14/04/2023
Balanço da Funcef 2022: déficit consolidado é de R$ 6,9 bilhões
A gestão anterior da Fundação dos Economiários Federais (Funcef) publicou no seu site o balanço anual de 2022 com superávit de R$1,28 bilhão. O número positivo, no entanto, confunde os participantes. Embora alguns planos tenham alcançado a meta atuarial do período, de 10,7%, os planos da Fundação contabilizam déficit consolidado de R$ 6,9 bilhões.
O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto, lamentou a divulgação. “A publicação dá margem a interpretações equivocadas”, considerou. “O déficit acumulado está fora do limite de exigência de novos equacionamentos, mas a situação é preocupante. Nossa esperança é que a nova diretoria da Fundação adote uma gestão de transparência e honestidade com os participantes”, salientou.
A rentabilidade do Reg/Replan Não Saldado fechou em 11,47%, atingindo um resultado positivo de R$ 115 milhões. O número parece exitoso, porém, é resultado da alteração no regulamento do plano para implementar a CGPAR 25. Essa mudança causou prejuízos financeiros aos participantes [leia aqui].
À época, em janeiro de 2022, houve abatimento de R$ 1 bilhão no equacionamento. “Este alívio nas contas só foi possível porque a Funcef reduziu os custos do plano, diminuindo o benefício futuro do participante. E os benefícios já concedidos também sofrem impacto em função da mudança do índice de correção”, lembrou o presidente da Fenae [leia]. “Inclusive, é importante destacar que o superávit da Fundação em 2022 se deu, basicamente, em decorrência desta ação”, ressaltou.
Já a rentabilidade do Reg/Replan Saldado foi de 12,08%, diante da meta de 10,70%. Mesmo superando a meta, o plano fechou o ano com um déficit de R$ 162 milhões.
Novo Plano e REB, modalidade Benefício Definido (cotas dos assistidos), alcançaram 12,48% e 12,14%, respectivamente. Nestes planos há déficit de R$ 156 milhões e superávit de R$ 26 milhões, nesta ordem.
Já as cotas dos ativos (modalidade Contribuição Definida) não atingiram a meta – 9,44% para Novo Plano e 9,09% para REB. A rentabilidade abaixo da meta atuarial, no caso desses planos, significa um benefício menor no futuro, já que o saldo acumulado é inferior.
Contencioso – Outra preocupação das entidades sindicais é o contencioso judicial – passivo trabalhista da patrocinadora que recai sobre os participantes. Os valores das ações de perda provável, que é preciso provisionar as perdas no balanço, chegam a R$ 1,616 bilhão. Já os valores em perda possível, quando não tem impacto contábil, mas deve ser declarado no balanço, somam R$ 3,5 bilhões. A reivindicação dos representantes dos trabalhadores, há anos, é a cobrança da patrocinadora pela Funcef, já que é da Caixa a responsabilidade dos valores bilionários gerados por ela em processos trabalhistas.
O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto, lamentou a divulgação. “A publicação dá margem a interpretações equivocadas”, considerou. “O déficit acumulado está fora do limite de exigência de novos equacionamentos, mas a situação é preocupante. Nossa esperança é que a nova diretoria da Fundação adote uma gestão de transparência e honestidade com os participantes”, salientou.
A rentabilidade do Reg/Replan Não Saldado fechou em 11,47%, atingindo um resultado positivo de R$ 115 milhões. O número parece exitoso, porém, é resultado da alteração no regulamento do plano para implementar a CGPAR 25. Essa mudança causou prejuízos financeiros aos participantes [leia aqui].
À época, em janeiro de 2022, houve abatimento de R$ 1 bilhão no equacionamento. “Este alívio nas contas só foi possível porque a Funcef reduziu os custos do plano, diminuindo o benefício futuro do participante. E os benefícios já concedidos também sofrem impacto em função da mudança do índice de correção”, lembrou o presidente da Fenae [leia]. “Inclusive, é importante destacar que o superávit da Fundação em 2022 se deu, basicamente, em decorrência desta ação”, ressaltou.
Já a rentabilidade do Reg/Replan Saldado foi de 12,08%, diante da meta de 10,70%. Mesmo superando a meta, o plano fechou o ano com um déficit de R$ 162 milhões.
Novo Plano e REB, modalidade Benefício Definido (cotas dos assistidos), alcançaram 12,48% e 12,14%, respectivamente. Nestes planos há déficit de R$ 156 milhões e superávit de R$ 26 milhões, nesta ordem.
Já as cotas dos ativos (modalidade Contribuição Definida) não atingiram a meta – 9,44% para Novo Plano e 9,09% para REB. A rentabilidade abaixo da meta atuarial, no caso desses planos, significa um benefício menor no futuro, já que o saldo acumulado é inferior.
Contencioso – Outra preocupação das entidades sindicais é o contencioso judicial – passivo trabalhista da patrocinadora que recai sobre os participantes. Os valores das ações de perda provável, que é preciso provisionar as perdas no balanço, chegam a R$ 1,616 bilhão. Já os valores em perda possível, quando não tem impacto contábil, mas deve ser declarado no balanço, somam R$ 3,5 bilhões. A reivindicação dos representantes dos trabalhadores, há anos, é a cobrança da patrocinadora pela Funcef, já que é da Caixa a responsabilidade dos valores bilionários gerados por ela em processos trabalhistas.
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