01/07/2024
Dois anos após denúncias de assédio na Caixa, Fenae entrega carta-compromisso ao banco

A última sexta-feira, dia 28 de junho, marcou o segundo aniversário das graves denúncias de assédio moral e sexual contra o ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães. Até o momento, os casos ainda não foram concluídos pela Justiça. Em memória e como um apelo por ações preventivas, a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) entregou uma carta-compromisso à instituição, demandando medidas concretas para combater o assédio na empresa.
Esta é uma preocupação do presidente da Fenae, Sergio Takemoto, que assina a carta-compromisso. "Foi um dia que marcou negativamente a história da Caixa e abalou significativamente os empregados. Esperamos que a Caixa se empenhe, efetivamente, em coibir qualquer ato de assédio no banco e punir os assediadores conforme as leis e políticas da empresa” destacou.
A entrega da carta foi realizada pela diretora de Políticas Sociais da Fenae, Rachel Weber, pela conselheira de Administração da Caixa eleita pelos empregados, Fabiana Uehara, e por Vanessa Sobreira, dirigente do Sindicato dos Bancários de Brasília. O documento foi recebido pela vice-presidente de Riscos, Henriete Bernabé, e pela Superintendente Nacional, Cláudia Rocha. A composição feminina da mesa tornou o encontro mais potente.
“Não vamos deixar passar sem que sejam punidos todos os evolvidos neste escândalo que, infelizmente, manchou a história da Caixa. Existe uma necessidade e preocupação não só com as denúncias de assédio sexual e moral que saíram na mídia, mas também com a falta de punição aos responsáveis e, ainda, toda a institucionalização do assédio objetivadas em ferramentas de gestão. A naturalização de estruturas machistas deve ser confrontada e rompida para evitar violências em razão do gênero, independente de quem as tenha praticado. Esse tipo de prática é inaceitável em quaisquer espaços de nossa sociedade. Assédio é crime e não deve ser silenciado nunca”, destacou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
Rachel Weber, diretora da Fenae, ressaltou a importância da data para que o assédio nunca mais aconteça na Caixa. "Este ato simbólico e concreto de hoje reflete a força e a determinação das mulheres que denunciaram os casos. É fundamental que a Caixa se mantenha comprometida em transformar a cultura corporativa e assegurar um ambiente de trabalho saudável para todas e todos”, afirmou Weber. Ela enfatizou o aprimoramento das medidas e mecanismos de controle para combater os assédios.
Fabiana Uehara enfatizou a necessidade de um compromisso firme da Caixa para erradicar o assédio. "Como representante dos empregados, não poderia deixar que esse dia tão triste na história da Caixa fosse esquecido. Precisamos lembrar e buscar, diariamente, o fim de todo e qualquer tipo de assédio na nossa empresa, em todos os níveis hierárquicos”, destacou Uehara.
Ela também expressou preocupação com os dispositivos e programas internos do banco que podem ser usados como ferramentas de assédio, e com o receio das vítimas de denunciar devido ao medo de represálias ou falta de confiança nos canais de denúncia.
Vanessa Sobreira destacou também a necessidade de letramento nas instâncias da Caixa para combater outras situações de violência, como racismo e lgbtfobia.
As representantes da Caixa presentes no encontro demonstraram sensibilidade à causa e disposição para colaborar. Elas se comprometeram a avaliar os compromissos propostos pela Fenae, com o objetivo de transformar a Caixa em um exemplo de respeito e integridade no combate ao assédio moral e sexual e tornar o banco um ambiente de trabalho seguro e livre de qualquer forma de abuso.
“Essa união de esforços para combater o assédio e qualquer tipo de violência terá sempre meu respaldo. Queremos ser uma empresa protagonista e referência para todo o mercado”, afirmou a vice-presidente de Riscos, Henriete Bernabé.
> Acesse a carta-compromisso da Fenae entregue ao banco
Esta é uma preocupação do presidente da Fenae, Sergio Takemoto, que assina a carta-compromisso. "Foi um dia que marcou negativamente a história da Caixa e abalou significativamente os empregados. Esperamos que a Caixa se empenhe, efetivamente, em coibir qualquer ato de assédio no banco e punir os assediadores conforme as leis e políticas da empresa” destacou.
