Bancários cobram respeito e emprego do HSBC
Os funcionários do HSBC em Catanduva e região estão mobilizados nesta quinta-feira, 22 de dezembro, contra os desmandos cometidos pelo banco.
Dirigentes do Sindicato têm percorrido as agências da região, distribuindo o panfleto informativo da Rede Global Bancária, que conclama os trabalhadores a participarem da Jornada Continental de Luta, por mais respeito e pela manutenção dos empregos no banco.
No início deste mês, em reunião ocorrida em Curitiba, dirigentes sindicais de todo o Brasil se manifestaram convocando os bancários para a luta coletiva. O diretor do Sindicato de Curitiba e representante eleito na SA 8000, Claudi Naizer, cobrou da direção do HSBC um pronunciamento oficial sobre as causas da intoxicação ocorrida em novembro e uma posição do banco com relação à abertura da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) aos funcionários atingidos.
O diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia, Elder Fontes Perez, comparou a situação dos trabalhadores curitibanos com os baianos, e também de todo país, ressaltando a pressão a que os bancários são submetidos para o cumprimento das metas, além das demissões e dos pedidos de desligamento.
O dirigente do Sindicato dos Bancários de Dourados e representante da Fetec Centro Norte, José Carlos Roque, também se solidarizou com os bancários de Curitiba, conclamando a todos para a luta, já que se trata de um momento de necessidade de união.
O diretor da Federação dos Bancários do Rio de Janeiro e Espírito Santo, Rubens Branquinho, lembrou que o HSBC costuma divulgar o seu balanço financeiro com ajustes, que acabam refletindo em um pagamento injusto da PPR/PSV/PLR. Ele também cobrou que o banco não compense os programas próprios na PLR.
O diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Marcelo Rodrigues, destacou o agravamento das más condições de saúde e do adoecimento entre os bancários do HSBC.
A dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Liliane Fiuza, ressaltou que o banco não tem valorizado os seus funcionários com remuneração justa, descartando os trabalhadores imotivadamente. Ela questionou ainda como o HSBC pode querer ser a melhor empresa para se trabalhar, se demite trabalhadores sem motivo e não remunera adequadamente.
O diretor da Fetec do Paraná, Deonísio Schimidt, lembrou que os bancários do HSBC já têm um calendário de lutas e que é preciso intensificar as ações sindicais, no sentido de cobrar do banco uma solução imediata sobre o programa de remuneração variável.
O diretor da Contraf-CUT, Sérgio Ricardo Siqueira, destacou as ações da nacionais e da rede sindical do HSBC na América Latina, que se reuniu entre os dias 5 e 7 de dezembro, em Santiago, no Chile, unificando e fortalecendo a luta dos trabalhadores.
O coordenador da COE do HSBC reforçou a jornada continental de lutas e que os sindicatos exijam que a direção do banco cesse as demissões, respeite e valorize os trabalhadores do Brasil.
Ao final, o presidente da Fetec do Paraná, Elias Jordão, destacou a importância da unidade da categoria, já que o HSBC tem a prática de dificultar as negociações. Por isso, ele conclamou os bancários a se mobilizarem, visto que a postura do banco aponta para um cenário de muita luta pela frente.
Avaliação
Para o secretário de Organização da Contraf-CUT, Miguel Pereira, esse foi um ponta pé inicial na mobilização dos funcionários do banco no Brasil e na América Latina, uma vez que também estão ocorrendo atividades nos demais países da região.
"O propósito é entregar a pauta de reivindicações específicas ao banco logo no início de janeiro, além de estabelecer um calendário efetivo de tratativas. O segundo passo, também urgente, é a solicitação, por intermédio da UNI Américas Finanças, de uma reunião para tratar da situação do HSBC no continente, uma vez que em diversos países da região o banco está vendendo suas carteiras", destaca.
"A manutenção dos empregos será a grande prioridade para o próximo período, mas o banco terá que apresentar também soluções para questões como o programa próprio de remuneração (PPR/PSV) e relacionadas à saúde dos bancários", avalia Miguel.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb Curitiba
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