11/03/2024
Santander passa a usar o PDI para rebaixar bônus dos bancários
O Santander passou a utilizar o PDI (Plano de Desenvolvimento Pessoal) como um dos critérios para o pagamento do bônus/variável, com possibilidade de penalização de até 20% para quem não atingir o PDI, uma decisão inédita que revoltou os trabalhadores do banco espanhol.
O PDI, que já existe no Santander há mais de uma década e nunca foi utilizado como critério para o pagamento de bônus/variável, tem o intuito de ser um estímulo para a formação contínua e autocuidado do trabalhador. Porém, ao vincular o cumprimento dos objetivos do PDI ao pagamento do bônus/variável, o Santander transforma a iniciativa em mais uma ferramenta de pressão sobre o trabalhador, invadindo seu tempo fora de jornada e sua vida pessoal.
É válido informar que muitas das atividades que podem ser incluídas no PDI, se não todas, possuem custos arcados pelo trabalhador. Ou seja, na avaliação do movimento sindical, a vinculação do PDI como critério do bônus/variável é uma forma do banco se apoderar do tempo livre do trabalhador em benefício próprio e ainda fazer com que ele ainda pague por isso.
É importante destacar também o caso das mulheres bancárias, 60% do quadro de funcionários do Santander, que muitas vezes cumprem uma dupla jornada - no banco e nos cuidados com a casa e a família – e que agora terão de disponibilizar de mais um tempo, que já não dispõem, para cumprir o PDI e evitar que sua remuneração variável seja achatada.
O Sindicato dos Bancários de Catanduva e região defende que a formação contínua do trabalhador, fora da jornada, deve ser uma iniciativa livre quando, por exemplo, buscar uma promoção. Iniciativa essa que deve ser valorizada pelo banco, porém, não pode ser utilizada como critério de mensuração da variável.
O movimento sindical reivindica, portanto, que o Santander reveja penalizações vinculadas ao PDI e respeite o bancário brasileiro, o seu tempo livre e a sua privacidade. Por exemplo, se o trabalhador indicou a realização de um curso de idiomas, ou uma viagem, e por qualquer motivo não concluiu o objetivo, ele não pode ser penalizado. Estes trabalhadores já sofrem na sua jornada de trabalho com o assédio moral, com a pressão absurda por metas e com a sobrecarga de trabalho. Interferir no seu tempo fora da jornada é mais um fator para levá-lo ao adoecimento mental e físico.
"Lamentamos que, mais uma vez, o banco tome uma medida que tem consequências diretas não só no dia a dia de trabalho, mas também na vida pessoal do bancário, sem negociar com a representação sindical. O banco espanhol, como sempre, é pioneiro entre as instituições nas questões que podem causar algum dano aos seus trabalhadores. O tempo fora de jornada do bancário não é propriedade do Santander, e sua liberdade para escolher quais atividades pretende realizar em seu tempo livre deve ser respeitada, e não ser motivo para qualquer tipo de penalização!", reforçou o diretor do Sindicato, Júlio César Trigo.
O PDI, que já existe no Santander há mais de uma década e nunca foi utilizado como critério para o pagamento de bônus/variável, tem o intuito de ser um estímulo para a formação contínua e autocuidado do trabalhador. Porém, ao vincular o cumprimento dos objetivos do PDI ao pagamento do bônus/variável, o Santander transforma a iniciativa em mais uma ferramenta de pressão sobre o trabalhador, invadindo seu tempo fora de jornada e sua vida pessoal.
É válido informar que muitas das atividades que podem ser incluídas no PDI, se não todas, possuem custos arcados pelo trabalhador. Ou seja, na avaliação do movimento sindical, a vinculação do PDI como critério do bônus/variável é uma forma do banco se apoderar do tempo livre do trabalhador em benefício próprio e ainda fazer com que ele ainda pague por isso.
É importante destacar também o caso das mulheres bancárias, 60% do quadro de funcionários do Santander, que muitas vezes cumprem uma dupla jornada - no banco e nos cuidados com a casa e a família – e que agora terão de disponibilizar de mais um tempo, que já não dispõem, para cumprir o PDI e evitar que sua remuneração variável seja achatada.
O Sindicato dos Bancários de Catanduva e região defende que a formação contínua do trabalhador, fora da jornada, deve ser uma iniciativa livre quando, por exemplo, buscar uma promoção. Iniciativa essa que deve ser valorizada pelo banco, porém, não pode ser utilizada como critério de mensuração da variável.
O movimento sindical reivindica, portanto, que o Santander reveja penalizações vinculadas ao PDI e respeite o bancário brasileiro, o seu tempo livre e a sua privacidade. Por exemplo, se o trabalhador indicou a realização de um curso de idiomas, ou uma viagem, e por qualquer motivo não concluiu o objetivo, ele não pode ser penalizado. Estes trabalhadores já sofrem na sua jornada de trabalho com o assédio moral, com a pressão absurda por metas e com a sobrecarga de trabalho. Interferir no seu tempo fora da jornada é mais um fator para levá-lo ao adoecimento mental e físico.
"Lamentamos que, mais uma vez, o banco tome uma medida que tem consequências diretas não só no dia a dia de trabalho, mas também na vida pessoal do bancário, sem negociar com a representação sindical. O banco espanhol, como sempre, é pioneiro entre as instituições nas questões que podem causar algum dano aos seus trabalhadores. O tempo fora de jornada do bancário não é propriedade do Santander, e sua liberdade para escolher quais atividades pretende realizar em seu tempo livre deve ser respeitada, e não ser motivo para qualquer tipo de penalização!", reforçou o diretor do Sindicato, Júlio César Trigo.
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