22/10/2019

Empregados voltam para mesa de negociação permanente com a Caixa Econômica Federal



Os empregados da Caixa Econômica Federal se reúnem, nesta terça-feira (22), para a mesa permanente de negociação com a direção do banco. Na pauta, Saúde Caixa e Saúde do Trabalhador, Funcef e Caixa 100% Pública. Na última reunião, os representantes dos trabalhadores reafirmaram a necessidade da construção do papel público e social do banco, junto à defesa dos direitos dos trabalhadores.

“A mesa de negociação permanente é conquista do ACT (Acordo Coletivo de Trabalho). Estamos num momento ímpar para defender os direitos dos empregados e, principalmente, defender a nossa empresa. Priorizamos as negociações e temos muita coisa para cobrar e avançar”, afirmou Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Cultura e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o banco.

Os empregados cobram as informações necessárias para negociar a sustentabilidade do Saúde Caixa. Reivindicam ainda paridade na política de investimento da Funcef.

Com relação a saúde do trabalhador, os empregados querem debater o fim do GDP e de todas as formas de gestão pelo medo, entre outros itens.

Nesta terça-feira (22), os empregados de todo o Brasil realizam também ato em defesa da Caixa 100% Pública, com ênfase na defesa das loterias.

Esta é a sexta tentativa de privatização da Lotex. O pleito, previsto para hoje, foi remarcado após o governo flexibilizar, novamente, as regras para conseguir privatizar a chamada ´raspadinha.´

A Contraf-CUT e a Fenae ajuizaram no último dia 15, Ação Civil Pública na 16ª Vara Federal de Brasília pedindo a suspensão e cancelamento do leilão da Lotex. “Ações na Justiça são parte da nossa luta contra privatização da Caixa. Na ação alertamos que a concessão fere os princípios da eficiência e da moralidade administrativa e pode promover grave prejuízo à empresa. As condições da concessão estão ainda mais lesivas ao interesse público. Vale lembrar que esse é um contrato de 15 anos com expectativa de movimentar R$ 14,7 bilhões”, afirma Jair Ferreira, presidente da Fenae.

Conforme dados do banco, de 2011 a 2016, as loterias arrecadaram R$ 60 bilhões, dos quais R$ 27 bilhões foram destinados para financiamento de projetos em áreas como cultura, esporte, bolsa de estudo e segurança pública.

“É importante que a mobilização dos empregados e da sociedade seja intensificada para mostrar ao governo que não interessa a ninguém esta privatização. A Caixa é um patrimônio de todos os brasileiros e deve continuar a serviço do Brasil, atuando todos os dias para melhorar a vida das pessoas. Não tem sentido privatizar a Lotex”, acrescenta Antônio Júlio Gonçalves Neto, diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduvas e Região.
Fonte: Contraf-CUT, com edição de Seeb Catanduva

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