A entrega da carta foi realizada pela diretora de Políticas Sociais da Fenae, Rachel Weber, pela conselheira de Administração da Caixa eleita pelos empregados, Fabiana Uehara, e por Vanessa Sobreira, dirigente do Sindicato dos Bancários de Brasília. O documento foi recebido pela vice-presidente de Riscos, Henriete Bernabé, e pela Superintendente Nacional, Cláudia Rocha. A composição feminina da mesa tornou o encontro mais potente.
“Não vamos deixar passar sem que sejam punidos todos os evolvidos neste escândalo que, infelizmente, manchou a história da Caixa. Existe uma necessidade e preocupação não só com as denúncias de assédio sexual e moral que saíram na mídia, mas também com a falta de punição aos responsáveis e, ainda, toda a institucionalização do assédio objetivadas em ferramentas de gestão. A naturalização de estruturas machistas deve ser confrontada e rompida para evitar violências em razão do gênero, independente de quem as tenha praticado. Esse tipo de prática é inaceitável em quaisquer espaços de nossa sociedade. Assédio é crime e não deve ser silenciado nunca”, destacou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
Rachel Weber, diretora da Fenae, ressaltou a importância da data para que o assédio nunca mais aconteça na Caixa. "Este ato simbólico e concreto de hoje reflete a força e a determinação das mulheres que denunciaram os casos. É fundamental que a Caixa se mantenha comprometida em transformar a cultura corporativa e assegurar um ambiente de trabalho saudável para todas e todos”, afirmou Weber. Ela enfatizou o aprimoramento das medidas e mecanismos de controle para combater os assédios.
Fabiana Uehara enfatizou a necessidade de um compromisso firme da Caixa para erradicar o assédio. "Como representante dos empregados, não poderia deixar que esse dia tão triste na história da Caixa fosse esquecido. Precisamos lembrar e buscar, diariamente, o fim de todo e qualquer tipo de assédio na nossa empresa, em todos os níveis hierárquicos”, destacou Uehara.
Ela também expressou preocupação com os dispositivos e programas internos do banco que podem ser usados como ferramentas de assédio, e com o receio das vítimas de denunciar devido ao medo de represálias ou falta de confiança nos canais de denúncia.
Vanessa Sobreira destacou também a necessidade de letramento nas instâncias da Caixa para combater outras situações de violência, como racismo e lgbtfobia.
As representantes da Caixa presentes no encontro demonstraram sensibilidade à causa e disposição para colaborar. Elas se comprometeram a avaliar os compromissos propostos pela Fenae, com o objetivo de transformar a Caixa em um exemplo de respeito e integridade no combate ao assédio moral e sexual e tornar o banco um ambiente de trabalho seguro e livre de qualquer forma de abuso.
“Essa união de esforços para combater o assédio e qualquer tipo de violência terá sempre meu respaldo. Queremos ser uma empresa protagonista e referência para todo o mercado”, afirmou a vice-presidente de Riscos, Henriete Bernabé.
> Acesse a carta-compromisso da Fenae entregue ao banco

Na data, a Fenae também lançou uma cartilha de combate aos assédios e outras discriminações no ambiente de trabalho. A iniciativa busca não apenas relembrar os acontecimentos, para que jamais se repitam, mas também contribuir para que os trabalhadores possam identificar e denunciar os assédios.
O presidente da Fenae, Sergio Takemoto, ao comentar sobre a importância da nova cartilha, reforçou o compromisso da entidade com a justiça e a integridade no ambiente de trabalho.
“Foi muito triste não somente para os empregados, mas para toda a sociedade. Sabemos que, infelizmente, a prática do assédio é uma ferramenta de gestão e existe um histórico muito grave de tolerância aos casos, com denúncias que não resultam em consequências, o que acaba desestimulando que as vítimas denunciem”, destacou.
A cartilha oferece informações sobre os diferentes tipos de assédio, como identificá-los e os impactos físicos e mentais sobre as vítimas. Além disso, a publicação aborda ações de prevenção, além de orientações sobre como denunciar esses abusos, contribuindo para um ambiente de trabalho mais seguro e saudável.
> Clique aqui e acesse a cartilha
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