28/07/2011

Paulista é palco de ato contra onda de demissões no Itaú

Os faróis da Avenida Paulista, entre as estações de metrô Brigadeiro e Trianon, serão pontos de protesto nesta quinta 28, a partir das 10h. Os bancários abrirão faixas no centro financeiro de São Paulo para se manifestar contra as demissões promovidas pelo Itaú Unibanco. Às 11h, concentram-se em frente ao Masp, de onde sairão em cortejo até a Avenida Brigadeiro Luiz Antonio, para o Centro Administrativo Brigadeiro, antigo Majolão, prédio do Itaú com cerca de 2 mil bancários.

 

Os trabalhadores farão o trajeto carregando cruzes e dois caixões, mas não estarão vestidos de luto e sim com roupas brancas pedindo pela paz no ambiente bancário.

A atividade realizada pelo Sindicato contará com o apoio da Fetec-CUT/SP, Contraf-CUT e Uni América Finanças, rede internacional pela união global dos trabalhadores.

As demissões no Itaú Unibanco não estão acontecendo somente no Brasil, mas também em outros países. Continuaremos intensificando nossas atividades para que o banco respeite o emprego e o trabalho decente.

 

O protesto também será uma forma de pressão para a construção de acordos marcos globais, válidos para os bancários de todos os países da América onde o Itaú Unibanco atua. “Vamos lutar para construir ações concretas para enfrentar problemas comuns e ampliar conquistas”, afirma Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo. 

 

Sustentabilidade – As demissões e o clima de tensão, que leva ao adoecimento de funcionários, são incompatíveis com o título de banco sustentável entregue recentemente ao Itaú Unibanco pelo jornal inglês Financial Times. Os dirigentes argumentam que as práticas do banco, com demissão de funcionários e cobrança de metas abusivas são absolutamente contraditórias com o título.

 

Além do respeito ao meio ambiente, a sustentabilidade pressupõe respeito aos trabalhadores, manutenção de empregos e um ambiente de trabalho saudável. Não é o que tem acontecido na instituição, onde as demissões e as metas de mais de 150% têm causado adoecimento dos funcionários e instaurado um clima de terror no banco.

 


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