11/02/2020

Direção da Caixa Econômica implementa projeto de reestruturação e invalida carreiras



A direção da Caixa ignora o processo negocial com os trabalhadores e além de anunciar seu projeto de reestruturação limita prazos de inscrição para os empregados antes da data agendada pelo banco para tratar do assunto. Na segunda-feira (10), dois dias antes da mesa de negociação, o banco divulgou uma apresentação com as alterações e os prazos que no caso do regional era até ontem às 20h. A reunião de quarta-feira (12) foi agendada pela própria direção do banco público, em resposta aos ofícios enviados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) cobrando explicações e cumprimento da cláusula 48 do ACT sobre o processo de reestruturação, que exige prévia negociação.

“A Caixa marcou uma reunião conosco para quarta-feira, mas solta na segunda essa apresentação na qual dá um prazo que os empregados interessados em mudanças na nova rede de varejo se manifestar até hoje? É um completo desrespeito com os empregados”, cobrou Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa.

A reestruturação é um processo de descomissionamneto sumário, com novos processos seletivos e novos critérios, os empregados chamam de Revalida, que excluem quem está de licença maternidade, licença-médica ou de férias. Exclui também quem esteve de licença e não participou dos ciclos da Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP) nos últimos períodos. Segundo a apresentação do banco será uma dança das cadeiras que os cargos superiores terão prioridade. Nesse processo a Caixa rebaixa os trabalhadores sem garantir lisura em nenhum processo e discriminando milhares de trabalhadores.

Estabilidade remuneratória

Bom lembrar que os empregados têm um direito que vem da constituição e que para os empregados foi firmado no normativo RH 151 que a direção do banco tentou revogar no dia 9 de novembro de 2017, véspera da entrada em vigor da reforma trabalhista. Mas ação da Contraf-CUT, representando o Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, garantiu a manutenção por liminar do RH e do direito a incorporação de função para os trabalhadores que desempenharam por 10 anos, essa ação aguarda sentença e discute a incorporação da norma mais benéfica ao contrato de trabalho dos empregados.

Dia 13 vista preto para defender a Caixa e seus direitos

Na próxima quinta-feira (13), os empregados da Caixa se mobilizam no Dia Nacional de Luta contra a Reestruturação. “É fundamental que o maior número de empregados participe dessas mobilizações para debater o processo e encontrar formas de barrar essas mudanças que certamente estão impactando negativamente os trabalhadores, que serão afetados por mais uma reestruturação do banco. Está claro que a direção não respeita os empregados. Só unidos vamos mostrar nossa força”, convocou Dionísio Reis, coordenador da CEE/ Caixa. 

Neste mesmo dia, na quinta-feira (13), o Sindicato, em parceria com a Apcef-SP, realiza uma plenária para debater os impactos e formas de enfrentar as medidas anunciada pelo banco público sem nenhum diálogo prévio com as entidades representativas e os trabalhadores.

"A reestruturação, da maneira como foi planejada, aumenta a precarização das condições de trabalho, resultando em problemas como mudança brusca de atividades, cobranças de metas abusivas, descomissionamentos sumários, fim de postos de trabalho e transferências compulsórias. É muito importante que todos os empregados de nossa base territorial participem da plenária do dia 13. A mobilização faz parte das ações realizadas pelo Sindicato, que reivindica da direção do banco soluções para os problemas e prejuízos que essa reestruturação poderá trazer aos trabalhadores da instituição e ao seu papel social. É preciso fortalecer a luta pela manutenção dos empregos e direitos da categoria", ressalta o diretor do Sindicato Antônio Júlio Gonçalves Neto. 
Fonte: Contraf-CUT, com edição de Seeb Catanduva

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