15/03/2016
Catanduva reforça manifesto contra reestruturação
O Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região reforçou o Dia Nacional de Luta em protesto à reestruturação realizada pelo Banco do Brasil, nesta terça-feira (15). O manifesto também reivindica mais contratações e respeito às mesas de negociação com os trabalhadores.
Dirigentes sindicais distribuíram panfletos e exibiram faixa questionando “BB: Bom pra quem?”, cobrando respeito a funcionários e clientes. “O Banco do Brasil precisa contratar, mas, ao invés disso, promove reestruturação com redução do quadro e transferências”, critica Júlio Trigo.
Em janeiro, o BB acordou, em negociação com os trabalhadores, que funcionários que perdessem função devido às mudanças na Vice-Presidência de Serviços, Infraestrutura e Operações (Visin) teriam prioridade para ocupar vagas comissionadas. O banco, entretanto, ignora o acordado.
O movimento sindical exige que o BB aumente as contratações para reduzir a sobrecarga e melhorar o atendimento. E, mais, que o banco respeite o que foi acordado em negociação.
O BB utiliza sistemas como o GAT (Gestão de Atendimento) e autenticações em caixas para avaliar se vai, ou não, reduzir quadros. Ainda que pressionados, os bancários não devem fraudar o GAT, nem para cumprir o Acordo de Trabalho, que incide na PLR sobre o bônus dos comissionados.
Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários, o Dia de Luta é para mostrar para a direção do banco que os funcionários querem e precisam de garantias nos processos de reestruturação. “O banco precisa se preocupar mais com os funcionários”, alerta.
Entenda
A reestruturação promovida pela Vice-Presidência de Serviços e Infraestrutura trouxe inúmeros problemas às bancárias e bancários de todo o país, com redução de quadro em várias cidades e obrigatoriedade de mudança para outros estados para garantir o mesmo cargo e salário.
O BB, mesmo após afirmar em mesa que garantiria a permanência dos caixas nas unidades do PSO durante 4 meses de VCP, não cumpriu a promessa e encaminhou os caixas excedentes para as agências. A medida inviabilizou a manutenção dos salários, como previsto para outros cargos.
Até momento, o BB não forneceu planilha com todos os cargos cortados e cidades envolvidas.
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