06/03/2017
BB mostra dados da reestruturação em audiência de conciliação na PGT de Brasília
A Contraf-CUT realizou com o Banco do Brasil a terceira rodada de reunião de conciliação na Procuradoria Geral do Trabalho (PGT) para tratar exclusivamente dos efeitos da reestruturação nos trabalhadores da instituição financeira. A reunião ocorreu na quinta-feira 2, em Brasília.
Cobrado pelo movimento sindical, a direção do banco apresentou números relativos às mudanças unilaterais iniciadas em novembro de 2016 e que têm provocado grandes transtornos ao funcionalismo.
Segundo o BB, 3.409 trabalhadores estavam recebendo Vantagem de Caráter Pessoal (VCP) em 7 de fevereiro sendo que, devido a realocações e com bancários conseguindo vagas em outras unidades, esse número caiu para 2.452 em 1º de março. No mesmo período as pessoas consideradas excedentes em unidades e sem perda de VCP caiu de 690 para 334, também devido a terem conseguido colocação em outros setores.
Como avanço, o BB atendeu reivindicação dos dirigentes sindicais e manterá a gratificação até 31 de maio para os caixas que ficaram sem função, o prazo era 31 de janeiro. Quem ficou sem receber a verba relativa a fevereiro terá o crédito de forma retroativa. Ainda no caso dos caixas, o BB afirmou existirem 1.100 funcionários nessa função aguardando colocação em unidades, mas há 1.180 dessas vagas à disposição.
“O grande problema é que essa oferta, em muitos casos, não está na cidade em que o bancário reside. E uma das nossas principais reivindicações é que as pessoas não tenham de mudar de município ou até de estado para trabalhar. É um transtorno imenso na vida das pessoas”, afirma o diretor do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, João Fukunaga. “Também cobramos solução para as pessoas que estão há muito tempo como caixa substituto. Queremos que eles também tenham manutenção da remuneração enquanto não encontram uma vaga.”
Lateralidade – Outro ponto abordado foi a lateralidade nos 15 grupos de função criados na reestruturação, englobando 10.156 funcionários. Em linhas gerais, quando é criado um cargo em “lateralidade” ao que o funcionário estava pode ocorrer redução na remuneração ou promoção. Segundo o interlocutor do banco, essa situação provocou descenso na carreia em 500 empregados, outros 1.243 estão recebendo VCP parcial e 2.427 subiram de cargo.
“Cobramos que o banco nos apresente não apenas os números brutos, mas que detalhe o percentual de perda salarial em todas as situações desses grupos”, diz João Fukunaga.
Empréstimo sem juros – Os dirigentes também apresentaram a preocupação com funcionários que estão endividados e que estão tendo perda salarial devido à reestruturação. Para essa questão o Banco do Brasil diz que abrirá uma linha de crédito que corresponderá a cinco vezes o salário do funcionário a ser paga em até 25 parcelas sem juros.
Negociação – Diante dos diversos questionamentos relativos aos caixas, a Comissão de Empresa dos Funcionários, que contou com apoio da PGT, propôs negociação específica com o BB. O representante da instituição concordou com a proposta e a reunião ocorrerá em 30 de março.
Os resultados desse encontro será levado para nova audiência de conciliação no MPT marcada para 2 de maio.
Súmula 372 – No que diz respeito à Sumula 372 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que assegura a incorporação aos salários após dez anos na mesma função, o BB foi enfático ao afirmar que não cumprirá essa resolução.
“Vamos tomar todas as medidas cabíveis, inclusive na Justiça, para fazer valer esse direito dos trabalhadores”, afirma o dirigente sindical.
Cobrado pelo movimento sindical, a direção do banco apresentou números relativos às mudanças unilaterais iniciadas em novembro de 2016 e que têm provocado grandes transtornos ao funcionalismo.
Segundo o BB, 3.409 trabalhadores estavam recebendo Vantagem de Caráter Pessoal (VCP) em 7 de fevereiro sendo que, devido a realocações e com bancários conseguindo vagas em outras unidades, esse número caiu para 2.452 em 1º de março. No mesmo período as pessoas consideradas excedentes em unidades e sem perda de VCP caiu de 690 para 334, também devido a terem conseguido colocação em outros setores.
Como avanço, o BB atendeu reivindicação dos dirigentes sindicais e manterá a gratificação até 31 de maio para os caixas que ficaram sem função, o prazo era 31 de janeiro. Quem ficou sem receber a verba relativa a fevereiro terá o crédito de forma retroativa. Ainda no caso dos caixas, o BB afirmou existirem 1.100 funcionários nessa função aguardando colocação em unidades, mas há 1.180 dessas vagas à disposição.
“O grande problema é que essa oferta, em muitos casos, não está na cidade em que o bancário reside. E uma das nossas principais reivindicações é que as pessoas não tenham de mudar de município ou até de estado para trabalhar. É um transtorno imenso na vida das pessoas”, afirma o diretor do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, João Fukunaga. “Também cobramos solução para as pessoas que estão há muito tempo como caixa substituto. Queremos que eles também tenham manutenção da remuneração enquanto não encontram uma vaga.”
Lateralidade – Outro ponto abordado foi a lateralidade nos 15 grupos de função criados na reestruturação, englobando 10.156 funcionários. Em linhas gerais, quando é criado um cargo em “lateralidade” ao que o funcionário estava pode ocorrer redução na remuneração ou promoção. Segundo o interlocutor do banco, essa situação provocou descenso na carreia em 500 empregados, outros 1.243 estão recebendo VCP parcial e 2.427 subiram de cargo.
“Cobramos que o banco nos apresente não apenas os números brutos, mas que detalhe o percentual de perda salarial em todas as situações desses grupos”, diz João Fukunaga.
Empréstimo sem juros – Os dirigentes também apresentaram a preocupação com funcionários que estão endividados e que estão tendo perda salarial devido à reestruturação. Para essa questão o Banco do Brasil diz que abrirá uma linha de crédito que corresponderá a cinco vezes o salário do funcionário a ser paga em até 25 parcelas sem juros.
Negociação – Diante dos diversos questionamentos relativos aos caixas, a Comissão de Empresa dos Funcionários, que contou com apoio da PGT, propôs negociação específica com o BB. O representante da instituição concordou com a proposta e a reunião ocorrerá em 30 de março.
Os resultados desse encontro será levado para nova audiência de conciliação no MPT marcada para 2 de maio.
Súmula 372 – No que diz respeito à Sumula 372 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que assegura a incorporação aos salários após dez anos na mesma função, o BB foi enfático ao afirmar que não cumprirá essa resolução.
“Vamos tomar todas as medidas cabíveis, inclusive na Justiça, para fazer valer esse direito dos trabalhadores”, afirma o dirigente sindical.
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