28/03/2019
Previ apresenta resultado superavitário em 2018
A Previ, caixa de previdência complementar dos funcionários do Banco do Brasil, divulgou no último dia 15 de março, no Rio de Janeiro, o relatório anual de 2018. A apresentação foi acompanhada por representantes de diversas entidades, entre as quais a ANABB (Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil).
De acordo com a direção da Previ, o fundo de pensão enfrentou diversos desafios, assim como todo o País. Mesmo diante das incertezas nos cenários político e econômico, a Previ alcançou resultados positivos e teve desempenho acima da meta atuarial acumulada de 8,61% em seus planos de benefícios.
O Plano 1 teve resultado superavitário de R$ 6,5 bilhões e uma rentabilidade acumulada de 18,82%. A rentabilidade do Previ Futuro foi de 14,06%.
Com o resultado, a caixa de previdência reforçou que os associados ficaram isentos de contribuições extraordinárias.
Plano 1
O superávit acumulado de R$ 6,5 bilhões já considera o impacto referente ao aumento da Reserva Matemática em R$ 4,1 bilhões, com a atualização da Tábua Atuarial. As médias das expectativas de vida dos participantes da Previ são, atualmente, de 86,19 anos para os homens e de 89,7 para mulheres. A Entidade possui 67 aposentados e pensionistas com mais de 100 anos. O equilíbrio atuarial continua sendo um dos objetivos da Previ – em que a rentabilidade das aplicações equivalente à meta atuarial é mantida, permitindo o cumprimento do contrato previdenciário.
Renda Variável
Um dos destaques, de acordo com a Previ, foi o segmento de renda variável, com uma rentabilidade no ano de 29,44%. Essa carteira equivale a 50,31% dos ativos totais do Plano 1. Foram realizados desinvestimentos líquidos de R$ 7,1 bilhões, dando continuidade à estratégia de redução da renda variável no médio prazo, com desconcentração da carteira. Foi aproveitado o momento de maior valorização dos ativos, no terceiro trimestre.
A rentabilidade da renda fixa em 2018 foi de 10,88%, acima da meta atuarial de 8,61% e da meta do segmento, que foi de 9,12% (INPC + 5,5%).
Previ Futuro
O Previ Futuro é um plano jovem, considerado um dos maiores do mercado de previdência complementar fechada. Em 2018, alcançou R$ 15,0 bilhões em ativos totais e obteve resultado positivo, com uma rentabilidade acumulada de 14,06%. O desempenho superou o índice de referência do período, que foi de 8,61%.
No ano passado, o Previ Futuro negociou cerca de R$ 1,2 bilhão em ações. A carteira de renda variável teve uma rentabilidade acumulada de 17,66 %, acima do índice de referência do plano, que foi de 8,61%, e do benchmark do segmento (IBrX), que foi de 15,42%.
Os investimentos em renda fixa, com um desempenho de 12,65%, também superaram o índice de referência do plano e o benchmark do segmento (INPC + 5,5%), que teve uma rentabilidade de 9,12% no ano. Os investimentos estruturados foram um dos principais destaques da carteira do Previ Futuro, com uma rentabilidade de 38,64%. O desempenho do investimento foi muito superior à meta prevista para o período, que era de 8,93% (IPCA + 5,0% a.a.).
Vale
A participação da Previ na Vale se dá de forma indireta, ou seja, através da holding Litel Participações, empresa que possui uma governança própria, a qual tem que ser respeitada. Os demais acionistas da Litel são: Funcef, Petros e Funcesp.
As ações da Litel tiveram a sua metodologia de precificação revisada em 2018. O novo cálculo, com precificação ao final de cada mês, determina uma média ponderada das cotações das ações da Vale dos três meses anteriores ao último dia útil do mês corrente. A valorização do ativo na bolsa de valores refletida na nova precificação contribuiu decisivamente para o resultado positivo do plano.
Desde o rompimento da barragem de Brumadinho, Minas Gerais, em janeiro de 2019, a Previ, na qualidade de acionista, tem acompanhado os desdobramentos do caso, certificando-se de que a Vale está dando todo o suporte possível para os atingidos e adotando providências para apurar os motivos do acidente.
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