Itaú Unibanco recebe singela "homenagem" do movimento sindical
Não foi motivo de orgulho, mas com alguma vantagem o Itaú Unibanco, representados pelo casal “Roberto Entuba” e “Moreira Males”, faturou a 14ª edição da São Pilantra - paródia da São Silvestre organizada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo - por se tornar o campeão das demissões com mais de 4 mil desligamentos em 2011.
Na segunda colocação ficou a dupla “Taxab” e “Zé Ferra”, pelo conjunto da obra: Metrô superfaturado e lotado, ônibus cheios, em péssimas condições e carência de corredores de ônibus, suspeita de fraude na inspeção veicular e as denúncias registradas no livro A Privataria Tucana. A terceira ocupação foi do “Satã-der” pelas 3 mil demissões, assédio moral e práticas antissindicais. A corrida-sátira da São Silvestre aconteceu na quarta-feira 28 na Avenida Paulista.
A ‘largada’ ocorreu diante do enfeitado prédio do Bradesco Prime da Avenida Paulista, próximo ao Masp. Lá dezenas de bancários erguiam cartazes, lembrando os principais desmandos praticados pelos concorrentes. “Os bancos são sempre favoritos a São Pilantra por ganharem às custas do sofrimento do povo, mas queremos denunciar também o descaso com que são tratados os aposentados neste país”, criticou Arnaldo Muchon, vice-presidente da Associação dos Bancários Aposentados do Estado de São Paulo (Abaesp).
“É uma forma divertida de falar de problemas sérios. O Itaú Unibanco nunca faturou tanto. Mesmo assim, devolveu à sociedade mais de 4,2 mil demissões. Uma forma irresponsável que lhe rendeu a condenação ‘São Pilantra’, o Santo Padroeiro das Elites do Brasil”, explicou a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “É com irreverência e bom humor que encerramos o ano denunciando os problemas enfrentados pela categoria em 2011. Temos de citar também a terceirização, a violência doméstica, afinal homem que bate em mulher merece a São Pilantra; há ainda o cigarro e a mistura bebida e direção, que provoca morte de inocentes. Todos merecem a condenação”.
Atração – A manifestação despertou à atenção das pessoas que estavam na Avenida Paulista. Alguns tiravam fotos e outros acompanhavam o percurso que terminou poucas quadras adiante, no prédio do banco Safra, ao lado da entrada da estação de metrô Consolação. “Acho que o Controlar deveria ganhar. É um abuso fazer os paulistanos arcar com esses custos, além de toda suspeita de ‘trambicagens’ que ocorre ali”, disse um motorista parado no farol.
Mesmo fora do pódio, foi destaque o Leão do Imposto de Renda que consome boa parte da PLR, a combinação bebida e direção (com a representação das mulheres que estrelam as propagandas de bebidas alcoólicas), a violência doméstica, o consumo do cigarro e o PIG, sigla dada ao Partido da Imprensa Golpista, “Formado pelos representantes da mídia que são ávidos em apontar os erros do governo federal, mas omitem os acertos e escondem os erros do governo paulista”, explica o diretor executivo do Sindicato Daniel Reis. Personagens de outras instituições financeiras também foram lembradas, com “Aldemir Maldine” (Banco do Brasil), pelo descaso com os incorporados de outros bancos, “Conrado Devil” (HSBC), “Jorge Pedrera” (Caixa Federal) e “Três–oitão” (Bradesco).
Coube ao Satã-der receber no pódio um tridente novinho. Já a dupla Taxab e Zé-Ferra recebeu um escapamento sujo e o grande vencedor, Itaú-Unibanco, ficou com o troféu “foice” do ano. Os prêmios foram respectivamente entregues por Rita Berlofa, Daniel Reis, diretores executivos e Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato.
Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo
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