17/07/2017

Desmonte: Caixa Federal reabre PDVE e quer reduzir ainda mais o número de empregados

A Caixa anunciou, nesta sexta-feira (14),  por meio de circular enviada às unidades de todo o país, a reabertura do Programa de Desligamento Voluntário Extraordinário (PDVE). O objetivo é desligar até 5.480 trabalhadores. 

Na primeira fase, encerrada em 31 de março, a meta da direção da Caixa era de desligar 10 mil trabalhadores. Segundo a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), foram 4.645 adesões ao plano de demissão.

O prazo para aderir ao PDVE começa na segunda-feira 17/07 e seguirá até 14/08, com os desligamentos ocorrendo entre 24 de julho e 25 de agosto.

Estão aptos a aderir os empregados e empregadas aposentados pelo INSS ou os que poderão se aposentar até 31 de dezembro; trabalhadores com no mínimo 15 anos de efetivo exercício de trabalho; e empregados com adicional de incorporação de função de confiança/cargo em comissão ou função gratificada até a data de desligamento (sem exigência de tempo mínimo de efetivo exercício na empresa).

“Estamos muito preocupados com a volta do programa, pois o recado é claro: não haverá reposição das vagas deixadas pelos empregados que aderirem ao PDVE e deixarem o banco. Isso só piora as condições de trabalho dos empregados que permanecerem e afeta diretamente o atendimento à população”, afirmou Dionísio Reis, coordenador da CEE da Caixa. “A CEE ainda vai averiguar os termos do PDVE para garantir que não haja perdas de direitos para os empregados que aderirem. Porém, desde já manifestamos nossa contrariedade por mais uma decisão unilateral do banco, sem qualquer negociação com os representantes dos trabalhadores.”

As demissões desenfreadas, tidas como voluntárias, serão aceleradas. O sonho de uma Caixa sintonizada com os desafios do Brasil ficará cada vez mais distante. O banco é um dos poucos instrumentos de política social, mas esse perfil será riscado do mapa caso esse processo obtenha êxito”, denunciou Jair Pedro Ferreira, presidente da Fenae.

Para Antônio Júlio Gonçalves Neto, diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, esta é mais uma demonstração de que a política de desmonte do banco público federal continua em curso, exigindo uma resposta urgente por meio da intensificação das lutas em defesa da instituição. "A medida se junta a outras que visam o enfraquecimento da Caixa. A falta de funcionários nas agências é evidente. As condições de trabalho e de atendimento estão precárias. Com mais um PDVE e sem a perspectiva de novas contratações, tudo isso só irá se agravar. Não podemos permitir a destruição desse patrimônio dos brasileiros", defende Tony.

 

 

Fonte: Contraf-CUT e Fenae, com edição de Seeb Catanduva

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