21/08/2024
Bancos apresentam proposta com perda salarial e Comando rejeita em mesa

Durante a 9ª rodada de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, nesta quarta-feira (21), os bancos apresentaram proposta de reajuste abaixo da inflação, de 85% do INPC. A proposta foi prontamente rejeitada pelo Comando na mesa.
“A categoria bancária, tanto na consulta quanto nas assembleias definiram que não vão fechar acordo sem aumento real”, declarou a coordenadora do comando, Juvandia Moreira. “Essas ofertas são desrespeitosas, mostram falta de consideração e desvalorização do quadro de funcionários que proporcionou, só em 2023, lucros de R$ 145 bilhões aos bancos. Não vamos aceitar perda salarial, partindo de um setor extremamente lucrativo”, completou.
Cálculos do Diesse, feitos no momento da mesa, mostram que o ajuste proposto pela Fenaban, de 85% do INPC resultaria em perda de 0,57% na remuneração das bancárias e bancários e colocaria o reajuste da categoria entre os piores reajustes, no universo de 8.810 feitos em 2024.
“A Fenaban está se escondendo atrás dos pequenos bancos pra não dar reajuste real. Disse em mesa que os bancos representam 10% das instituições financeiras do país. Rebatemos! Primeiro, muitos bancos são detentores de outras instituições do sistema financeiro. Além disso, reunindo o número de empresas de dois segmentos que citaram (bancos e instituições de pagamento), os bancos têm resultado mais de 9 vezes maior do que o das instituições de pagamento, detendo 71% do lucro produzido por todo setor financeiro”, observou Juvandia Moreira.
O Comando Nacional dos Bancários ressaltou ainda que o país está em um momento de crescimento econômico, redução no desemprego e melhora na renda geral, fatores que promovem uma tendência na queda no endividamento da população, importante para a lucratividade e rentabilidade dos bancos.
“É frustrante escutar propostas de arrocho salarial da Fenaban. A categoria bancária já deu o recado da prioridade dessa campanha na Consulta Nacional dos Bancários, feita com quase 47 mil em todo o país, que é de aumento real, melhorias na PLR e nas demais verbas, como vale refeição e alimentação, além de combate ao adoecimento mental”, pontuou a também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Neiva Ribeiro.
Juvandia Moreira completou: “Com este comportamento os bancos estão querendo jogar a categoria para uma greve. Ao serem cobrados se queriam resolver a campanha na negociação e sabendo que isso requer aumento real, a resposta deles foi que têm compromisso e que trarão no próximo encontro uma proposta englobando todos os temas da mesa”.
Matéria publicada no Valor Econômico, nesta quarta-feira (21), mostra que, na lista dos 10 maiores lucros no 2º trimestre, sete empresas são do setor financeiro, sendo cinco delas bancos: Itaú, Banco do Brasil, Bradesco, Santander e BTG.
"Não tem concorrência que abale a lucratividade dos bancos! É inacreditável que essas instituições digam que não têm condições de atender as nossas reivindicações e tentem retirar direitos daqueles que deixam todos os dias seus lares para se dedicar a construir esses resultados recordes, sofrendo ainda com metas abusivas, assédio moral, condições de trabalho precárias. Garantia de emprego e aumento de salário, além de valorizar e retribuir a dedicação dos bancários, injeta recursos no mercado e ajuda os mais variados setores da economia", reforçou o presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Roberto Vicentim.
Próximos passos
O Comando Nacional aprovou um Dia Nacional de Mobilização, na segunda-feira (26), com paralisação parcial nos locais de trabalho e uso de roupas pretas. Também serão realizadas uma série de plenárias e lives durante a semana, para reforçar a organização das bancárias e bancários.
As negociações com a Fenaban voltam na terça (27) e continuarão nos próximos dias, até a sexta-feira (30).
"Tudo que o banqueiro quer é retirar o fruto da luta que fizemos por vários anos. Nossa força está na organização e mobilização, por isso é fundamental que todos nós, mais do que nunca, estejamos unidos para mostrar aos bancos que estamos dispostos a lutar e não aceitaremos retrocessos", concluiu Vicentim.
