29/05/2018
Desabastecimento: Itaú economiza e manda bancários irem de ‘bike’ ao trabalho

Banco lucrou R$ 6 bi no 1º trimestre e ao invés de contratar táxis ou fretados, recomenda a bancários trajeto inseguro
(Imagem: Freepik)
Ao invés de oferecer uma solução mais segura enquanto durar a greve dos caminhoneiros, o Itaú joga a responsabilidade do transporte no colo dos bancários e sugere que os mais de 90 mil trabalhadores espalhados pelo Brasil vão trabalhar de carona ou bicicleta.
As bicicletas citadas na nota do banco aos funcionários são aquelas patrocinadas pela instituição e que ficam à disposição apenas para passeio, já que não possuem itens de segurança para grandes trajetos.
Para Carlos Alberto Moretto, diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, a atitude do banco demonstra sua total irresponsabilidade ao expor bancários a uma forma de locomoção sem nenhuma segurança, sobretudo nas grandes cidades, onde o fluxo de trânsito é intenso.
"Em um momento de extrema urgência, a única preocupação do Itaú é a de que seus funcionários estejam cumprindo com sua carga horária, contribuindo para o lucro crescente do banco. A instituição sequer oferece a eles uma opção de transporte seguro. No interior, nossos problemas em relação ao trânsito são relativamente menores, mas ainda assim existem e devem ser levados em consideração na hora de expor os trabalhadores a essas condições. Em São Paulo, por exemplo, pedalar não é tão simples. As grandes ciclovias foram praticamente extintas ou estão em más condições para utilização".
As bicicletas citadas na nota do banco aos funcionários são aquelas patrocinadas pela instituição e que ficam à disposição apenas para passeio, já que não possuem itens de segurança para grandes trajetos.
Para Carlos Alberto Moretto, diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, a atitude do banco demonstra sua total irresponsabilidade ao expor bancários a uma forma de locomoção sem nenhuma segurança, sobretudo nas grandes cidades, onde o fluxo de trânsito é intenso.
"Em um momento de extrema urgência, a única preocupação do Itaú é a de que seus funcionários estejam cumprindo com sua carga horária, contribuindo para o lucro crescente do banco. A instituição sequer oferece a eles uma opção de transporte seguro. No interior, nossos problemas em relação ao trânsito são relativamente menores, mas ainda assim existem e devem ser levados em consideração na hora de expor os trabalhadores a essas condições. Em São Paulo, por exemplo, pedalar não é tão simples. As grandes ciclovias foram praticamente extintas ou estão em más condições para utilização".
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A nota emitida pelo banco fala, ainda, que “mínimas atitudes podem gerar impactos significativos na vida das pessoas”. Moretto critica o comportamento do banco em relação a essas "atutides" e questiona o que a instituição tem feito para auxiliar seus 'colaboradores'.
"Onde está o exemplo do Itaú, que exige a locomoção de seus funcionários sem qualquer auxílio? Um banco que tem lucros cada vez maiores graças a dedicação dos trabalhadores deveria ter, no mínimo, consideração pela vida e zelar pela sua integridade física."
É importante ainda destacar que o banco teve lucro de mais de R$ 6 bilhões no primeiro trimestre e teria plenas condições de fretar ônibus ou disponibilizar táxis para os bancários se deslocarem com segurança.
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