24/10/2014
Bancários cobram avanços no aditivo e banco se compromete a apresentar nova proposta
Dirigentes sindicais de todo o país se reuniram, na última quinta-feira, 23, em São Paulo, com representantes do banco Santander para a discussão do acordo coletivo aditivo à Convenção Coletiva do Trabalho (CCT). Esta foi a quarta rodada de negociações específicas com o banco espanhol, que se comprometeu a apresentar uma nova proposta no dia 6 de novembro.
Foram realizadas duas reuniões: a primeira sobre o acordo aditivo e a segunda para discutir, especificamente, questões relacionadas à saúde dos trabalhadores. Na primeira reunião os dirigentes sindicais reafirmaram a insatisfação com a última proposta do banco, apresentada no último dia 14, que, de acordo com o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região Aparecido Augusto Marcelo, não trouxe nenhum avanço: “Na última proposta o Santander fez apenas algumas adequações em cinco cláusulas do acordo vigente, mas não trouxa nada de novo, nem atendeu às reivindicações dos funcionários”.
Na reunião desta quinta-feira, os dirigentes sindicais voltaram a cobrar do banco o fim das demissões, da rotatividade e das terceirizações, mais contratações e um centro de realocação de funcionários, visando evitar demissões em caso de fechamento de agências. “Hoje os funcionários do Santander estão sofrendo com a sobrecarga de trabalho devido à falta de bancários. Consequentemente, sofrem também com metas abusivas e assédio moral, o que leva ao estresse intenso e ao adoecimento”, afirmou Marcelo.
Um das reivindicações dos bancários é para que o banco pare de realizar reuniões diárias para cobrança de metas. Os dirigentes sindicais pedem, também, o fim das metas para a área operacional e a proibição de descontos de comissões por venda de produtos.
“O banco já vem dando sinais de que haverá mudança em sua gestão. Com isso, nós estamos pressionando para que haja mudanças, também, em relação às condições de trabalho. O Santander precisa investir em mais contratações para acabar com a sobrecarga. E isso é urgente”, salienta Marcelo.
Educação
Os dirigentes sindicais reiteraram o pedido de ampliação das 2.500 bolsas de estudo para a primeira graduação. Hoje, o benefício é de 50% do valor da mensalidade, limitado à R$ 442,80. Os trabalhadores pedem bolsas também para a segunda e para a pós-graduação, além da atualização do valor seguindo o índice de reajuste da categoria.
Saúde
A segunda reunião realizada nesta quinta-feira foi referente apenas à questões relacionadas à saúde. A denúncia feita na primeira rodada de negociações, sobre o a existência de um controlo nos exames médicos para a caracterização do funcionário inapto, voltou à mesa de negociação com o banco.
Os dirigente sindicais entregaram aos representantes do Santander um formulário de “prontuário clínico” da empresa Micelli Soluções em Saúde Empresarial, contratada pelo banco para a realização dos exames periódicos e de retorno ao trabalho. No prontuário há um espaço de "fluxo para inaptidão", onde o médico examinador deve "contatar antecipadamente o médico coordenador para conclusão".
Foram apresentados depoimentos de bancários afastados que comprovam o procedimento ilegal. Uma trabalhadora da Bahia, com vários sintomas de LER/Dort, disse que, após ser atendida, o médico pediu que ela saísse da sala para aguardar o resultado. "Ele tinha que entrar em contato com a empresa do banco para analisar a possibilidade de caracterizar a inaptidão ao trabalho", relatou.
O médico coordenador do PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) do Santander, Gustavo Locatelli, que assumiu o cargo em janeiro, disse que não existe cerceamento no julgamento sobre inaptidão e que as avalições preservam a autonomia do médico.
Os representantes dos trabalhadores cobraram medidas do banco, como o fim da utilização desse prontuário da Micelli e a formação de um grupo de trabalho para aprofundar o debate sobre o problema. O caso é passível de ações judiciais. O banco ficou de realizar uma reunião na semana de 10 a 14 de novembro para trazer encaminhamentos.
Foram realizadas duas reuniões: a primeira sobre o acordo aditivo e a segunda para discutir, especificamente, questões relacionadas à saúde dos trabalhadores. Na primeira reunião os dirigentes sindicais reafirmaram a insatisfação com a última proposta do banco, apresentada no último dia 14, que, de acordo com o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região Aparecido Augusto Marcelo, não trouxe nenhum avanço: “Na última proposta o Santander fez apenas algumas adequações em cinco cláusulas do acordo vigente, mas não trouxa nada de novo, nem atendeu às reivindicações dos funcionários”.
Na reunião desta quinta-feira, os dirigentes sindicais voltaram a cobrar do banco o fim das demissões, da rotatividade e das terceirizações, mais contratações e um centro de realocação de funcionários, visando evitar demissões em caso de fechamento de agências. “Hoje os funcionários do Santander estão sofrendo com a sobrecarga de trabalho devido à falta de bancários. Consequentemente, sofrem também com metas abusivas e assédio moral, o que leva ao estresse intenso e ao adoecimento”, afirmou Marcelo.
Um das reivindicações dos bancários é para que o banco pare de realizar reuniões diárias para cobrança de metas. Os dirigentes sindicais pedem, também, o fim das metas para a área operacional e a proibição de descontos de comissões por venda de produtos.
“O banco já vem dando sinais de que haverá mudança em sua gestão. Com isso, nós estamos pressionando para que haja mudanças, também, em relação às condições de trabalho. O Santander precisa investir em mais contratações para acabar com a sobrecarga. E isso é urgente”, salienta Marcelo.
Educação
Os dirigentes sindicais reiteraram o pedido de ampliação das 2.500 bolsas de estudo para a primeira graduação. Hoje, o benefício é de 50% do valor da mensalidade, limitado à R$ 442,80. Os trabalhadores pedem bolsas também para a segunda e para a pós-graduação, além da atualização do valor seguindo o índice de reajuste da categoria.
Saúde
A segunda reunião realizada nesta quinta-feira foi referente apenas à questões relacionadas à saúde. A denúncia feita na primeira rodada de negociações, sobre o a existência de um controlo nos exames médicos para a caracterização do funcionário inapto, voltou à mesa de negociação com o banco.
Os dirigente sindicais entregaram aos representantes do Santander um formulário de “prontuário clínico” da empresa Micelli Soluções em Saúde Empresarial, contratada pelo banco para a realização dos exames periódicos e de retorno ao trabalho. No prontuário há um espaço de "fluxo para inaptidão", onde o médico examinador deve "contatar antecipadamente o médico coordenador para conclusão".
Foram apresentados depoimentos de bancários afastados que comprovam o procedimento ilegal. Uma trabalhadora da Bahia, com vários sintomas de LER/Dort, disse que, após ser atendida, o médico pediu que ela saísse da sala para aguardar o resultado. "Ele tinha que entrar em contato com a empresa do banco para analisar a possibilidade de caracterizar a inaptidão ao trabalho", relatou.
O médico coordenador do PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) do Santander, Gustavo Locatelli, que assumiu o cargo em janeiro, disse que não existe cerceamento no julgamento sobre inaptidão e que as avalições preservam a autonomia do médico.
Os representantes dos trabalhadores cobraram medidas do banco, como o fim da utilização desse prontuário da Micelli e a formação de um grupo de trabalho para aprofundar o debate sobre o problema. O caso é passível de ações judiciais. O banco ficou de realizar uma reunião na semana de 10 a 14 de novembro para trazer encaminhamentos.
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