18/03/2019
Presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes afirma que estatal deveria ser privatizada

(Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil / Arquivo)
Durante um evento no Rio de Janeiro, o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, afirmou que a venda de estatais como o BB e a Caixa não está em cogitação, mas disse estar “convencido” de que o Banco do Brasil deveria ser privatizado. Segundo reportagem do G1, Novaes ainda defendeu que o BB, que lucrou mais de R$ 13 bilhões em 2018, estaria “melhor na mão do setor privado”.
“É um absurdo o presidente do banco fazer tão pouco caso da empresa como fez nesta infeliz declaração. O BB, assim como os demais bancos públicos, é um importante instrumento de desenvolvimento para o país, e entregar este patrimônio do povo brasileiro nas mãos da iniciativa privada trará prejuízos para todos”, criticou João Fukunaga, membro da Comissão de Empresa do BB.
Para se ter uma ideia, o Banco do Brasil é um dos responsáveis por cerca de 70% do volume de créditos concedidos para a agricultura familiar. Segundo dados do Plano Safra 2016-2017, sem os bancos públicos e o Pronaf, os agricultores teriam que pagar até 70% de juros ao ano, o que provocaria encarecimento dos alimentos que chegam à mesa do trabalhados. Com as bancos públicos e Pronaf, a taxa varia entre 2,5 e 5,5% ao ano, em especial para arroz, feijão, batata, tomate, cebola e laranja.
Além disso, a eficiência do Banco do Brasil é comprovada pelos números. Segundo os Relatórios da Administração e Demonstrações Contábeis dos bancos, de 2015, a média de operações de crédito por agência do BB só ficava atrás de outro banco público: a Caixa Econômica Federal. Enquanto o BB apresentou, naquele ano, R$ 125,1 milhões em operações por agência, o Itaú, terceiro colocado no ranking, apresentou R$ 121,3 milhões.
“Isso sem falarmos do Fies, que contribui para a entrada de milhões de estudantes na universidade; ou do fato de o BB e demais bancos públicos estarem presentes em cidades e regiões onde há pouca oferta de agências bancárias, uma vez que as instituições privadas não têm interesse em investir nestas localidades. Tirar este patrimônio das mãos do povo brasileiro é uma afronta àqueles que defendem o desenvolvimento do país e a redução das desigualdades”, completou Fukunaga.
"É importante conversar com toda a população para divulgar informações que não são transmitidas pela grande mídia. As direções do BB e da Caixa, com seus projetos privatistas, estão tentando transmitir a ideia de que as empresas públicas são ineficientes. No entanto, é inegável o papel fundamental que o Estado desempenha no desenvolvimento do país. Apenas em Catanduva, Caixa e BB são responsáveis por 85,89% de todo o crédito bancário disponível no município", acrescentou o presidente do Sindicato, Roberto Carlos Vicentim.
"O desmonte das empresas públicas e das leis que protegem a classe trabalhadora fazem parte da agenda do governo, que visa beneficiar grandes empresários e os bancos privados. Junte-se a nós pela defesa dos bancos públicos e faça sua parte nessa luta fundamental para a categoria bancária e toda sociedade!", finalizou Vicentim.
Caixa e BNDES na mira das privatizações
Na esteira do discurso liberal, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, destacou que, no mês passado, a Caixa deu início à venda de ativos e afirmou que o banco “vai fazer a abertura de capitais” dos segmentos de seguridade, loterias, cartões e assets.
O governo Bolsonaro e a nova direção do banco vêm promovendo diversos ataques contra os funcionários e contra o caráter público da Caixa. O presidente Pedro Guimarães já anunciou que pretende fatiar a empresa e privatizá-la em pedaços. Áreas que estão entre as mais lucrativas do banco estão na mira da nova direção do banco.
O presidente o BNDES Joaquim Levy endossou a defesa da cessão de empresas públicas ao setor privado, tendo em vista que, para ele, “o estado brasileiro se tornou muito grande”.
Ele destacou que o BNDES está trabalhando com vários estados na privatização, sobretudo, do setor de energia, mas que há mais a ser feito. “As privatizações marcam o fim do papel social que as empresas públicas cumprem em nosso país. Não podemos permitir que isso aconteça. Não só os bancos públicos estão sob ameaças, mas também o emprego de muitos trabalhadores e trabalhadoras do ramo financeiro.”
