19/01/2016
Nova rodada de negociação sobre a Cassi é nesta terça-feira 19
Está marcada para esta terça-feira 19 nova rodada de negociação entre representantes do Banco do Brasil e dos trabalhadores para discutir problemas relacionados à Cassi. Na ocasião, espera-se que a instituição aceite soluções para zerar o déficit da caixa da assistência.
O movimento sindical reivindica mais investimento e a adoção do Modelo de Atenção Integral à Saúde, baseado na Estratégia Saúde da Família (ESF). Esse modelo consta inclusive no estatuto da Cassi. Nele, uma equipe multidisciplinar observa o grupo familiar durante o ano todo e, dessa forma, conhece seu histórico de saúde, podendo agir na prevenção ao invés do tratamento, quase sempre mais dispendioso.
Só que apenas cerca de 25% dos usuários da Cassi usufruem desse modelo. Um dos motivos é o questionamento, por parte do banco, sobre sua eficiência. Experiências no Canadá e no Reino Unido atestam que é possível até a redução dos custos ao longo dos anos, sem prejuízo aos participantes.
A dirigente sindical Silvia Muto, integrante do conselho de usuários da Cassi, critica as propostas do banco para resolver a situação deficitária da caixa de assistência, que passam pelo corte de benefícios. O banco propôs a retirada de direitos dos funcionários na peça orçamentária da Cassi no final de 2014.
“Nós reconhecemos a importância de se debater a questão financeira da Cassi, mas até o momento nenhuma das propostas apresentadas atende ao desafio de buscar a sustentabilidade da Cassi ao longo prazo. O banco precisa firmar compromisso mostrando disposição para mudar o modelo de saúde, que nós entendemos ser a saída para equilibrar as contas da caixa de assistência”, afirma a dirigente, acrescentando que qualquer discussão de aumento de participação dos funcionários só pode ser feito após a consulta ao corpo social.
Negociações – As negociações específicas ocorrem desde 12 de maio, quando houve a primeira reunião específica. Na ocasião, os representantes dos associados apresentaram as premissas para uma Cassi sustentável: manutenção do princípio da solidariedade, custeio de eventuais déficits pelo patrocinador, responsabilidade com aposentados e investimento para implantação de novo modelo de saúde e de gestão.
“Essas premissas foram um dos motes da Campanha Nacional Unificada”, lembra João Fukunaga, diretor do Sindicato e integrante da comissão de empresa.
A segunda rodada aconteceu no dia 19 de maio, data em que foi apresentada a proposta do BB pelo então diretor de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas, Carlos Neri. A proposta contém três partes e sugere a criação de um fundo para o pagamento do compromisso com os aposentados.
Antes da abertura do processo de negociação da Campanha Nacional da categoria, os representantes dos ativos e aposentados e o BB reuniram-se em 4 de setembro para discutir medidas emergenciais, visando garantir o atendimento. As medidas adotadas evitaram o gasto total das reservas livres nos quatro meses seguintes.
Encerrada a Campanha Nacional, as reuniões sobre a Cassi foram retomadas. Em 3 de dezembro, os representantes dos ativos e aposentados apresentaram várias propostas para assegurar o bom funcionamento, sem corte de programas ou de atendimento.
No dia 4 de dezembro, 350 bancários entre aposentados e ativos participaram da VII Conferência de Saúde da Cassi, patrocinada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, em uma clara demonstração da preocupação e da vontade de se apropriar da situação da caixa de assistência.
Em nova reunião realizada no dia 21 de dezembro, os representantes dos associados cobraram respostas sobre a finalização dos projetos que compõem as ações estruturantes e também referentes aos investimentos para viabilizar os projetos de sustentabilidade, apresentados durante o processo de negociação.
Cobraram ainda a conclusão dos projetos em relação à precificação e projeção de ganhos com a implementação que, segundo o BB, estava em estudo. De acordo com o banco houve impasse sobre precificação do projeto. O projeto foi apresentado há quase um ano, mas o BB tem adiado a validação dos cálculos, que são de responsabilidade da área financeira da Cassi, cujo diretor é indicado pela instituição financeira.
Mais participação
A dirigente sindical Silvia Muto lembra que durante a Campanha Nacional os trabalhadores exigiram o aporte e o compromisso do banco com a alteração do modelo de saúde, mas a intransigência da instituição impossibilitou avançar na pauta específica da caixa de assistência.
