18/02/2014

BB lucra como nunca e reduz número de funcionários

O Banco do Brasil teve lucro líquido contábil recorde de R$ 15,758 bilhões em 2013, resultado 29,11% maior do que o registrado em 2012. Entre outubro e dezembro, o lucro foi de R$ 3,025 bilhões, queda de 23,7% sobre o mesmo período do ano anterior.

Ajustado, sem itens extraordinários, o lucro líquido foi de R$ 10,4 bilhões no ano, representando retorno sobre o patrimônio líquido de 15%. O resultado foi impulsionado principalmente pelos ganhos com a venda de ações da BB Seguridade, empresa de seguros, previdência e capitalização do banco, que aumentaram em R$ 9,82 bilhões o lucro líquido contábil. Se não fosse por isso, o lucro do BB teria tido queda em relação a 2012.

Assim, a diferença entre lucro líquido contábil e o recorrente ocorre principalmente pelo ganho com a venda das ações da BB seguridade, que ocorrem apenas no segundo trimestre de 2013.

Os ativos totais do Banco do Brasil superaram R$ 1,3 trilhão em dezembro de 2013, com expansão de 13,5% em doze meses.

Menos postos de trabalho – Assim como os grandes bancos privados que atuam no Brasil, o BB também diminuiu seu quadro de trabalhadores: passou de 114.182 em dezembro de 2012 para 112.216 trabalhadores, ou seja, redução de 1.966 trabalhadores.

Na opinião de Rafael Matos, do Conselho de Administração dos Funcionários, o lucro é resultado do esforço dos empregados. “A redução do número de trabalhadores é preocupante, pois para manter resultados sustentáveis e com responsabilidade é necessário aumentar as contratações, principalmente devido ao aumento dos negócios. Sem contratações, as condições de trabalho só pioram”, afirma. 

O diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Claudio Luis de Souza ressalta que o acordo coletivo assinado na Campanha Nacional 2013 garantiu que o banco contrate 3 mil novos funcionários. “O acordo é importante, mas insuficiente, e os trabalhadores vão continuar a pressionar por mais contratações além desse número”, diz o dirigente, acrescentando que o Sindicato vai reivindicar a antecipação da PLR. O banco costuma pagar em até dez dias após a distribuição de dividendos aos acionistas.

Crédito – A carteira de crédito ampliada atingiu R$ 692,9 bilhões no final do ano passado, com expansão de 19,3% em 12 meses. Destaques para a expansão das carteiras imobiliária (87,2%), agronegócios (34,1%) e PJ ampliada (19,5%). A participação do banco no total de crédito do Sistema Financeiro Nacional alcançou 21,1%.

A Carteira de Crédito de Agronegócio Ampliada, incluindo operações de crédito rural e agroindustrial, representou 20,9% da carteira total do BB no último mês do ano passado. Essa carteira cresceu 34,1% em 12 meses, alcançando R$ 144,8 bilhões em dezembro de 2013. O Banco do Brasil é líder absoluto no crédito ao agronegócio, com 66,1% de participação de mercado.

Inadimplência – O índice de inadimplência com atraso superior a 90 dias em dezembro de 2013 foi de 1,98% – 0,07 ponto percentual abaixo do verificado em dezembro de 2012 (2,05%) – e 0,1 ponto percentual acima do registrado no terceiro trimestre (1,97%).

Os gastos com provisões para devedores duvidosos (despesa com PCLD) acumulados em 12 meses (divididos pela carteira de crédito) aumentou 15,9% sobre o quarto trimestre de 2012, e somou R$ 16,076 bilhões.

Tarifas – As rendas de tarifas cresceram 10,6% em relação ao ano anterior e totalizaram R$ 23,3 bilhões no ano de 2013. Destaque para o aumento em 20,1% das rendas com operações de cartão, impulsionadas principalmente pelo aumento do volume de transações e do ticket médio das operações, assim como para a evolução das receitas de seguros, previdência e capitalização, em função do maior volume de negócios da BB Seguridade.
Fonte: Fetec/SP

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