16/01/2018

Pelo 2º trimestre consecutivo, Santander lidera ranking de reclamações ao Banco Central

A lucratividade de um banco está longe de ter correlação direta com a satisfação dos seus clientes. É o que prova o caso do Santander, que tem no Brasil a maior fonte de lucro em todo o mundo, mas liderou o ranking de reclamações de clientes ao Banco Central no terceiro e quarto trimestres de 2017 entre as instituições com mais de quatro milhões de clientes.  

No quarto trimestre do ano passado, o banco espanhol registrou índice de reclamações 42,87, seguido pela Caixa (33,24) e Bradesco (25,63). Em quarto está o Banrisul (25,06) e em quinto aparece o Banco do Brasil (24,50).

As reclamações mais frequentes de clientes do Santander foram: irregularidades relativas à integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços disponíveis em internet banking (588); oferta ou prestação de informação a respeito de produtos e serviços de forma inadequada (207); e irregularidades relativas à integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços relacionados a cartões de crédito (191).

Para o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região Aparecido Augusto Marcelo, com a reforma trabalhista em vigor desde novembro de 2017, o banco espanhol, que já demonstrava uma gestão voltada apenas para o crescimento da lucratividade, passou a explorar ainda mais seus funcionários por meio de uma política unilateral de cortes de direitos.

"O Santander volta a liderar o ranking de reclamações do BC num período em que seu lucro líquido superou os R$ 7 bilhões. Isso revela o quão preocupado o banco está em obter lucros cada vez mais expressivos às custas de seus funcionários. Não satisfeito, desrespeita também seus clientes, com serviços e atendimentos cada vez mais precarizados. É um exemplo de irresponsabilidade e ganância sem limites, respaldado agora pelo desmonte trabalhista de Temer", critica o diretor.   

Índice – Para calcular o índice de reclamações, o BC divide o número de reclamações pelo de clientes e multiplica o resultado por 1.000.000. Quanto maior o índice, pior a classificação da instituição. Antes publicado a cada dois meses, o ranking passou a ser trimestral neste ano.
Fonte: Seeb SP, com edição de Seeb Catanduva

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