04/10/2016

Existirão ainda locais para todos na nova política da Caixa?

O prolongamento da greve dos bancários é consequência das resistências criadas pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) em atender às reivindicações da categoria. Em momento crucial é necessário que todos os empregados estejam unificados. Desta forma, especialmente no caso da Caixa, os empregados que hoje ocupam funções gratificadas não devem perder de vista a perspectiva de que são empregados da empresa como todos os outros.

As entidades (federações e sindicatos) que apoiam os trabalhadores na organização da greve representam a totalidade da categoria. Por isso, gestores também devem buscar se aproximar, participar da greve, conversar com os diretores das entidades e compreender a importância do seu papel neste momento.

O enfrentamento deve ser feito com a direção da Caixa e o resultado só será satisfatório se houver envolvimento de todos. O sentimento de esperança é importante, mas o que resolverá a campanha salarial é a mobilização.

Todos estão na mira

As políticas adotadas pela Caixa – redução de postos de trabalho, extinção das funções, fechamento de áreas, restrições severas ao direito a incorporação e asseguramento, fechamento de agências - atingem indistintamente todos os empregados. É preciso enxergar isso e ter consciência que aqueles com função gratificada de gestão não serão poupados.

Qualquer empregado poderá ser atingido diretamente com redução de remuneração ou indiretamente com a perda de saúde pelas condições precárias de trabalho e cobranças abusivas.

Nossa luta

O que está em disputa com a direção da Caixa vai além das reivindicações dos itens da pauta, a disputa que está sendo feita é pela mudança no modelo de gestão imposto pela empresa.

As mudanças implementadas representam a preparação da Caixa para um modelo que traz dúvidas se o caminho de fortalecimento da empresa, que trilhou nos últimos anos, será mantido diante de um cenário de redução do papel social da Caixa e de diminuição da sua atuação no mercado.

“Na hipótese de se fecharem 300 agências, qual será o destino dos 300 gerentes gerais, dos caixas, tesoureiros, gerentes de atendimento e assistentes? “, diz o diretor da Apcef/SP Leonardo dos Santos Quadros.

Nas áreas-meio a situação é a mesma, não existem dois gerentes de filiais para a mesma unidade. Portanto, só a luta garantirá a manutenção da Caixa 100% pública e oportunidade a todos os empregados.

Fonte: Apcef-SP

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