26/02/2019
Movimento sindical se reúne com Mercantil do Brasil e exige respeito aos trabalhadores
Foi realizada, no dia 22 de fevereiro, uma reunião entre representantes dos trabalhadores e a direção do Mercantil do Brasil.
Na ocasião, foram debatidos temas como o auxílio educacional para o ano de 2019, a PLR 2018 e também assuntos relativos às recentes demissões ocorridas no banco, assim como a declaração de funcionários autorizando a gravação de voz no atendimento aos clientes.
O Mercantil anunciou que o lucro da instituição foi de R$ 53,403 milhões em 2018 e que o pagamento da segunda parcela da PLR será creditado no dia 28 de fevereiro. Prevalecerá o pagamento pelas regras da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários, paga de forma proporcional ao lucro apurado.
Em relação à reivindicação do movimento sindical pelo aumento no número de bolsas do auxílio educacional e majoração dos valores disponibilizados aos bancários, os representantes do Mercantil solicitaram o prazo de uma semana, a ser encerrar no dia 1º de março de 2019, para responder ao pleito dos trabalhadores. Afirmaram também que existe boa expectativa de reajuste nas bolsas para o ano de 2019.
Em relação às demissões, foi denunciado que os bancários do Mercantil do Brasil estão apreensivos com os desligamentos que vêm ocorrendo por todo o país.
O Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região, que participou da reunião, relatou aos representantes do banco ter recebido uma grave denúncia de uma bancária que foi demitida logo ao fim de sua estabilidade provisória de emprego pós licença-maternidade. Anteriormente, a mesma bancária foi supostamente questionada por um Superintendente Comercial do banco se sabia de sua gravidez antes de ser promovida. "Um verdadeiro absurdo e falta de sensibilidade de um banco que investiu, recentemente, em uma onerosa e maciça propaganda nas traseiras dos ônibus da região metropolitana de Belo Horizonte, com o slogan de que é uma empresa que cuida bem de seus funcionários para cuidar bem de seus clientes", disse o diretor do Sindicato, Marco Aurélio Alves.
Como justificativa às denúncias sobres as demissões, os representantes do Mercantil alegaram que o saldo de contratações é superior ao número de desligamentos. Em relação à denúncia da bancária desligada, os representantes ficaram de apurar as denúncias e tomar as providências necessárias caso seja comprovado o ocorrido.
Sobre as gravações de voz dos funcionários, o Mercantil alegou que a medida se faz necessária devido a eventuais questionamentos contratuais de clientes sobre contratações de empréstimos e serviços, e que a gravação seria uma forma de resguardar o banco sobre eventuais ações de consumidores bancários insatisfeitos.
É válido destacar que é fundamental que os bancários denunciem imediatamente todos os casos de perseguição e assédio moral dentro do banco.
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