05/04/2023
Empregados e Caixa debatem sobre condições de trabalho
O Grupo de Trabalho sobre Condições de Trabalho na Caixa Econômica Federal, composto por representantes dos empregados e do banco, reuniu-se na terça-feira (4) para dar continuidade às tratativas em relação aos problemas que afetam o dia a dia dos trabalhadores nas unidades do banco.
As discussões giraram em torno, principalmente, dos problemas que afetam as empregadas e empregados com deficiência (Pessoas com Deficiência – PCDs) e sobre as formas de estabelecimento e cobrança de metas.
PCDs
Em continuidade aos debates realizados na reunião anterior do GT de Condições de Trabalho, ocorrida no dia 6 de março, a Caixa apresentou um plano de adequação aos requisitos de acessibilidade e disse que tem uma meta de adequar 10% das agências com necessidade de adaptação ainda em 2023.
A representação dos empregados ressaltou que é preciso ter atenção para que as mudanças que serão realizadas não prejudiquem os demais trabalhadores.
“Na semana passada realizamos uma reunião com a Caixa, específica dos empregados que cumprem as funções de caixa, tesouraria e avaliação de penhor. E, por exemplo, a nivelação dos pisos nos espaços destinados aos caixas e as gavetas de numerário, mudanças implementadas pelo banco no novo modelo com acessibilidade, são prejudiciais aos trabalhadores”, observou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. “Precisamos garantir a acessibilidade sem prejudicar os demais trabalhadores. Por isso, antes de fazer mudanças como estas, é preciso ouvir quem vai usar os equipamentos e o mobiliário”, completou.
Os trabalhadores também perguntaram em quantas unidades da Caixa existem PCDs lotadas e quais funções são ocupadas por este grupamento.
Outra demanda apresentada ao banco é para a redução da jornada de empregados e empregadas que sejam responsáveis por PCDs. Em dezembro, o Supremo Tribunal Federal decidiu que servidoras e servidores públicos municipais e estaduais que sejam cuidadores de pessoas com deficiência têm direito à redução de 30% a 50% da jornada de trabalho. O Tribunal Superior do Trabalho também já vinha tomando decisões com este mesmo entendimento.
A Caixa ficou de analisar os pedidos e responder na próxima reunião.
Metas
A coordenadora da CEE ressaltou que a pressão gerada pela cobrança de metas é o que mais tem causado adoecimento nas empregadas e empregados da Caixa. “Queremos debater sobre a forma como será feita a cobrança e, também, sobre como estas metas serão estabelecidas”, destacou ao lembrar que a presidenta do banco, Rita Serrano, disse que o programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP) será revisto. “O que substituirá a GDP?”, questionou.
Os trabalhadores solicitaram um relatório com a quantidade e localidade de empregados afastados e os respetivos códigos de Classificação Internacional de Doenças (CID). “Não queremos nomes de empregados. Queremos apenas saber o que está levando os trabalhadores a se afastarem para tratamentos de saúde, com a intenção de tentar identificar a causa e evitar adoecimentos”, explicou a coordenadora da CEE.
Fabiana acrescentou ainda que os problemas relacionados às metas perpassam diversas diretorias da Caixa, não apenas à vice-presidência de rede e, por isso, deve ser analisado por solucionado em todas elas.
Pesquisas de satisfação
Os trabalhadores também cobraram a volta das pesquisas de satisfação dos empregados com o banco. “Elas ajudam a melhorar a identificação dos problemas que afetam o dia de trabalho na rede e nas unidades administrativas do banco e, consequentemente, a solução dos mesmos”, disse.
Vacinação
Questionada, a Caixa informou que vai antecipar a campanha de vacinação deste ano contra a gripe (H1N1). Em 2022, a vacinação começou em maio. Neste ano, começará no dia 17 de abril em diversos estados. Uma segunda leva começa no dia 24 de abril e a última no dia 9 de maio.
O banco fará um comunicado aos gestores das unidades com o calendário de vacinação. A Caixa informou ainda que a vacinação será realizada nas próprias unidades e que, por determinação do Ministério Público Federal, não há previsão de reembolso do valor aos empregados que optarem por realizar a vacinação em um local de sua preferência.
Eventos e palestras de formação
A representação dos trabalhadores cobrou que as palestras e eventos sejam realizados em horário que facilitem a participação dos empregados, pois, dependendo do horário, alguns colegas da rede não poderão participar.