“A categoria bancária, tanto na consulta quanto nas assembleias definiram que não vão fechar acordo sem aumento real”, declarou a coordenadora do comando, Juvandia Moreira. “Essas ofertas são desrespeitosas, mostram falta de consideração e desvalorização do quadro de funcionários que proporcionou, só em 2023, lucros de R$ 145 bilhões aos bancos. Não vamos aceitar perda salarial, partindo de um setor extremamente lucrativo”, completou.
Cálculos do Diesse, feitos no momento da mesa, mostram que o ajuste proposto pela Fenaban, de 85% do INPC resultaria em perda de 0,57% na remuneração das bancárias e bancários e colocaria o reajuste da categoria entre os piores reajustes, no universo de 8.810 feitos em 2024.
“A Fenaban está se escondendo atrás dos pequenos bancos pra não dar reajuste real. Disse em mesa que os bancos representam 10% das instituições financeiras do país. Rebatemos! Primeiro, muitos bancos são detentores de outras instituições do sistema financeiro. Além disso, reunindo o número de empresas de dois segmentos que citaram (bancos e instituições de pagamento), os bancos têm resultado mais de 9 vezes maior do que o das instituições de pagamento, detendo 71% do lucro produzido por todo setor financeiro”, observou Juvandia Moreira.
O Comando Nacional dos Bancários ressaltou ainda que o país está em um momento de crescimento econômico, redução no desemprego e melhora na renda geral, fatores que promovem uma tendência na queda no endividamento da população, importante para a lucratividade e rentabilidade dos bancos.
“É frustrante escutar propostas de arrocho salarial da Fenaban. A categoria bancária já deu o recado da prioridade dessa campanha na Consulta Nacional dos Bancários, feita com quase 47 mil em todo o país, que é de aumento real, melhorias na PLR e nas demais verbas, como vale refeição e alimentação, além de combate ao adoecimento mental”, pontuou a também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Neiva Ribeiro.
Juvandia Moreira completou: “Com este comportamento os bancos estão querendo jogar a categoria para uma greve. Ao serem cobrados se queriam resolver a campanha na negociação e sabendo que isso requer aumento real, a resposta deles foi que têm compromisso e que trarão no próximo encontro uma proposta englobando todos os temas da mesa”.
Matéria publicada no Valor Econômico, nesta quarta-feira (21), mostra que, na lista dos 10 maiores lucros no 2º trimestre, sete empresas são do setor financeiro, sendo cinco delas bancos: Itaú, Banco do Brasil, Bradesco, Santander e BTG.
"Não tem concorrência que abale a lucratividade dos bancos! É inacreditável que essas instituições digam que não têm condições de atender as nossas reivindicações e tentem retirar direitos daqueles que deixam todos os dias seus lares para se dedicar a construir esses resultados recordes, sofrendo ainda com metas abusivas, assédio moral, condições de trabalho precárias. Garantia de emprego e aumento de salário, além de valorizar e retribuir a dedicação dos bancários, injeta recursos no mercado e ajuda os mais variados setores da economia", reforçou o presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Roberto Vicentim.
Próximos passos
O Comando Nacional aprovou um Dia Nacional de Mobilização, na segunda-feira (26), com paralisação parcial nos locais de trabalho e uso de roupas pretas. Também serão realizadas uma série de plenárias e lives durante a semana, para reforçar a organização das bancárias e bancários.
As negociações com a Fenaban voltam na terça (27) e continuarão nos próximos dias, até a sexta-feira (30).
"Tudo que o banqueiro quer é retirar o fruto da luta que fizemos por vários anos. Nossa força está na organização e mobilização, por isso é fundamental que todos nós, mais do que nunca, estejamos unidos para mostrar aos bancos que estamos dispostos a lutar e não aceitaremos retrocessos", concluiu Vicentim.
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