Construída em negociação, proposta para sanar contas já pode ser votada
A partir de 11 de novembro os associados ativos e aposentados participam de Consulta ao Corpo Social para votar o acordo negociado com o Banco do Brasil pelas entidades representativas dos associados – Contraf-CUT, Anabb, AAFBB e FAABB.
Será implantado Comitê de Auditoria e será feita a revisão de processos com auxílio de Consultoria contratada com recursos do banco, para melhorar os serviços de saúde, agilizar o atendimento e racionalizar despesas visando equacionar o déficit estrutural da Cassi.
O acordo preserva todos os direitos dos associados, programas de saúde como fornecimento de remédios e atendimento domiciliar a doentes crônicos e garante a sustentabilidade da Cassi. A solução foi construída em dois anos de negociação. As entidades do funcionalismo rechaçaram a proposta inicial do banco, que jogava nas costas dos associados a cobertura do déficit e quebrava a solidariedade que sempre foi a maior força da Cassi. Depois de muita pressão o banco admitiu que precisa arcar com seus compromissos com a Cassi e fazer os aportes negociados.
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Reajuste pela Fipe Saúde
O valor de R$ 23 milhões via ressarcimento de serviços que será repassado à Cassi pelo Banco do Brasil será reajustado pelo índice Fipe Saúde. Conforme acordado no Memorando de Entendimentos, o índice de correção seria estabelecido para que o valor tivesse reajuste anual. Naquela oportunidade, iniciou-se a busca de pareceres que dessem conforto jurídico ao contrato usando algum índice vinculado ao crescimento de despesas com saúde.
Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, o Fipe Saúde foi solicitado pelas entidades para balizar a correção do contrato de ressarcimento, uma vez que boa parte das despesas médicas da Cassi é reajustada por este índice.
Votação atropelada pode comprometer aprovação
A Contraf considera que é preciso mais tempo para debater e esclarecer a proposta junto aos associados, para que todos saibam que estão aprovando ao mesmo tempo a contribuição adicional e extraordinária de 1% e os aportes do banco. Até mesmo a pergunta feita na tela de votação não esclarece totalmente as duas partes da proposta. A falta de clareza pode comprometer a aprovação da proposta. Apesar de alertado, o banco não aceitou dar mais tempo para esclarecimentos.
Contraf defende aprovação porque Cassi precisa dos novos recursos para manter o Plano de Associados
Desde a última alteração estatutária em 2007 até 2015, as despesas cresceram mais que as receitas. As despesas obedecem às condições do mercado de saúde e as receitas, aos salários e aposentadorias. As despesas com o atendimento à saúde aumentaram muito mais que as receitas, conforme mostram as tabelas 1 e 2. O índice VCMH, que mede o aumento das despesas com consultas, exames, internação, terapias no Brasil, cresceu 203,8% no período, enquanto as despesas da Cassi cresceram bem menos, 147,6%, e as receitas de contribuições, 84,9%.
O acordo negociado reequilibra as contas da Cassi e garante a tranquilidade do associado e de sua família. A Contraf e a Comissão de Empresa apoiam a sua aprovação.
Tabela 1 - Números do Plano de Associados Cassi |
|||||
Ano |
Receita (R$mil) |
Despesa (R$mil) |
Associados |
Assoc.+Depend. |
Desp. per capita ano |
2007 |
833.811 |
798.344 |
173.839 |
402.602 |
R$ 1.983 |
2015 |
1.541.651 |
1.977.016 |
197.554 |
418.364 |
R$ 4.726 |
Variação |
84,9 % |
147,6% |
138,3% |
Tabela 2 – Aumentos e reajustes acumulados de 2007 a 2015 |
|||
INPC – IBGE |
Reaj. salarial piso BB |
Salários acima piso |
Índice VCMH |
74,4% |
116,8% |
98,2% |
203,8% |
Índice VCMH = Índice de Variação de Custos Médico-Hospitalares do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar |
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