Seus direitos: Abono de um dia é conquista do trabalhador após luta na Campanha 2015!
Após mostrar os “benefícios” de se trabalhar em empresas como Google e Coca-Cola, reportagem do UOL errou ao destacar como política “do Itaú” permitir aos seus funcionários “um dia de folga por ano na data em que escolher”.
O abono-assiduidade foi uma reivindicação dos bancários na Campanha Nacional Unificada de 2015, conquistado após 21 dias de greve, e está garantido na cláusula 24 da Convenção Coletiva de Trabalho: “Um dia de ausência remunerada ao empregado que não tenha nenhuma falta injustificada entre 1/9/2015 a 31/8/2016 e com mínimo de 1 ano de vínculo empregatício com o banco. O dia de ausência remunerada tem de ser tirado entre 1/9/2016 e 31/8/2017, sendo definido pelo gestor em conjunto com o empregado”.
A reportagem destaca também que “para funcionárias que estão voltando da licença-maternidade, a jornada de trabalho é reduzida em duas horas durante um mês”. O artigo 396 da CLT estabelece que para amamentar, até que o bebê complete seis meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a dois descansos especiais, de meia hora cada um. O que muitas empresas fazem é juntar os dois descansos permitindo que a funcionária inicie sua jornada de trabalho uma hora mais tarde ou termine o expediente uma hora mais cedo.
“Foi com muita luta e organização que a categoria conquistou o abono-assiduidade na campanha de 2015. Todas as conquistas são fruto de campanhas, mobilização e não benesse do banco. O bancário chega ao banco e tem plano de saúde, vales refeição e alimentação, mas não sabe de onde veio isso. Se ele não souber que isso foi resultado de luta e organização, não vai se organizar também para lutar por novas conquistas”, afirma Ivone Silva, presidenta do Sindicato.
O diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Carlos Alberto Moretto, ressalta que o abono-assiduidade foi fruto de muita luta e organização na campanha de 2015 e alerta que é um direito que o banco muitas vezes tenta desrespeitar, não negociando com os funcionários. "Nossas conquistas foram obtidas por meio de forte mobilização da categoria e não pela bondade dos banqueiros. É muito importante que o bancário saiba de onde vieram para se empenhar ainda mais na luta por seus direitos."
MAIS NOTÍCIAS
- Decisão sobre a adequação da meta atuarial da Funcef é adiada
- Vitória da construção: G20 histórico abraça pautas do G20 Social
- Eleição da ANABB termina hoje (22). Confira os candidatos apoiados pelo Sindicato e Contraf-CUT
- 24 anos de privatização do Banespa: luta segue para preservar direitos e conquistas dos banespianos
- Campanha 21 Dias de Ativismo reforça luta pelo fim da violência contra a mulher
- Conselho Deliberativo da Funcef vai votar adequação da meta atuarial nesta quinta-feira (21)
- Em defesa do Saúde Caixa viável e sustentável, empregados cobram fim do teto de 6,5% e medidas de prevenção
- Sindicato e Fetec-CUT/SP debatem conjuntura e perspectivas para a categoria bancária
- Fim da escala 6x1 é tema de debate do Coletivo Nacional de Relações do Trabalho da Contraf-CUT
- Alô, associado! Venha curtir o feriado de quarta-feira (20) no Clube dos Bancários
- Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra é conquista dos movimentos sociais
- Agências não terão expediente bancário nesta quarta-feira (20), Dia da Consciência Negra e Zumbi de Palmares
- Organização do trabalho nos bancos leva a adoecimento mental da categoria
- Caixa: Representação dos empregados entrega contraproposta para caixas e tesoureiros
- O sangue dos ancestrais negros continua a ser derramado, agora pelas ações policiais