09/02/2018
Atenção! Cuidado ao utilizar o MOC. Banco usa conversas para justificar demissões

Arte: Fabiana Tamashiro
Todo cuidado é pouco ao utilizar o MOC, sistema interno de comunicação do Itaú semelhante ao Google Hangouts ou Messenger. O movimento sindical apurou demissões de funcionários causadas por trocas indevidas de mensagens. É importante reforçar que o banco monitora todos os diálogos via MOC e também o e-mail, e os utiliza como provas documentais para justificar demissões por justa causa.
O Itaú possui um sistema de avaliação comportamental chamado Eixo X Eixo Y. Nele, os subordinados classificam o comportamento dos gestores e vice-versa. Os funcionários também se avaliam entre si. Alguns trabalhadores trocaram mensagens via MOC combinando avaliações. O banco monitorou esses diálogos, considerou a atitude fraude e demitiu os envolvidos por justa causa.
Práticas que violam o código de ética do Itaú tampouco devem ser feitas em hipótese alguma. Se, por exemplo, o bancário faz uma venda casada e comunica via MOC que fez esse procedimento o banco utiliza o diálogo como prova para demitir por justa causa. Lembrando que venda casada é uma prática vedada pelo Código de Defesa do Consumidor e se coverte em reclamação procedende no Banco Central.
Com a reforma trabalhista e com o avanço cada vez maior das tecnologias sobre as operações, o banco pretende enxugar cada vez mais o quadro de funcionários e está utilizando qualquer motivo para demitir. Além disso, os instrumentos de monitoramento estão cada vez mais aperfeiçoados, por isso, todo cuidado é pouco.
Em um caso apurado pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, funcionários de uma agência foram demitidos após trocarem mensagens de cunho racista relacionados a uma colega negra.
Por isso, fica o alerta: o MOC só deve ser utilizado para questões estritamente profissionais. Mensagens de cunho racista, homofóbico, xenófobo, assim como fofocas sobre colegas, não devem ser feitas em hipótese alguma, pois além de o banco monitorar as mensagens, configuram crime e são atitudes que a sociedade deve banir.
Diante disso, o Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região também orienta os bancários a tomarem muito cuidado com os conteúdos postados nas redes sociais como Facebook, Instagram, Twitter ou qualquer outra, porque o banco também monitora constantemente os perfis dos seus funcionários.
Os bancários que tiverem dúvidas ou se sentirem prejudicados por qualquer motivo podem e devem procurar o Sindicato, pois é o canal mais confiável e adequeado para o bancário tratar sobre essas questões.
Os trabalhadores podem entrar em contato com o Sindicato por meio do telefone (17) 3522-2409, pelo Whatsapp da entidade (17 992591987), pelo canal de denúncias no site (Denuncie) ou ainda diretamente com um dirigente.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Diretoria plena do Sindicato se reúne para análise de conjuntura e definição de estratégias de luta
- Dia Nacional de Luta em defesa da Previ: trabalhadores do BB realizaram protestos por todo o país
- Governo propõe salário mínimo de R$ 1.630 em 2026
- Sindicato visita agências do Santander para alertar sobre os impactos da terceirização e reforçar mobilização contra a prática
- Novos exames do PCMSO devem ser oferecidos pela Caixa a partir de maio
- Trabalhadores do BB protestam nesta quarta-feira (16) em defesa da Previ e contra ataques do TCU e CNN
- PL do golpe é tentativa de anistiar Bolsonaro e legalizar ataques à democracia, alerta Contraf-CUT
- Entidades sindicais se mobilizam para Marcha a Brasília e 1º de Maio
- A quem interessa destruir a Cabesp?
- Isenção do IR até R$ 5 mil: 76% dos brasileiros concordam com criação de alíquota mínima para os mais ricos
- Previ: Entenda os interesses em torno do fundo de pensão. E a importância de defendê-lo
- Talentos Fenae/Apcef chega ao fim em clima de festa e confraternização dos empregados e aposentados da Caixa
- STF: aposentado não precisa devolver dinheiro da revisão da vida toda
- Santander ignora diversidade e dá passo atrás ao nomear homem para chefia de marketing
- Contraf-CUT: Ministro do TCU ignora relatório solicitado por ele mesmo em auditoria na Previ