24/09/2015

Apesar do banco Itaú negar demissões, sindicatos ficarão atentos

"Houve um mal-entendido". Esta foi a explicação dos representantes do banco Itaú, dada ao Comando Nacional dos Bancários e a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, em reunião realizada nesta quarta-feira (23) em São Paulo. O objetivo do encontro foi esclarecer as declarações do diretor da Área de Varejo do Itaú, Marco Bonomi, sobre o fechamento de agências de tijolos substituindo-as por agências digitais e cortes de postos de trabalho na instituição financeira. 

Segundo os representantes do Itaú, Bonomi foi mal interpretado pela imprensa. Na reunião desta quarta, a direção do banco negou o fechamento de agências e a eliminação de postos de trabalho.

Para o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, os bancos sempre alegam mal-entendidos. "Eles sempre dizem que a gente entendeu diferente o que eles falam, mas é uma desconfiança legítima de nossa parte. Reestruturação no sistema financeiro é sinônimo de demissão. Os nossos sindicatos estão alertas e vão acompanhar muito de perto este processo de transferências de contas da rede física para a rede digital", comentou Roberto.

Segundo o coordenador da COE do Itaú, Jair Alves, os trabalhadores foram pegos de surpresa com a nova política do Banco. "Este novo modelo não afeta apenas a questão do desemprego que abala a categoria, mas também vem afetando a remuneração dos bancários, que perdem com a diminuição do número de contas das agencias solos para as digitais. A meta dos funcionários das agências solos não é alterada com número de contas que sai da agencia. O que agrava o problema das metas abusivas", explicou Jair.

"Vamos acompanhar de perto toda a movimentação desta nova fase do banco. Os sindicatos e federações irão estar na base para fazer um levantamento semanal e mensal dos postos de trabalho", ressaltou Jair.

PCR e Bolsa de Estudo

Os representantes dos trabalhadores também entregaram uma carta ao banco Itaú sobre o Programa Complementar de Resultados (PCR), onde reivindicam a correção dos valores previstos em acordo, com a vigência de dois anos, ou seja, um valor condizente com os altos lucros que o Itaú vem obtendo, de 23,5%, passando a R$ 5.100.

No tocante às concessões de Auxílio-Educação aos funcionários do banco mediante acordo, definiu-se pela reinvindicação da atualização dos valores praticados, em 23,5%, passando a R$ 392,50. 

Clique aqui para ver a carta enviada ao Banco Itaú. 
Fonte: Contraf-CUT

SINDICALIZE-SE

MAIS NOTÍCIAS