30/06/2015
Empréstimo simples e financiamento imobiliário pela Previ estão em risco
Duas modalidades de crédito que os participantes da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) dispõem há anos, o empréstimo simples e o financiamento imobiliário, correm risco de serem extintas. A proposta foi feita pela Consultoria Accenture e referendada pela diretora eleita de Administração do fundo de pensão, Cecília Garcez.
Caso as medidas sejam aprovadas pelos órgãos do fundo de pensão, essas operações passariam a ser feitas pelo Banco do Brasil, que utilizaria os recursos da própria caixa de previdência para esta finalidade. “Os empréstimos do fundo de pensão têm taxas e condições mais favoráveis que o mercado, inclusive em relação ao Banco do Brasil. Essas medidas, verdadeira terceirização de serviços, oneraria apenas os trabalhadores, beneficiando somente o banco”, critica o diretor do Sindicato Ernesto Izumi.
Os associados do Plano 1 e do Previ Futuro pagam taxas de juros menores que o mercado e os demais fundos de pensão. A caixa de previdência aplica, para corrigir o saldo devedor dos empréstimos simples e financiamentos imobiliários, juros de 5% ao ano mais o INPC do período, independente do prazo de pagamento. Quando a inflação baixa os encargos também caem.
A modalidade mais barata que o BB oferece aos funcionários é o CDC Salário, cujos encargos variam conforme o prazo de pagamento. A menor taxa mensal é 1,62%s, ou 21,27% ao ano, pelo prazo de 24 meses. A mais alta é 2,10% ao mês para o prazo de 96 meses, ou 28,32% ao ano.
“Terceirizar os empréstimos para o BB é prejuízo para os associados, que teriam encargos de 50% a 100% maiores que os da Previ, pagando prestações mais altas”, avalia Ernesto Izumi. “Ótimo negócio para o Banco do Brasil, que ganharia a carteira de empréstimos e financiamentos da Previ, de R$ 8,33 bilhões no final de 2014, com débito em folha das prestações mensais e inadimplência próxima a zero. Ou seja, a instituição usaria os recursos dos participantes para emprestar aos próprios associados.”
As primeiras denúncias da existência do relatório da consultoria partiram do diretor eleito de Seguridade, Marcel Barros, que se posicionou contrariamente às alterações propostas pela Accenture e pela diretora Cecília Garcez.
Moção de repúdio
Durante o 26º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, realizado de 12 a 14 de junho, além de definir a pauta específica da Campanha Nacional Unificada 2015, foi aprovada moção de repúdio contra a proposta de terceirizar a gestão administrativa e dos ativos da Previ, constantes em relatório da Accenture.
A moção também reivindica que os diretores eleitos - Marcel Barros (Seguridade), Cecília Garcez (Administração) e Décio Bottechia (Planejamento) - se manifestem em defesa do modelo de governança compartilhada conquistado pelos associados em 1997.
Além disso, que os eleitos façam a defesa intransigente do modelo de gestão e do convênio de cessão que garantem que os ativos de investimentos sejam administrados internamente por funcionários cedidos pelo banco. A moção também defende o processo democrático de seleção entre os funcionários do BB interessados em trabalhar na Previ.
Caso as medidas sejam aprovadas pelos órgãos do fundo de pensão, essas operações passariam a ser feitas pelo Banco do Brasil, que utilizaria os recursos da própria caixa de previdência para esta finalidade. “Os empréstimos do fundo de pensão têm taxas e condições mais favoráveis que o mercado, inclusive em relação ao Banco do Brasil. Essas medidas, verdadeira terceirização de serviços, oneraria apenas os trabalhadores, beneficiando somente o banco”, critica o diretor do Sindicato Ernesto Izumi.
Os associados do Plano 1 e do Previ Futuro pagam taxas de juros menores que o mercado e os demais fundos de pensão. A caixa de previdência aplica, para corrigir o saldo devedor dos empréstimos simples e financiamentos imobiliários, juros de 5% ao ano mais o INPC do período, independente do prazo de pagamento. Quando a inflação baixa os encargos também caem.
A modalidade mais barata que o BB oferece aos funcionários é o CDC Salário, cujos encargos variam conforme o prazo de pagamento. A menor taxa mensal é 1,62%s, ou 21,27% ao ano, pelo prazo de 24 meses. A mais alta é 2,10% ao mês para o prazo de 96 meses, ou 28,32% ao ano.
“Terceirizar os empréstimos para o BB é prejuízo para os associados, que teriam encargos de 50% a 100% maiores que os da Previ, pagando prestações mais altas”, avalia Ernesto Izumi. “Ótimo negócio para o Banco do Brasil, que ganharia a carteira de empréstimos e financiamentos da Previ, de R$ 8,33 bilhões no final de 2014, com débito em folha das prestações mensais e inadimplência próxima a zero. Ou seja, a instituição usaria os recursos dos participantes para emprestar aos próprios associados.”
As primeiras denúncias da existência do relatório da consultoria partiram do diretor eleito de Seguridade, Marcel Barros, que se posicionou contrariamente às alterações propostas pela Accenture e pela diretora Cecília Garcez.
Moção de repúdio
Durante o 26º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, realizado de 12 a 14 de junho, além de definir a pauta específica da Campanha Nacional Unificada 2015, foi aprovada moção de repúdio contra a proposta de terceirizar a gestão administrativa e dos ativos da Previ, constantes em relatório da Accenture.
A moção também reivindica que os diretores eleitos - Marcel Barros (Seguridade), Cecília Garcez (Administração) e Décio Bottechia (Planejamento) - se manifestem em defesa do modelo de governança compartilhada conquistado pelos associados em 1997.
Além disso, que os eleitos façam a defesa intransigente do modelo de gestão e do convênio de cessão que garantem que os ativos de investimentos sejam administrados internamente por funcionários cedidos pelo banco. A moção também defende o processo democrático de seleção entre os funcionários do BB interessados em trabalhar na Previ.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Seminário “Discutindo o passado e construindo propostas contra o racismo" será nesta quarta (27), às 18h
- Mesmo demitindo e adoecendo bancários, bancos recebem quase R$ 200 milhões em incentivos fiscais
- TST julga nesta segunda-feira (25) a aplicação retroativa da reforma trabalhista e gratuidade de Justiça
- Funcef: Adequação da meta atuarial pode aumentar o benefício dos participantes que aderiram ao PDV, caso o benefício seja requerido a partir de janeiro
- Caixa adia negociação sobre caixas e tesoureiros para o dia 2 de dezembro
- CGU demite ex-vice-presidente da Caixa por assédio; Sindicato reforça compromisso no combate a esse tipo de conduta
- Ao longo de toda a vida, negros recebem R$ 900 mil a menos que não negros no Brasil
- Decisão sobre a adequação da meta atuarial da Funcef é adiada
- Eleição da ANABB termina hoje (22). Confira os candidatos apoiados pelo Sindicato e Contraf-CUT
- Vitória da construção: G20 histórico abraça pautas do G20 Social
- Campanha 21 Dias de Ativismo reforça luta pelo fim da violência contra a mulher
- 24 anos de privatização do Banespa: luta segue para preservar direitos e conquistas dos banespianos
- Fim da escala 6x1 é tema de debate do Coletivo Nacional de Relações do Trabalho da Contraf-CUT
- Em defesa do Saúde Caixa viável e sustentável, empregados cobram fim do teto de 6,5% e medidas de prevenção
- Agências não terão expediente bancário nesta quarta-feira (20), Dia da Consciência Negra e Zumbi de Palmares