03/06/2019
Anúncio de reestruturação na Caixa Federal causa medo e insegurança em empregados
(Foto: Fenae)
A direção da Caixa Econômica Federal pretendente anunciar uma nova reestruturação do banco nesta segunda-feira (3). Desta vez, todos os bancários sem função da matriz e filiais, vinculados a algumas vice presidências, o que corresponde a um pouco mais de 800 trabalhadores, serão transferidos para agências. A medida tomada unilateralmente, sem debate com o movimento sindical, não resolve a carência de pessoal nas agências e pode, junto com o Plano de Demissão Voluntária (PDV), criar uma sobrecarga maior nas áreas meio.
Dezenas de empregados da Caixa entraram em contato com sindicatos e federações para relatar o clima de insegurança nas unidades do banco. “Essa situação está causando pavor entre os trabalhadores da matriz e filiais. Isso é um desrespeito com os empregados da Caixa que estão sem saber para onde serão transferidos e com seus nomes já constando em listas. Isso é mais uma pressão para obrigar as pessoas a saírem no PDV? Não se faz uma política de recursos humanos dessa forma”, ressalta o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Jair Ferreira.
O coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), Dionísio Reis, reforça que não houve qualquer debate. “Cobramos respeito aos trabalhadores e às suas vidas. Não podemos admitir que medidas dessa natureza sejam tomadas sem amplo debate com os empregados.”
Segundo o dirigente, a falta de pessoal não afeta apenas a rede, mas também áreas meio da Caixa. “O que nós defendemos e cobramos da empresa é a contratação de mais empregados para suprir a falta de pessoal”, acrescenta Dionísio.
Caixa perdeu 17 mil postos de trabalho
Em 2014, a Caixa chegou a ter 101 mil empregados e a demanda das entidades assinada em acordo era contratar mais dois mil trabalhadores, elevando o quadro de pessoal para 103 mil. “Nos últimos três anos o banco perdeu quase 17 mil postos de trabalho. Isso vem afetando as condições de trabalho, provocando adoecimento dos trabalhadores e comprometendo a qualidade do atendimento à população”, enfatiza o presidente da Fenae.
Para o coordenador da CEE, o processo de reestruturação não pode servir para discriminar ou perseguir trabalhadores. Pelo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) em vigor, delegados e membros de Cipas também não podem ser realocados. A direção do banco também não poderá remover empregados que estejam com problemas de saúde ou de licença para tratamento.
“As entidades sindicais e associativas estão acompanhando esse processo. Não permitiremos a realocação durante o processo eleitoral e nem admitiremos falta de bom censo com remoções de município e qualquer tipo de assédio de trabalhadores para aderirem ao PDV. Qualquer tipo de abuso deve ser denunciado”, finalizou Dionísio Reis.
O Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região cobra negociação sobre essa nova reestruturação e alerta para riscos à Caixa 100% Pública e às funções e direitos dos empregados. “No nosso Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) temos uma cláusula que obriga a Caixa, no caso de uma reestruturação, a dialogar com os empregados, trazer os aspectos da reestruturação para a mesa de negociação. Nosso recado é claro: não aceitaremos retirada de direitos. Também nos preocupa os impactos sobre a Caixa 100% pública, sua função social, tão fundamental para o país, que hoje já está sob ataque do governo Bolsonaro", explica o diretor do Sindicato Antônio Júlio Gonçalves Neto.
“No cenário atual de ameaças privatistas, de ataques aos trabalhadores e seus direitos, é fundamental que os empregados da Caixa façam uma forte mobilização pela manutenção dos nossos direitos e empregos. Não vamos nos calar e assistir a tudo sem defender os trabalhadores. Queremos uma Caixa incentivadora do desenvolvimento social e econômico, que, sobretudo, respeite e reconheça o valor de seus empregados”, defende Tony.
Dezenas de empregados da Caixa entraram em contato com sindicatos e federações para relatar o clima de insegurança nas unidades do banco. “Essa situação está causando pavor entre os trabalhadores da matriz e filiais. Isso é um desrespeito com os empregados da Caixa que estão sem saber para onde serão transferidos e com seus nomes já constando em listas. Isso é mais uma pressão para obrigar as pessoas a saírem no PDV? Não se faz uma política de recursos humanos dessa forma”, ressalta o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Jair Ferreira.
O coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), Dionísio Reis, reforça que não houve qualquer debate. “Cobramos respeito aos trabalhadores e às suas vidas. Não podemos admitir que medidas dessa natureza sejam tomadas sem amplo debate com os empregados.”
Segundo o dirigente, a falta de pessoal não afeta apenas a rede, mas também áreas meio da Caixa. “O que nós defendemos e cobramos da empresa é a contratação de mais empregados para suprir a falta de pessoal”, acrescenta Dionísio.
Caixa perdeu 17 mil postos de trabalho
Em 2014, a Caixa chegou a ter 101 mil empregados e a demanda das entidades assinada em acordo era contratar mais dois mil trabalhadores, elevando o quadro de pessoal para 103 mil. “Nos últimos três anos o banco perdeu quase 17 mil postos de trabalho. Isso vem afetando as condições de trabalho, provocando adoecimento dos trabalhadores e comprometendo a qualidade do atendimento à população”, enfatiza o presidente da Fenae.
Para o coordenador da CEE, o processo de reestruturação não pode servir para discriminar ou perseguir trabalhadores. Pelo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) em vigor, delegados e membros de Cipas também não podem ser realocados. A direção do banco também não poderá remover empregados que estejam com problemas de saúde ou de licença para tratamento.
“As entidades sindicais e associativas estão acompanhando esse processo. Não permitiremos a realocação durante o processo eleitoral e nem admitiremos falta de bom censo com remoções de município e qualquer tipo de assédio de trabalhadores para aderirem ao PDV. Qualquer tipo de abuso deve ser denunciado”, finalizou Dionísio Reis.
O Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região cobra negociação sobre essa nova reestruturação e alerta para riscos à Caixa 100% Pública e às funções e direitos dos empregados. “No nosso Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) temos uma cláusula que obriga a Caixa, no caso de uma reestruturação, a dialogar com os empregados, trazer os aspectos da reestruturação para a mesa de negociação. Nosso recado é claro: não aceitaremos retirada de direitos. Também nos preocupa os impactos sobre a Caixa 100% pública, sua função social, tão fundamental para o país, que hoje já está sob ataque do governo Bolsonaro", explica o diretor do Sindicato Antônio Júlio Gonçalves Neto.
“No cenário atual de ameaças privatistas, de ataques aos trabalhadores e seus direitos, é fundamental que os empregados da Caixa façam uma forte mobilização pela manutenção dos nossos direitos e empregos. Não vamos nos calar e assistir a tudo sem defender os trabalhadores. Queremos uma Caixa incentivadora do desenvolvimento social e econômico, que, sobretudo, respeite e reconheça o valor de seus empregados”, defende Tony.
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