20/05/2015
Agora é o economista-chefe do Itaú que sai em defesa do PL da Terceirização
O economista-chefe do Itaú, Ilan Goldfajn, declarou ao jornal Valor Econômico que o PL da Terceirização em trâmite no Senado trará ganhos ao país por aumentar a flexibilidade do mercado de trabalho.
Goldfajn não é o primeiro alto executivo da instituição a defender o projeto, que ganhou no Senado o nome de PLC 30/2015 (antigo PL 4330). No dia 4 de maio, durante a festa de 15 anos do mesmo jornal Valor, a vice-presidenta do Itaú, Cláudia Politanski, declarou que a liberação irrestrita da terceirização, inclusive para atividades-fim, reforça os direitos trabalhistas.
“É um projeto bom, de avanço. Não prejudica os direitos trabalhistas, muito pelo contrário, em alguns aspectos reforça a CLT”, afirmou.
Ao contrário do que defendem os altos executivos do Itaú, a diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo e funcionária do Itaú Marta Soares afirma que a aprovação do PL da Terceirização só é benéfica para o empresariado.
“Fica claro que quando eles falam em flexibilizar o mercado de trabalho, na verdade revelam a intenção de fechar postos de trabalho bancários e aprofundar ainda mais a contratação de terceirizados. Então, o PL da Terceirização só é interessante para o empresariado, que deixa de ter responsabilidade com esses trabalhadores”, declara a dirigente sindical.
Cabe ressaltar que o Itaú, entre 2008 e 2014, elevou suas despesas com terceiros em 137,2%, sendo que no mesmo período o banco reduziu seu quadro de funcionários em 20,2%.
“Seria cômica, se não fosse trágica, a defesa da terceirização pelo empresariado. O que nós avaliamos é que cada vez mais o banco diminui seu quadro de funcionários, sobrecarregando quem fica, pagando bem menos para os novos trabalhadores e investindo no processo de terceirização”, avalia Marta Soares.
Realidade
Enquanto isso tudo acontece, funcionários já terceirizados oferecem uma amostra da realidade à qual estão sujeitos e que poderá atingir milhares de bancários caso o PL da Terceirização seja aprovado no Senado e sancionado pela presidenta Dilma Rousseff.
“O que acontece com a gente [terceirizados] é uma injustiça. Somos formados, trabalhamos como os bancários, e não temos os mesmos direitos. O maior risco [da ampliação irrestrita da terceirização] é para eles, os bancários. Nós já estamos nessa. Se passar o projeto, vamos virar todos terceirizados. Estamos juntos nessa luta”, declara uma funcionária terceirizada do Itaú.
Proteste
Todos os bancários devem reforçar a luta contra a terceirização cruzando os braços no Dia Nacional de Paralisação, convocado pela CUT para 29 de maio. Além da reforçar a mobilização contra o PL da Terceirização e contra qualquer retirada de direitos dos trabalhadores, os protestos serão em defesa da democracia e pelo fim do fator previdenciário.
Além disso, a categoria também pode protestar enviando mensagem aos deputados (clique aqui), senadores (clique aqui) ou via enquete promovida pelo Senado (clique aqui).
Fonte: Seeb SP
Goldfajn não é o primeiro alto executivo da instituição a defender o projeto, que ganhou no Senado o nome de PLC 30/2015 (antigo PL 4330). No dia 4 de maio, durante a festa de 15 anos do mesmo jornal Valor, a vice-presidenta do Itaú, Cláudia Politanski, declarou que a liberação irrestrita da terceirização, inclusive para atividades-fim, reforça os direitos trabalhistas.
“É um projeto bom, de avanço. Não prejudica os direitos trabalhistas, muito pelo contrário, em alguns aspectos reforça a CLT”, afirmou.
Ao contrário do que defendem os altos executivos do Itaú, a diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo e funcionária do Itaú Marta Soares afirma que a aprovação do PL da Terceirização só é benéfica para o empresariado.
“Fica claro que quando eles falam em flexibilizar o mercado de trabalho, na verdade revelam a intenção de fechar postos de trabalho bancários e aprofundar ainda mais a contratação de terceirizados. Então, o PL da Terceirização só é interessante para o empresariado, que deixa de ter responsabilidade com esses trabalhadores”, declara a dirigente sindical.
Cabe ressaltar que o Itaú, entre 2008 e 2014, elevou suas despesas com terceiros em 137,2%, sendo que no mesmo período o banco reduziu seu quadro de funcionários em 20,2%.
“Seria cômica, se não fosse trágica, a defesa da terceirização pelo empresariado. O que nós avaliamos é que cada vez mais o banco diminui seu quadro de funcionários, sobrecarregando quem fica, pagando bem menos para os novos trabalhadores e investindo no processo de terceirização”, avalia Marta Soares.
Realidade
Enquanto isso tudo acontece, funcionários já terceirizados oferecem uma amostra da realidade à qual estão sujeitos e que poderá atingir milhares de bancários caso o PL da Terceirização seja aprovado no Senado e sancionado pela presidenta Dilma Rousseff.
“O que acontece com a gente [terceirizados] é uma injustiça. Somos formados, trabalhamos como os bancários, e não temos os mesmos direitos. O maior risco [da ampliação irrestrita da terceirização] é para eles, os bancários. Nós já estamos nessa. Se passar o projeto, vamos virar todos terceirizados. Estamos juntos nessa luta”, declara uma funcionária terceirizada do Itaú.
Proteste
Todos os bancários devem reforçar a luta contra a terceirização cruzando os braços no Dia Nacional de Paralisação, convocado pela CUT para 29 de maio. Além da reforçar a mobilização contra o PL da Terceirização e contra qualquer retirada de direitos dos trabalhadores, os protestos serão em defesa da democracia e pelo fim do fator previdenciário.
Além disso, a categoria também pode protestar enviando mensagem aos deputados (clique aqui), senadores (clique aqui) ou via enquete promovida pelo Senado (clique aqui).
Fonte: Seeb SP
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