Existirão ainda locais para todos na nova política da Caixa?
O prolongamento da greve dos bancários é consequência das resistências criadas pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) em atender às reivindicações da categoria. Em momento crucial é necessário que todos os empregados estejam unificados. Desta forma, especialmente no caso da Caixa, os empregados que hoje ocupam funções gratificadas não devem perder de vista a perspectiva de que são empregados da empresa como todos os outros.
As entidades (federações e sindicatos) que apoiam os trabalhadores na organização da greve representam a totalidade da categoria. Por isso, gestores também devem buscar se aproximar, participar da greve, conversar com os diretores das entidades e compreender a importância do seu papel neste momento.
O enfrentamento deve ser feito com a direção da Caixa e o resultado só será satisfatório se houver envolvimento de todos. O sentimento de esperança é importante, mas o que resolverá a campanha salarial é a mobilização.
Todos estão na mira
As políticas adotadas pela Caixa – redução de postos de trabalho, extinção das funções, fechamento de áreas, restrições severas ao direito a incorporação e asseguramento, fechamento de agências - atingem indistintamente todos os empregados. É preciso enxergar isso e ter consciência que aqueles com função gratificada de gestão não serão poupados.
Qualquer empregado poderá ser atingido diretamente com redução de remuneração ou indiretamente com a perda de saúde pelas condições precárias de trabalho e cobranças abusivas.
Nossa luta
O que está em disputa com a direção da Caixa vai além das reivindicações dos itens da pauta, a disputa que está sendo feita é pela mudança no modelo de gestão imposto pela empresa.
As mudanças implementadas representam a preparação da Caixa para um modelo que traz dúvidas se o caminho de fortalecimento da empresa, que trilhou nos últimos anos, será mantido diante de um cenário de redução do papel social da Caixa e de diminuição da sua atuação no mercado.
“Na hipótese de se fecharem 300 agências, qual será o destino dos 300 gerentes gerais, dos caixas, tesoureiros, gerentes de atendimento e assistentes? “, diz o diretor da Apcef/SP Leonardo dos Santos Quadros.
Nas áreas-meio a situação é a mesma, não existem dois gerentes de filiais para a mesma unidade. Portanto, só a luta garantirá a manutenção da Caixa 100% pública e oportunidade a todos os empregados.
MAIS NOTÍCIAS
- Caixa: Nova reunião sobre promoção por mérito será na segunda-feira (2)
- Movimento sindical bancário debate saúde do trabalho e define diretrizes para 2025
- Funcef: Indefinição sobre a meta atuarial pode afetar participantes que aderiram ao PDV
- Santander promove mais um ataque contra seus empregados
- Negociações com o Itaú são retomadas!
- Podcast da CUT: Sérgio Nobre, presidente da Central, fala do papel e da importância da negociação coletiva
- Proposta do governo para isentar quem ganha até R$ 5 mil é pauta dos movimentos sindicais
- Bradesco anuncia antecipação de vales refeição e alimentação para 20 de dezembro
- Santander é condenado por mais uma tentativa de fraude trabalhista
- Perda de direitos: reforma trabalhista se aplica a contratos anteriores à lei, decide TST
- Inscrições encerradas para o 2º Torneio de Game da Contraf-CUT
- Movimento sindical discute enfrentamento da violência de gênero no mundo do trabalho
- Live de Fim de Ano do Sindicato premia bancários associados
- Mesmo demitindo e adoecendo bancários, bancos recebem quase R$ 200 milhões em incentivos fiscais
- Seminário “Discutindo o passado e construindo propostas contra o racismo" será nesta quarta (27), às 18h