Para Nascimento, um presidente do BB que desconhece sua importância para o país não deveria estar no cargo que ocupa. “Como ele não é de carreira, não fez concurso, veio de uma indicação política, talvez falta ao presidente conhecer mais sobre a importância e papel do Banco do Brasil para o desenvolvimento do país.”
“É um absurdo o presidente do banco fazer tão pouco caso da empresa como fez nesta infeliz declaração. O BB, assim como os demais bancos públicos, é um importante instrumento de desenvolvimento para o país, e entregar este patrimônio do povo brasileiro nas mãos da iniciativa privada trará prejuízos para todos”, criticou João Fukunaga, membro da Comissão de Empresa do BB.
Para se ter uma ideia, o Banco do Brasil é um dos responsáveis por cerca de 70% do volume de créditos concedidos para a agricultura familiar. Segundo dados do Plano Safra 2016-2017, sem os bancos públicos e o Pronaf, os agricultores teriam que pagar até 70% de juros ao ano, o que provocaria encarecimento dos alimentos que chegam à mesa do trabalhados. Com as bancos públicos e Pronaf, a taxa varia entre 2,5 e 5,5% ao ano, em especial para arroz, feijão, batata, tomate, cebola e laranja.
Além disso, a eficiência do Banco do Brasil é comprovada pelos números. Segundo os Relatórios da Administração e Demonstrações Contábeis dos bancos, de 2015, a média de operações de crédito por agência do BB só ficava atrás de outro banco público: a Caixa Econômica Federal. Enquanto o BB apresentou, naquele ano, R$ 125,1 milhões em operações por agência, o Itaú, terceiro colocado no ranking, apresentou R$ 121,3 milhões.
“Isso sem falarmos do Fies, que contribui para a entrada de milhões de estudantes na universidade; ou do fato de o BB e demais bancos públicos estarem presentes em cidades e regiões onde há pouca oferta de agências bancárias, uma vez que as instituições privadas não têm interesse em investir nestas localidades. Tirar este patrimônio das mãos do povo brasileiro é uma afronta àqueles que defendem o desenvolvimento do país e a redução das desigualdades”, completou Fukunaga.
"É importante conversar com toda a população para divulgar informações que não são transmitidas pela grande mídia. As direções do BB e da Caixa, com seus projetos privatistas, estão tentando transmitir a ideia de que as empresas públicas são ineficientes. No entanto, é inegável o papel fundamental que o Estado desempenha no desenvolvimento do país. Apenas em Catanduva, Caixa e BB são responsáveis por 85,89% de todo o crédito bancário disponível no município", acrescentou o presidente do Sindicato, Roberto Carlos Vicentim.
"O desmonte das empresas públicas e das leis que protegem a classe trabalhadora fazem parte da agenda do governo, que visa beneficiar grandes empresários e os bancos privados. Junte-se a nós pela defesa dos bancos públicos e faça sua parte nessa luta fundamental para a categoria bancária e toda sociedade!", finalizou Vicentim.
Caixa e BNDES na mira das privatizações
Na esteira do discurso liberal, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, destacou que, no mês passado, a Caixa deu início à venda de ativos e afirmou que o banco “vai fazer a abertura de capitais” dos segmentos de seguridade, loterias, cartões e assets.
O governo Bolsonaro e a nova direção do banco vêm promovendo diversos ataques contra os funcionários e contra o caráter público da Caixa. O presidente Pedro Guimarães já anunciou que pretende fatiar a empresa e privatizá-la em pedaços. Áreas que estão entre as mais lucrativas do banco estão na mira da nova direção do banco.
O presidente o BNDES Joaquim Levy endossou a defesa da cessão de empresas públicas ao setor privado, tendo em vista que, para ele, “o estado brasileiro se tornou muito grande”.
Ele destacou que o BNDES está trabalhando com vários estados na privatização, sobretudo, do setor de energia, mas que há mais a ser feito. “As privatizações marcam o fim do papel social que as empresas públicas cumprem em nosso país. Não podemos permitir que isso aconteça. Não só os bancos públicos estão sob ameaças, mas também o emprego de muitos trabalhadores e trabalhadoras do ramo financeiro.”
Para Nascimento, um presidente do BB que desconhece sua importância para o país não deveria estar no cargo que ocupa. “Como ele não é de carreira, não fez concurso, veio de uma indicação política, talvez falta ao presidente conhecer mais sobre a importância e papel do Banco do Brasil para o desenvolvimento do país.”
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