Reestruturação: empregados e entidades realizam atos em Brasília e Rio de Janeiro
As mobilizações contra a reestruturação que está em curso na Caixa Econômica Federal já começaram. Nesta quarta-feira (16), em Brasília (DF), o Sindicato dos Bancários retardou por uma hora o funcionamento da entrada principal da Matriz I. Já no Rio de Janeiro (RJ), foram realizadas paralisações no prédio da avenida Almirante Barroso, bem como nas agências Rio Branco e Carioca, localizadas na mesma região.
“Esse processo está sendo colocado em prática de forma unilateral. Não houve diálogo com empregados e entidades representativas. Não podemos permitir esse desrespeito, nem prejuízos aos trabalhadores e retrocessos. A falta de transparência tem deixado a categoria aterrorizada. Uma Caixa forte, como diz querer a presidente Miriam Belchior, se faz com bancários valorizados”, diz o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.
Fabiana Matheus, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), reforça a importância dos trabalhadores participarem das atividades do Dia Nacional de Luta, marcado para 24 de março. “Temos que mostrar, nas ações a serem realizadas por federações e sindicatos, toda nossa indignação com o formato dessa reestruturação. Mais uma vez, a categoria mostrar sua força”, afirma.
Ato em Brasília
A atividade em frente à Matriz I, em Brasília, reuniu dezenas de bancários. “Foi uma excelente oportunidade para dialogar com bancários e bancárias na tentativa de saber como a reestruturação está acontecendo na área de cada um e qual o impacto. Da direção da Caixa, não há nenhuma informação concreta. Tudo está muito vago”, explica Enilson da Silva, diretor da Fetec-CUT/CN e empregado do banco.
Representantes de sindicatos de outros estados também participaram da manifestação, a exemplo de Marcos Saraiva (Marcão), do Ceará. “Vivemos um momento de muita dificuldade que está deixando os empregados da Caixa no Nordeste apavorados. Temos que dar um basta e suspender imediatamente esse processo de reestruturação. Os empregados precisam de respeito e não é isso que está acontecendo”, destacou.
Assédio moral
“Infelizmente essa onda pela qual passa a Matriz I, que irá atingir outras unidades, é muito perigosa, principalmente pelo aumento do assédio moral. Com certeza, essa prática nefasta irá aumentar. Já sabemos que há gestores se aproveitando do momento para retirar função de pessoas que não rezam a cartilha dele e colocar apadrinhados sem fazer processo seletivo. O sindicato não vai aceitar isso”, garante Adilson de Sousa, o diretor do Seeb/DF.
MAIS NOTÍCIAS
- Caixa: Nova reunião sobre promoção por mérito será na segunda-feira (2)
- Movimento sindical bancário debate saúde do trabalho e define diretrizes para 2025
- Funcef: Indefinição sobre a meta atuarial pode afetar participantes que aderiram ao PDV
- Santander promove mais um ataque contra seus empregados
- Negociações com o Itaú são retomadas!
- Podcast da CUT: Sérgio Nobre, presidente da Central, fala do papel e da importância da negociação coletiva
- Proposta do governo para isentar quem ganha até R$ 5 mil é pauta dos movimentos sindicais
- Bradesco anuncia antecipação de vales refeição e alimentação para 20 de dezembro
- Santander é condenado por mais uma tentativa de fraude trabalhista
- Perda de direitos: reforma trabalhista se aplica a contratos anteriores à lei, decide TST
- Inscrições encerradas para o 2º Torneio de Game da Contraf-CUT
- Movimento sindical discute enfrentamento da violência de gênero no mundo do trabalho
- Live de Fim de Ano do Sindicato premia bancários associados
- Mesmo demitindo e adoecendo bancários, bancos recebem quase R$ 200 milhões em incentivos fiscais
- Seminário “Discutindo o passado e construindo propostas contra o racismo" será nesta quarta (27), às 18h