01/08/2019
Nota da Caref Débora Fonseca sobre o PDV do Banco do Brasil

Na última segunda-feira (29), o Banco do Brasil anunciou mais um plano de reorganização que afetará funções, agências e departamentos. A instituição informa que o programa será implantado neste segundo semestre. Também está sendo preparado um novo plano de desligamento incentivado.
Diante desta nova adversidade para os bancários da empresa pública, a Conselheira de Administração Representante dos Funcionários do BB, Débora Fonseca, divulgou nota a respeito. Leia abaixo:
O Banco do Brasil anunciou na segunda-feira (29) o lançamento de ações para uma reorganização institucional, a serem implementadas neste segundo semestre, que contempla, entre outras medidas, o Programa Adequação de Quadros (PAQ), com um programa de desligamento incentivado de até 2,3 mil postos de trabalho.
Os funcionários serão distribuídos conforme o Programa Adequação de Quadros (PAQ), que visa equacionar “as situações de vagas e de excessos nas unidades do banco”, como divulgou o banco em nota. Funcionários com condições de se aposentar pelo fundo de pensão do banco, a Previ, ou via INSS são os principais alvos do movimento. Aqueles que não estiverem em condições de se aposentar serão alocados em outras funções.
Com a intenção de ampliar a competitividade do banco, por meio da transformação digital e do “dinamismo do modelo de atendimento e relacionamento”, o banco ainda informou que serão criadas 42 novas agências empresas até outubro e 333 agências serão transformadas em postos de atendimento avançado, ao mesmo tempo em que 49 postos vão virar agências.
As ameaças aos bancos públicos tem se acirrado no novo governo. Os discursos de posse dos presidentes, no início do ano, já destacava a possibilidade de fechamento de agências, privatização ou terceirização de setores dos bancos e juros de mercado para aumentar a rentabilidade para a União.
A população cobra a redução das taxas de juros e aguarda mudanças para que o país aumente a geração de emprego e volte a crescer.
Sem dúvida não será com o desmonte dos bancos públicos, que desempenham um papel fundamental de política econômica e promoção de desenvolvimento social no país.
Querem mudar um projeto de estado na promoção do desenvolvimento econômico e social para um projeto de concentração de renda, com um estado mínimo, e mantendo o interesse de um grupo pequeno e historicamente privilegiado. Um banco público tem de estar a serviço da população brasileira, por isso é preocupante a diminuição da atuação dos bancos públicos neste governo, e a perda de espaço para os privados.
Restringir o papel dos bancos públicos não nos permitirá sair da crise, mas pelo contrário, irá aprofundar a recessão na medida em que enfraquece o mercado interno e a infraestrutura social e econômica que nos fizeram avançar na última década.
Do ponto de vista dos funcionários, dos clientes e mesmo do BB como instituição é preciso refletir o que essa redução de quadro pode significar.
Essa política de “enxugamento” pode refletir tanto em uma redução na atuação em vários segmentos de mercado, como num aumento de insatisfação dos clientes com o atendimento prestado.
É uma situação de perde-perde:
- Perde a população que vê reduzida a capacidade de atendimento de um banco que tem uma enorme importância e atua em segmentos indispensáveis para a sociedade.
- Perdem os funcionários que ficam e passam a lidar com sobrecarga de trabalho gerada pela absorção da demanda antes atendida pelos colegas que optarem por deixar o Banco.
Como cidadã e como representante dos funcionários no Conselho de Administração do Banco do Brasil não posso deixar de manifestar minha preocupação e meu repúdio ao projeto de desmonte que se apresenta.
Precisamos nos unir: cidadãos, representantes de funcionários, sindicatos e associações e nos organizar para defender esse patrimônio que é do povo brasileiro.
Diante desta nova adversidade para os bancários da empresa pública, a Conselheira de Administração Representante dos Funcionários do BB, Débora Fonseca, divulgou nota a respeito. Leia abaixo:
O Banco do Brasil anunciou na segunda-feira (29) o lançamento de ações para uma reorganização institucional, a serem implementadas neste segundo semestre, que contempla, entre outras medidas, o Programa Adequação de Quadros (PAQ), com um programa de desligamento incentivado de até 2,3 mil postos de trabalho.
Os funcionários serão distribuídos conforme o Programa Adequação de Quadros (PAQ), que visa equacionar “as situações de vagas e de excessos nas unidades do banco”, como divulgou o banco em nota. Funcionários com condições de se aposentar pelo fundo de pensão do banco, a Previ, ou via INSS são os principais alvos do movimento. Aqueles que não estiverem em condições de se aposentar serão alocados em outras funções.
Com a intenção de ampliar a competitividade do banco, por meio da transformação digital e do “dinamismo do modelo de atendimento e relacionamento”, o banco ainda informou que serão criadas 42 novas agências empresas até outubro e 333 agências serão transformadas em postos de atendimento avançado, ao mesmo tempo em que 49 postos vão virar agências.
As ameaças aos bancos públicos tem se acirrado no novo governo. Os discursos de posse dos presidentes, no início do ano, já destacava a possibilidade de fechamento de agências, privatização ou terceirização de setores dos bancos e juros de mercado para aumentar a rentabilidade para a União.
A população cobra a redução das taxas de juros e aguarda mudanças para que o país aumente a geração de emprego e volte a crescer.
Sem dúvida não será com o desmonte dos bancos públicos, que desempenham um papel fundamental de política econômica e promoção de desenvolvimento social no país.
Querem mudar um projeto de estado na promoção do desenvolvimento econômico e social para um projeto de concentração de renda, com um estado mínimo, e mantendo o interesse de um grupo pequeno e historicamente privilegiado. Um banco público tem de estar a serviço da população brasileira, por isso é preocupante a diminuição da atuação dos bancos públicos neste governo, e a perda de espaço para os privados.
Restringir o papel dos bancos públicos não nos permitirá sair da crise, mas pelo contrário, irá aprofundar a recessão na medida em que enfraquece o mercado interno e a infraestrutura social e econômica que nos fizeram avançar na última década.
Do ponto de vista dos funcionários, dos clientes e mesmo do BB como instituição é preciso refletir o que essa redução de quadro pode significar.
Essa política de “enxugamento” pode refletir tanto em uma redução na atuação em vários segmentos de mercado, como num aumento de insatisfação dos clientes com o atendimento prestado.
É uma situação de perde-perde:
- Perde a população que vê reduzida a capacidade de atendimento de um banco que tem uma enorme importância e atua em segmentos indispensáveis para a sociedade.
- Perdem os funcionários que ficam e passam a lidar com sobrecarga de trabalho gerada pela absorção da demanda antes atendida pelos colegas que optarem por deixar o Banco.
Como cidadã e como representante dos funcionários no Conselho de Administração do Banco do Brasil não posso deixar de manifestar minha preocupação e meu repúdio ao projeto de desmonte que se apresenta.
Precisamos nos unir: cidadãos, representantes de funcionários, sindicatos e associações e nos organizar para defender esse patrimônio que é do povo brasileiro.
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