“A participação efetiva dos participantes nos debates relativos à Cassi são fundamentais para fazer com que o banco veja o interesse e a mobilização em torno desse tema”, reforça a dirigente.
O movimento sindical reivindica mais investimento e a adoção do Modelo de Atenção Integral à Saúde, baseado na Estratégia Saúde da Família (ESF). Esse modelo consta inclusive no estatuto da Cassi. Nele, uma equipe multidisciplinar observa o grupo familiar durante o ano todo e, dessa forma, conhece seu histórico de saúde, podendo agir na prevenção ao invés do tratamento, quase sempre mais dispendioso.
Só que apenas cerca de 25% dos usuários da Cassi usufruem desse modelo. Um dos motivos é o questionamento, por parte do banco, sobre sua eficiência. Experiências no Canadá e no Reino Unido atestam que é possível até a redução dos custos ao longo dos anos, sem prejuízo aos participantes.
A dirigente sindical Silvia Muto, integrante do conselho de usuários da Cassi, critica as propostas do banco para resolver a situação deficitária da caixa de assistência, que passam pelo corte de benefícios. O banco propôs a retirada de direitos dos funcionários na peça orçamentária da Cassi no final de 2014.
“Nós reconhecemos a importância de se debater a questão financeira da Cassi, mas até o momento nenhuma das propostas apresentadas atende ao desafio de buscar a sustentabilidade da Cassi ao longo prazo. O banco precisa firmar compromisso mostrando disposição para mudar o modelo de saúde, que nós entendemos ser a saída para equilibrar as contas da caixa de assistência”, afirma a dirigente, acrescentando que qualquer discussão de aumento de participação dos funcionários só pode ser feito após a consulta ao corpo social.
Negociações – As negociações específicas ocorrem desde 12 de maio, quando houve a primeira reunião específica. Na ocasião, os representantes dos associados apresentaram as premissas para uma Cassi sustentável: manutenção do princípio da solidariedade, custeio de eventuais déficits pelo patrocinador, responsabilidade com aposentados e investimento para implantação de novo modelo de saúde e de gestão.
“Essas premissas foram um dos motes da Campanha Nacional Unificada”, lembra João Fukunaga, diretor do Sindicato e integrante da comissão de empresa.
A segunda rodada aconteceu no dia 19 de maio, data em que foi apresentada a proposta do BB pelo então diretor de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas, Carlos Neri. A proposta contém três partes e sugere a criação de um fundo para o pagamento do compromisso com os aposentados.
Antes da abertura do processo de negociação da Campanha Nacional da categoria, os representantes dos ativos e aposentados e o BB reuniram-se em 4 de setembro para discutir medidas emergenciais, visando garantir o atendimento. As medidas adotadas evitaram o gasto total das reservas livres nos quatro meses seguintes.
Encerrada a Campanha Nacional, as reuniões sobre a Cassi foram retomadas. Em 3 de dezembro, os representantes dos ativos e aposentados apresentaram várias propostas para assegurar o bom funcionamento, sem corte de programas ou de atendimento.
No dia 4 de dezembro, 350 bancários entre aposentados e ativos participaram da VII Conferência de Saúde da Cassi, patrocinada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, em uma clara demonstração da preocupação e da vontade de se apropriar da situação da caixa de assistência.
Em nova reunião realizada no dia 21 de dezembro, os representantes dos associados cobraram respostas sobre a finalização dos projetos que compõem as ações estruturantes e também referentes aos investimentos para viabilizar os projetos de sustentabilidade, apresentados durante o processo de negociação.
Cobraram ainda a conclusão dos projetos em relação à precificação e projeção de ganhos com a implementação que, segundo o BB, estava em estudo. De acordo com o banco houve impasse sobre precificação do projeto. O projeto foi apresentado há quase um ano, mas o BB tem adiado a validação dos cálculos, que são de responsabilidade da área financeira da Cassi, cujo diretor é indicado pela instituição financeira.
Mais participação
A dirigente sindical Silvia Muto lembra que durante a Campanha Nacional os trabalhadores exigiram o aporte e o compromisso do banco com a alteração do modelo de saúde, mas a intransigência da instituição impossibilitou avançar na pauta específica da caixa de assistência.
“A participação efetiva dos participantes nos debates relativos à Cassi são fundamentais para fazer com que o banco veja o interesse e a mobilização em torno desse tema”, reforça a dirigente.
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