09/06/2015

Moroso, banco Itaú dificulta a vida de funcionários doentes

Os funcionários do Itaú enfrentam problemas pela falta de informação quando procuram o setor de Recursos Humanos e a Área de Saúde Ocupacional do banco, além das sucessivas falhas no sistema do portal corporativo principalmente quando necessitam gerar documentos.

Valeska Pincovai, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, destaca que esses e outros temas que comprometem o dia a dia dos funcionários, constam da pauta de reivindicações entregue à direção do banco. Ainda não há data de negociação.

“O empregado que adoece vai ao médico do convênio e pega o seu atestado. Cabe ao gestor encaminhar o documento à área de saúde do banco, solicitar a marcação da perícia e gerar no sistema o último dia trabalhado para o funcionário”, esclarece a dirigente sindical. “No entanto, essa chefia, além de não ter treinamento sobre os procedimentos e devido à morosidade e à burocracia do novo portal, acaba desistindo, pois precisa bater metas e ainda ajudar a agência abrindo caixa devido à falta de funcionários para atender clientes”, ressalta.

Entre os transtornos provocados aos trabalhadores, há casos em que o bancário vai para casa e fica no aguardo do retorno do gestor e, sem orientação do Itaú, espera por mais de um mês. “Ele só descobre que a perícia não foi agendada quando recebe um telegrama em casa de abandono de emprego”, diz Valeska, acrescentando haver relatos de bancários que conseguem passar pela perícia do INSS e se afastar, mas têm problemas no crédito da complementação salarial.

No retorno ao trabalho, segundo a dirigente, as pessoas não passam por readaptação. Eles sofrem com o excesso de trabalho ou pela falta dele, sendo isolados em locais que não passa ninguém. “Há situações em que o trabalhador é transferido para bairros distantes, os salários são pagos com diferenças e seu ponto eletrônico demora a ser estabelecido. Esta é a vida do trabalhador do Itaú quando adoece e fica a pergunta: cadê a responsabilidade social do banco?”, questiona a dirigente.  

“Queremos um programa de reabilitação e readaptação decente e fim da discriminação  aos que adoecem. Além, é claro, de melhores condições de trabalho. O funcionário do Itaú merece respeito”.


Fonte: Seeb SP

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