16/03/2016
Banco diz que pagou R$ 40 milhões de PLR; Sindicato cobra explicação
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O HSBC Brasil anunciou prejuízo de R$ 753,4 milhões em 2015. O resultado foi 37,2% pior que o de 2014, quando o prejuízo foi de R$ 549,1 milhões. Com o resultado negativo pelo segundo ano consecutivo, houve queda no patrimônio líquido do banco em 1,9%, totalizando R$ 9,5 bilhões. Outro dado do balanço, entretanto, chamou ainda mais a atenção do movimento sindical: o banco divulgou que pagou R$ 48,1 milhões como PLR para os bancários.
“Antes mesmo de divulgar o resultado de 2015, a direção do banco já tinha informado aos trabalhadores que não teria lucro e, portanto, não distribuiria PLR. De fato os bancários do HSBC não receberam a PLR prevista pela CCT [Convenção Coletiva de Trabalho], então vamos reforçar nosso pedido de reunião com o banco para que, além da discussão de problemas que afligem os bancários, também se esclareça esses R$ 48 milhões”, diz a diretora do Sindicato de São Paulo Liliane Fiúza.
A dirigente lembra que, diante da perspectiva de prejuízo no banco, os trabalhadores conquistaram, na Campanha 2015, o pagamento de gratificação no valor de R$ 3 mil, proposta que foi aprovada pelos bancários em assembleia no dia 26 de outubro. O valor foi creditado pelo banco em novembro a todos os funcionários entre os níveis 13 e 24 – excetuados os níveis de gestão que têm direito ao PPR, o programa de resultados do banco –, o que contemplou 71% dos bancários do HSBC. “Não sabemos se o banco está somando o que foi pago como gratificação e o que foi pago como programa próprio nesse montante de R$ 48 milhões. De qualquer forma isso estaria errado.”
Ela explica que quando o banco paga PLR, ele tem isenção de encargos sociais. Portanto, se o HSBC contabilizou no balanço o valor pago de gratificação como se fosse PLR, está usufruindo de isenções fiscais a que não teria direito. “É imprescindível que o HSBC explique como chegou a esse montante”, reforça a dirigente.
Compra pelo Bradesco
A reunião com o banco foi reivindicada pelo Sindicato antes mesmo da divulgação do balanço. “Queremos discutir os problemas que afligem os bancários, como o aumento do assédio moral e da sobrecarga, principalmente no atual contexto de insegurança com os empregos, diante da iminente venda do HSBC Brasil para o Bradesco”, informa Liliane. A transação foi autorizada pelo Banco Central, mas está sendo analisada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Ela destaca que o movimento sindical está atento em relação aos empregos dos bancários, tanto do HSBC quanto do Bradesco, e que as negociações resultaram em compromisso, assumido pelos dois bancos em agosto, de que não haveria demissões em massa.
Outros dados
A Carteira de Crédito Ampliada do HSBC cresceu 7,9% em doze meses, atingindo montante de R$ 71,3 bilhões.
A taxa de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 6,1% (com alta de 1,3 p.p. no período). As despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (P.C.L.D.) cresceram bem acima da evolução carteira de crédito, chegando a R$ 4,4 bilhões (alta de 41,6%), impactando negativamente o resultado.
O crescimento das receitas com Títulos e Valores Mobiliários (TVM) foi diretamente influenciado pelos sucessivos aumentos na taxa Selic e nos índices de preços, apresentando crescimento de 44,6%.
As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceram 15,5% em doze meses, totalizando R$ 3 bilhões. Já as despesas de pessoal cresceram 7,6%, somando R$ 3,9 bilhões.
O número de empregados, em dezembro de 2015, foi de 19.953, com fechamento de 212 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, foram fechadas duas agências e quatro postos de atendimento.
“Antes mesmo de divulgar o resultado de 2015, a direção do banco já tinha informado aos trabalhadores que não teria lucro e, portanto, não distribuiria PLR. De fato os bancários do HSBC não receberam a PLR prevista pela CCT [Convenção Coletiva de Trabalho], então vamos reforçar nosso pedido de reunião com o banco para que, além da discussão de problemas que afligem os bancários, também se esclareça esses R$ 48 milhões”, diz a diretora do Sindicato de São Paulo Liliane Fiúza.
A dirigente lembra que, diante da perspectiva de prejuízo no banco, os trabalhadores conquistaram, na Campanha 2015, o pagamento de gratificação no valor de R$ 3 mil, proposta que foi aprovada pelos bancários em assembleia no dia 26 de outubro. O valor foi creditado pelo banco em novembro a todos os funcionários entre os níveis 13 e 24 – excetuados os níveis de gestão que têm direito ao PPR, o programa de resultados do banco –, o que contemplou 71% dos bancários do HSBC. “Não sabemos se o banco está somando o que foi pago como gratificação e o que foi pago como programa próprio nesse montante de R$ 48 milhões. De qualquer forma isso estaria errado.”
Ela explica que quando o banco paga PLR, ele tem isenção de encargos sociais. Portanto, se o HSBC contabilizou no balanço o valor pago de gratificação como se fosse PLR, está usufruindo de isenções fiscais a que não teria direito. “É imprescindível que o HSBC explique como chegou a esse montante”, reforça a dirigente.
Compra pelo Bradesco
A reunião com o banco foi reivindicada pelo Sindicato antes mesmo da divulgação do balanço. “Queremos discutir os problemas que afligem os bancários, como o aumento do assédio moral e da sobrecarga, principalmente no atual contexto de insegurança com os empregos, diante da iminente venda do HSBC Brasil para o Bradesco”, informa Liliane. A transação foi autorizada pelo Banco Central, mas está sendo analisada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Ela destaca que o movimento sindical está atento em relação aos empregos dos bancários, tanto do HSBC quanto do Bradesco, e que as negociações resultaram em compromisso, assumido pelos dois bancos em agosto, de que não haveria demissões em massa.
Outros dados
A Carteira de Crédito Ampliada do HSBC cresceu 7,9% em doze meses, atingindo montante de R$ 71,3 bilhões.
A taxa de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 6,1% (com alta de 1,3 p.p. no período). As despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (P.C.L.D.) cresceram bem acima da evolução carteira de crédito, chegando a R$ 4,4 bilhões (alta de 41,6%), impactando negativamente o resultado.
O crescimento das receitas com Títulos e Valores Mobiliários (TVM) foi diretamente influenciado pelos sucessivos aumentos na taxa Selic e nos índices de preços, apresentando crescimento de 44,6%.
As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceram 15,5% em doze meses, totalizando R$ 3 bilhões. Já as despesas de pessoal cresceram 7,6%, somando R$ 3,9 bilhões.
O número de empregados, em dezembro de 2015, foi de 19.953, com fechamento de 212 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, foram fechadas duas agências e quatro postos de atendimento.
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