmbito privado por qualquer um de seus colaboradores”. No áudio, que o diretor publicou em um grupo de WhatsApp com 229 pessoas, ele se apresenta como diretor do banco e diz que Sergio Rial, o presidente da instituição, é seu chefe direto.
O comunicado do Santander diz também que a média de funcionários em trabalho presencial em seus prédios administrativos nas últimas semanas está em 20%.
Puga menciona no áudio uma reportagem da Folha sobre as reclamações dos funcionários que querem trabalhar em home office durante a pandemia. Ele diz que “é um absurdo uma crise deste tamanho estar na Folha”, porque o banco tem 50 mil funcionários, mas o problema abrange apenas 5% deles, conforme o relato do executivo, que não foi confirmado pela instituição.
“É um pouco injusto. Não é correto. Inclusive, o repórter da Folha foi convidado a visitar as dependências da nossa torre”, disse Puga.
O jornal procurou o Santander sobre o assunto, mas a resposta é que o banco “não comenta opiniões e comentários feitos em âmbito privado por qualquer um de seus colaboradores”. Para o movimento sindical, não comentar é assinar embaixo. As entidades representativas dos trabalhadores exigem respeito do banco em relação a seus funcionários, principalmente os mais antigos e retratação pública deste comentário preconceituoso feito por um de seus executivos.
Leia abaixo a íntegra da matéria da Folha de S.Paulo:
Tem gente que quer ser mandada embora do Santander, diz diretor do banco
Segundo Igor Puga, diretor de marketing, há interesse em indenização; o Santander diz que não comenta opinião pessoal
19.mai.2020 às 23h30 FOLHA DE SÃO PAULO
Em meio à insatisfação de funcionários que não querem voltar ao trabalho presencial na sede do Santander durante a pandemia, o diretor de marketing do banco, Igor Puga, disse que está acontecendo um “efeito sindical”.
“A gente, ainda compulsoriamente, tem um histórico de muita gente que é ex-Banespa, ex-Banco Real, que infelizmente é oportunista neste aspecto, porque quer ser mandado embora, porque tem uma indenização enorme. Tanto que o sindicato está forçando a barra em relação a essa situação”, disse o executivo em um grupo de WhatsApp no sábado (16).
Segundo Puga, o Santander convocou recentemente apenas uma pequena parcela de seus profissionais que hoje fazem trabalho remoto para que eles substituam as pessoas que estão atuando sem folga no regime presencial. Ele afirma que estão no escritório só 300 dos 6.000 funcionários da sede, ou seja, 5% do total.
“Dado que muitas dessas pessoas estão exaustas e absolutamente esgotadas porque estão trabalhando em um regime de mutirão e esforço pleno nestes 60 dias continuamente, muitas vezes nem tendo final de semana em algumas das operações que eu mencionei, principalmente de segurança de informação e de TI, houve um chamamento para que parte dos subordinados diretos desses viessem ao retorno para que esses pudessem descansar um pouco. Então, não é gente voltando a trabalhar. É um rodízio para dar pelo menos um fôlego, um descanso”, diz o executivo.
Procurado pela coluna, Puga não se manifestou. O banco disse em comunicado que “não comenta opiniões e comentários feitos em âmbito privado por qualquer um de seus colaboradores”. No áudio, que o diretor publicou em um grupo de WhatsApp com 229 pessoas, ele se apresenta como diretor do banco e diz que Sergio Rial, o presidente da instituição, é seu chefe direto.
O comunicado do Santander diz também que a média de funcionários em trabalho presencial em seus prédios administrativos nas últimas semanas está em 20%.
Puga menciona no áudio uma reportagem da Folha sobre as reclamações dos funcionários que querem trabalhar em home office durante a pandemia. Ele diz que “é um absurdo uma crise deste tamanho estar na Folha”, porque o banco tem 50 mil funcionários, mas o problema abrange apenas 5% deles, conforme o relato do executivo, que não foi confirmado pela instituição.
“É um pouco injusto. Não é correto. Inclusive, o repórter da Folha foi convidado a visitar as dependências da nossa torre”, disse Puga.
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