26/06/2024
Caixa apresenta proposta de reestruturação da rede
A Caixa Econômica Federal atendeu o questionamento da representação das empregadas e empregados e, na terça-feira (25), apresentou a proposta de “reposicionamento estratégico da sua rede de varejo”. Na verdade, trata-se da transformação de agências físicas, com menor volume de transações, clientes e participação financeira, em unidades digitais. A reestruturação atingirá 128 agências. Destas, 117 serão transformadas em digitais e 11 serão fechadas.
“É importante ocuparmos o espaço digital para oferecer serviços de qualidade com taxas mais baratas para os clientes que hoje são reféns das altas taxas das fintechs. Mas, a Caixa não pode abrir mão de estar em todos os lugares para cumprir sua missão de atender quem mais precisa. Temos que ter capilaridade para disputarmos também os clientes nas agências físicas”, disse o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), Rafael de Castro.
Mantenha o foco
Com a medida, o banco aumentará o número de agências digitais das 60 que possui atualmente para 177. O banco subsidia o plano na informação de que, atualmente, 43% das transações na Caixa já são realizadas de forma digital. O objetivo da reestruturação, segundo o banco, é modernizar as operações e melhorar o atendimento, sem deixar de focar da humanização.
O banco disse ainda que tem a intenção de expandir sua atuação nas cidades e localidades mais populosas, com mais de 40 mil habitantes, garantindo sua presença em todas as microrregiões do país.
Para o coordenador da CEE, mais do que abrir unidades digitais, a Caixa precisa estabelecer um plano de negócios focado na oferta de linhas de crédito e bancarização para a enorme parcela de brasileiros que é carente de serviços bancários e taxas acessíveis, mais baratas. “Apenas migrar para o digital não garante disputar clientes com os demais bancos. É preciso oferecer produtos com foco naquilo que é o nosso carro chefe, que é o atendimento social a uma enorme massa de pessoas, ávidas pelos serviços que nós podemos oferecer, mas acabamos perdendo parte deste público por carência de pessoal e infraestrutura das agências”, disse.
Impacto nos empregados
Os dados apresentados pelo banco mostram que 1.009 empregadas e empregados trabalham nas 128 agências que serão atingidas. Aqueles que não forem transferidos para as 117 unidades digitais, reforçarão as equipes de agências físicas próximas ao seu local atual de lotação. O banco garantiu que não haverá necessidade grande deslocamento para o novo local de lotação e que este será sempre no mesmo município. Segundo a Caixa, nenhum empregado perderá função ou sofrerá perda na remuneração.
Nos próximos dias a Caixa deve ser reunir com os superintendes regionais e os gerentes gerais. Em seguida, fornecerá os dados e a lista das unidades a serem atingidas, e o regramento da transição para que as representações dos trabalhadores possam acompanhar o processo.
Mas, a Caixa antecipou que todos os empregados poderão manifestar o interesse em atuar nas unidades digitais. A preferência, no entanto, será para pessoas com deficiência, ou responsáveis por dependentes PcD, devido à estrutura mais adequada de atendimento e maior possibilidade de flexibilização de jornada.
Atenção com clientes e empregados
“É sempre um trauma o fechamento de uma agência. Antes de efetivar a mudança de perfil de uma unidade, é preciso que a Caixa faça uma comunicação muito bem-feita com os clientes e com os empregados, para evitar traumas desnecessários. Não é suficiente apenas uma cartinha informativa”, disse o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa, Sergio Takemoto. “Além disso, é preciso que haja estrutura adequada para receber as unidades digitais e os empregados que vão trabalhar nelas. Após a pandemia vimos como foi ruim o retorno de empregados para o trabalho presencial, devido ao movimento de entrega de prédios onde funcionavam diversos departamentos. Isso não pode se repetir”, completou.
A Caixa garantiu que a equipe de treinamento do pessoal e preparação da transição será multidisciplinar e proativa. A previsão é que em 60 dias após o início do treinamento a transformação de agência física seja concluída, sempre com comunicados pessoais, não apenas por meio de correspondência, tanto para os clientes quanto para os empregados.
