13/03/2020
Governo adia IPO da Caixa Seguridade devido às turbulências na economia mundial
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A Caixa Econômica Federal informou oficialmente, na quinta-feira (12), o adiamento da oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de sua área de seguros e previdência. O anúncio de suspender momentaneamente o processo de abertura de capital da Caixa Seguridade, que é o quarto maior grupo segurador do Brasil, confirma notícia da Reuters, publicada na última segunda-feira (9). Segundo a agência, o IPO fica suspenso pelo menos até julho de 2020. Essa, aliás, é a segunda interrupção para a venda da subsidiária, sendo que a primeira ocorreu em 2015.
“O capitalismo cria suas próprias crises. A gente vê o sistema financeiro tropeçando nos seus próprios cadarços. A necessidade de financeirizar toda a economia e acabar com o setor produtivo, faz com que os fluxos de capital deixem totalmente inseguros os mercados. Os capitalistas, entre eles os banqueiros, querem abrir capital de empresas subdesenvolvidos, como é o Brasil hoje, como é a questão da Caixa Seguridade. O modelo de privatização que, ao invés de comprar a empresa toda, como foi nos anos de 1990, como o Banespa e o Banerj, hoje rentabiliza a compra das partes mais rentáveis de cada empresa. No caso da Caixa, a Caixa Seguridade, a Asset – que é a gestão de terceiros, e a Caixa Cartões, que estão na mira. E agora estão em compasso de espera por conta das próprias atrapalhações do mundo financeiro. É fundamental que os trabalhadores se organizem para defender os seus direitos, para defender as empresas públicas, os serviços públicos e o setor produtivo, que gera emprego, que gera renda e pode dar perspectiva de desenvolvimento para o Brasil”, afirmou Dionísio Reis, coordenador do Comitê Executivo dos Empregados (CEE) da Caixa.
Na avaliação do diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Antônio Júlio Gonçalves Neto, o objetivo da gestão Pedro Guimarães é entregar as operações mais rentáveis e encolher a função social da Caixa, de modo a facilitar o caminho para a privatização. O diretor também destaca a importância dos empregados e sociedade reafirmarem o caráter público do banco.
"O IPO da Caixa Seguridade abre forte precedente para a entrega da própria Caixa à iniciativa privada, e seu adiamento amplia o prazo para a realização de iniciativas de resistência, que já vêm sendo feitas. É fundamental que a população tenha a consciência de que o país, a sociedade e os trabalhadores perdem com o fatiamento do banco que exerce a função de impulsionador do desenvolvimento econômico e social", reforça Tony.
Consta ainda que a decisão foi motivada pela atual conjuntura do mercado mundial, com turbulência nas Bolsas de Valores, queda nos preços do petróleo e temores dos investidores sobre a pandemia de coronavírus. O prospecto preliminar do pedido de abertura de capital da Caixa Seguridade tinha sido protocolado em 21 de fevereiro na B3 (Bovespa).
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