08/08/2023

Itaú lucra R$ 17,2 bilhões no primeiro semestre de 2023

O Itaú Unibanco obteve Lucro Líquido Recorrente Gerencial – que exclui efeitos extraordinários – de R$ 17,2 bilhões, no primeiro semestre de 2023. O resultado representa alta de 14,2% em relação ao mesmo período de 2022 e de 3,6% no 2º trimestre de 2023, em relação ao anterior.

Ao final de junho de 2023, a holding contava com 88.078 empregados no país, com abertura de 375 postos de trabalho em doze meses. No entanto, no 2º trimestre, houve redução de 1.419 empregados(as). De acordo com o relatório do banco, essa diminuição se deve à reestruturação das áreas de TI e de atendimento e à redução de agências físicas. Em doze meses, foram fechadas 152 agências físicas no Brasil e abertas 78 agências digitais, totalizando 2.639 agências físicas e 427 agências digitais ao final de junho de 2023.

“Lucro significativo, num período de juros altos, diminuição de agências bancárias, demissão de funcionários e terceirização de vários setores bancários e aumento das agências digitais. Com essa política e a atual prática no mercado financeiro, não tem como não ter lucro nas alturas”, afirmou Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú.

O diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Ricardo Jorge Nassar Jr, acrescenta que a tão propagada digitalização dos serviços do Itaú, que tem sido usada como justificativa para o banco fechar agências físicas e demitir bancários, deixou milhões de clientes na mão devido à instabilidade no aplicativo e internet banking, na última segunda-feira (7), quinto dia útil do mês, quando muitos trabalhadores recebem seus salários e pagam contas. 

"O movimento sindical não é contra a digitalização, mas o banco não pode se esquecer que é uma concessão pública e, como tal, deve oferecer atendimento bancário para todos os clientes, inclusive aos que não estão familiarizados com as novas tecnologias. Os avanços tecnológicos devem ser utilizadas para garantir melhorias no atendimento bancário e para garantir melhores condições de trabalho aos trabalhadores do ramo financeiro, com aumento de remuneração e redução de jornada, e não para aumentar ainda mais o desemprego na categoria bancária e no país", destaca Nassar.

Além de tudo isso, observa ainda o coordenador da COE, ocorrem várias injustiças nos locais de trabalho. “O assédio moral vem aumentando a cada dia por cobrança de metas abusivas, falta de pessoal e demissão de funcionários com idade acima de 40 anos. Por isso, a Contraf-CUT, federações e sindicatos vão desenvolver uma campanha conjunta contra demissão, falta segurança nas agências e terceirização”, completou Jair Alves.

Veja aqui os destaques completos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Fonte: Contraf-CUT, com edição de Seeb Catanduva

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