“Anúncios como este são sempre preocupantes. No interior do estado, por exemplo, as filas são um problema frequente, sobretudo para o recebimento de benefícios sociais. Com o fechamento de agências em alguns municípios da base do Sindicato, a população local e de cidades vizinhas, em que não há uma unidade do banco público, concentra-se nas unidades que permanecem. Os tumultos e aglomerações decorrentes da falta de funcionários e das questões relativas à tecnologia não resultam apenas na precarização do atendimento, mas colocam em risco a saúde física e mental dos trabalhadores, que já sofrem com a sobrecarga de trabalho e metas. Vamos acompanhar o desdobramento do processo e estamos atentos aos impactos para evitar que haja qualquer prejuízo às empregadas e empregados", ressaltou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
“É importante ocuparmos o espaço digital para oferecer serviços de qualidade com taxas mais baratas para os clientes que hoje são reféns das altas taxas das fintechs. Mas, a Caixa não pode abrir mão de estar em todos os lugares para cumprir sua missão de atender quem mais precisa. Temos que ter capilaridade para disputarmos também os clientes nas agências físicas”, disse o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), Rafael de Castro.
Mantenha o foco
Com a medida, o banco aumentará o número de agências digitais das 60 que possui atualmente para 177. O banco subsidia o plano na informação de que, atualmente, 43% das transações na Caixa já são realizadas de forma digital. O objetivo da reestruturação, segundo o banco, é modernizar as operações e melhorar o atendimento, sem deixar de focar da humanização.
O banco disse ainda que tem a intenção de expandir sua atuação nas cidades e localidades mais populosas, com mais de 40 mil habitantes, garantindo sua presença em todas as microrregiões do país.
Para o coordenador da CEE, mais do que abrir unidades digitais, a Caixa precisa estabelecer um plano de negócios focado na oferta de linhas de crédito e bancarização para a enorme parcela de brasileiros que é carente de serviços bancários e taxas acessíveis, mais baratas. “Apenas migrar para o digital não garante disputar clientes com os demais bancos. É preciso oferecer produtos com foco naquilo que é o nosso carro chefe, que é o atendimento social a uma enorme massa de pessoas, ávidas pelos serviços que nós podemos oferecer, mas acabamos perdendo parte deste público por carência de pessoal e infraestrutura das agências”, disse.
Impacto nos empregados
Os dados apresentados pelo banco mostram que 1.009 empregadas e empregados trabalham nas 128 agências que serão atingidas. Aqueles que não forem transferidos para as 117 unidades digitais, reforçarão as equipes de agências físicas próximas ao seu local atual de lotação. O banco garantiu que não haverá necessidade grande deslocamento para o novo local de lotação e que este será sempre no mesmo município. Segundo a Caixa, nenhum empregado perderá função ou sofrerá perda na remuneração.
Nos próximos dias a Caixa deve ser reunir com os superintendes regionais e os gerentes gerais. Em seguida, fornecerá os dados e a lista das unidades a serem atingidas, e o regramento da transição para que as representações dos trabalhadores possam acompanhar o processo.
Mas, a Caixa antecipou que todos os empregados poderão manifestar o interesse em atuar nas unidades digitais. A preferência, no entanto, será para pessoas com deficiência, ou responsáveis por dependentes PcD, devido à estrutura mais adequada de atendimento e maior possibilidade de flexibilização de jornada.
Atenção com clientes e empregados
“É sempre um trauma o fechamento de uma agência. Antes de efetivar a mudança de perfil de uma unidade, é preciso que a Caixa faça uma comunicação muito bem-feita com os clientes e com os empregados, para evitar traumas desnecessários. Não é suficiente apenas uma cartinha informativa”, disse o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa, Sergio Takemoto. “Além disso, é preciso que haja estrutura adequada para receber as unidades digitais e os empregados que vão trabalhar nelas. Após a pandemia vimos como foi ruim o retorno de empregados para o trabalho presencial, devido ao movimento de entrega de prédios onde funcionavam diversos departamentos. Isso não pode se repetir”, completou.
A Caixa garantiu que a equipe de treinamento do pessoal e preparação da transição será multidisciplinar e proativa. A previsão é que em 60 dias após o início do treinamento a transformação de agência física seja concluída, sempre com comunicados pessoais, não apenas por meio de correspondência, tanto para os clientes quanto para os empregados.
“Anúncios como este são sempre preocupantes. No interior do estado, por exemplo, as filas são um problema frequente, sobretudo para o recebimento de benefícios sociais. Com o fechamento de agências em alguns municípios da base do Sindicato, a população local e de cidades vizinhas, em que não há uma unidade do banco público, concentra-se nas unidades que permanecem. Os tumultos e aglomerações decorrentes da falta de funcionários e das questões relativas à tecnologia não resultam apenas na precarização do atendimento, mas colocam em risco a saúde física e mental dos trabalhadores, que já sofrem com a sobrecarga de trabalho e metas. Vamos acompanhar o desdobramento do processo e estamos atentos aos impactos para evitar que haja qualquer prejuízo às empregadas e empregados", ressaltou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
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