01/08/2018
Itaú lucra R$ 12,8 bi no primeiro semestre e pode atender reivindicações dos bancários

Somente com o que arrecada com receitas de tarifas o Itaú cobre 166,3% do total de suas despesas de pessoal
O Itaú obteve lucro líquido recorrente de R$ 12,8 bilhões no primeiro semestre de 2018, que corresponde a um crescimento de 3,7% em relação ao mesmo período de 2017, ano em que obteve o maior resultado da história de uma instituição financeira no Brasil. Com isso, a rentabilidade do banco subiu de 21,8% para 22% no período.
O Bradesco e o Santander também já divulgaram seus balanços, apontando, respectivamente, lucro de R$ 10,263 bilhões e de R$ 5,88 bilhões, demonstrando que não há crise que afete o sistema financeiro brasileiro.
O lucro do Itaú nos seis primeiros meses deste ano foi impulsionado, principalmente, pela redução das suas despesas de captação de recursos, com queda de 6,3%; despesas financeiras de provisões técnicas de seguros, previdência e capitalização, com queda de 48,1%; e as despesas de provisão para devedores duvidosos, que tiveram queda de 28%.
Tarifas
Outro destaque do balanço foram as receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias, que tiveram elevação de 8,9%, chegando a R$ 18,8 bilhões no semestre. Apenas com o que arrecada com essas receitas, o banco cobre 166,3% do total de suas despesas de pessoal. Dá para pagar toda a sua folha salarial, incluindo PLR, e ainda sobram R$ 7,5 bilhões.
Empregos e agências
O número de trabalhadores do Itaú no Brasil chegou a 86,1 mil, o que representa aumento de 4,9 mil em relação a junho de 2017. Já o número de agências físicas teve crescimento de oito unidades em relação a junho de 2017. Por outro lado, quando analisado o número de unidades registrado em março deste ano, 56 agências físicas foram fechadas.
Já número de agências digitais chegou a 160 em todo o País, crescimento de seis unidades em relação a junho de 2017.
Essa elevação no número do quadro decorre, principalmente, da incorporação da área de varejo do Citibank, que trouxe 2.897 novos funcionários e funcionárias. Além disso, o banco afirma no documento que tem contratado mais na área de tecnologia para acelerar o seu processo de transformação digital.
Outros números
A carteira de crédito do banco chegou a R$ 623,3 bilhões, elevação de 6,1%, em relação a junho de 2017, sendo que os empréstimos para pessoas físicas cresceram 8,7%, com destaque para o cartão de crédito, que teve aumento de 17,2%.
As operações de crédito Pessoa Jurídica apresentaram queda de 3%, impactado pela redução de 7,4% para grandes empresas. Para as micro, pequenas e médias empresas, houve expansão de 9,8% nesta carteira.
A taxa de inadimplência da carteira de crédito caiu de 3,9% em junho de 2017 para 3,4% em junho de 2018.
Clique aqui e veja os destaques do Dieese.
Para o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região Sérgio de Castro Ribeiro, o Ximbica, os lucros sempre crescentes dos bancos no Brasil são a prova de que é possível e justa a valorização dos bancários.
"Em um cenário de dificuldades econômicas para a maioria da população, o setor financeiro permanece sendo o mais lucrativo. Nada mais justo que os bancos valorizem os trabalhadores, que são realmente quem constroem seus resultados com tanta dedicação. Já é tempo do Itaú mudar suas políticas e deixar de demitir e contratar mais, reduzindo a sobrecarga de trabalho nas agências, combatendo o adoecimento da categoria e melhorando o atendimento à população," reforça o dirigente.
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