10/06/2016

Após três reuniões, Santander ainda precisa avançar no Acordo Aditivo

O Santander está disposto a renovar o Acordo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos seus funcionários. Porém, o banco espanhol não aceita avançar em nenhuma nova cláusula social, de condições de trabalho e de saúde propostas pela representação dos trabalhadores. Esta foi a conclusão da terceira rodada de negociações, realizada na quarta-feira (8).

“Por dois dias inteiros detalhamos a importância de cada nova cláusula para os representantes do Santander. Eles anotavam e comprometiam-se a avaliar a viabilidade. Quando chegou a hora deles darem o retorno, não apresentaram qualquer justificativa para rejeitar os avanços propostos pelos trabalhadores”, critica a diretora executiva do Sindicato e coordenadora da COE Santander (Comissão de Organização dos Empregados), Maria Rosani.

De acordo com a dirigente, o banco quer apartar do acordo questões relacionadas com a saúde e condições de trabalho do Santander. “Há anos debatemos esses temas no Comitê de Relações de Trabalho e no Fórum de Saúde. Sem sucesso. Por isso buscamos avançar nas negociações do Acordo Aditivo.”

“Vemos como positiva a sinalização do banco em relação à renovação. Porém, cobramos que existam avanços em temas importantes como a revisão da política de metas e avaliação de desempenho, licença remunerada para a mulher vítima de violência, empréstimo de férias parcelado, entre outras”, destaca Rosani.

Somente no primeiro trimestre de 2016, o Santander lucrou R$ 1,66 bi, crescimento de 1,7% em doze meses e de 3,3% em relação aos últimos três meses de 2015. Apenas com o que ganha com tarifas, o banco cobre 148% da sua folha salarial.

“O Santander, pelos seus excelentes resultados, tem todas as condições de valorizar os bancários que construíram esses números com muito trabalho”, conclui.

Pelo Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, o dirigente Aparecido Augusto Marcelo, que integra a COE do Santander, está acompanhando os debates. “A renovação é essencial, mas é preciso ter avanços.”

Fonte: Seeb SP, com edição de Seeb Catanduva

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