Contratações
Os trabalhadores também lembraram que há um déficit grande de empregados, principalmente na rede. "A falta de empregados está gerando muitos adoecimentos entre os trabalhadores e uma insatisfação crescente na população que busca atendimento. A diminuição dos postos de trabalho bem como o encolhimento do banco na gestão passada é um processo que muito prejudicou os trabalhadores - que têm de lidar com sobrecarga cada vez maior -, e a população, sobretudo a de mais baixa renda - que estaria apartada dos serviços bancários se não fosse a Caixa, o único banco com presença em todos os municípios brasileiros", destacou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
Próxima reunião
O agendamento de outras reuniões dificultou a definição da data para a próxima reunião do GT de Condições de Trabalho, mas os trabalhadores solicitaram que o novo encontro seja, se possível, realizado ainda neste mês.
As discussões giraram em torno, principalmente, dos problemas que afetam as empregadas e empregados com deficiência (Pessoas com Deficiência – PCDs) e sobre as formas de estabelecimento e cobrança de metas.
PCDs
Em continuidade aos debates realizados na reunião anterior do GT de Condições de Trabalho, ocorrida no dia 6 de março, a Caixa apresentou um plano de adequação aos requisitos de acessibilidade e disse que tem uma meta de adequar 10% das agências com necessidade de adaptação ainda em 2023.
A representação dos empregados ressaltou que é preciso ter atenção para que as mudanças que serão realizadas não prejudiquem os demais trabalhadores.
“Na semana passada realizamos uma reunião com a Caixa, específica dos empregados que cumprem as funções de caixa, tesouraria e avaliação de penhor. E, por exemplo, a nivelação dos pisos nos espaços destinados aos caixas e as gavetas de numerário, mudanças implementadas pelo banco no novo modelo com acessibilidade, são prejudiciais aos trabalhadores”, observou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. “Precisamos garantir a acessibilidade sem prejudicar os demais trabalhadores. Por isso, antes de fazer mudanças como estas, é preciso ouvir quem vai usar os equipamentos e o mobiliário”, completou.
Os trabalhadores também perguntaram em quantas unidades da Caixa existem PCDs lotadas e quais funções são ocupadas por este grupamento.
Outra demanda apresentada ao banco é para a redução da jornada de empregados e empregadas que sejam responsáveis por PCDs. Em dezembro, o Supremo Tribunal Federal decidiu que servidoras e servidores públicos municipais e estaduais que sejam cuidadores de pessoas com deficiência têm direito à redução de 30% a 50% da jornada de trabalho. O Tribunal Superior do Trabalho também já vinha tomando decisões com este mesmo entendimento.
A Caixa ficou de analisar os pedidos e responder na próxima reunião.
Metas
A coordenadora da CEE ressaltou que a pressão gerada pela cobrança de metas é o que mais tem causado adoecimento nas empregadas e empregados da Caixa. “Queremos debater sobre a forma como será feita a cobrança e, também, sobre como estas metas serão estabelecidas”, destacou ao lembrar que a presidenta do banco, Rita Serrano, disse que o programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP) será revisto. “O que substituirá a GDP?”, questionou.
Os trabalhadores solicitaram um relatório com a quantidade e localidade de empregados afastados e os respetivos códigos de Classificação Internacional de Doenças (CID). “Não queremos nomes de empregados. Queremos apenas saber o que está levando os trabalhadores a se afastarem para tratamentos de saúde, com a intenção de tentar identificar a causa e evitar adoecimentos”, explicou a coordenadora da CEE.
Fabiana acrescentou ainda que os problemas relacionados às metas perpassam diversas diretorias da Caixa, não apenas à vice-presidência de rede e, por isso, deve ser analisado por solucionado em todas elas.
Pesquisas de satisfação
Os trabalhadores também cobraram a volta das pesquisas de satisfação dos empregados com o banco. “Elas ajudam a melhorar a identificação dos problemas que afetam o dia de trabalho na rede e nas unidades administrativas do banco e, consequentemente, a solução dos mesmos”, disse.
Vacinação
Questionada, a Caixa informou que vai antecipar a campanha de vacinação deste ano contra a gripe (H1N1). Em 2022, a vacinação começou em maio. Neste ano, começará no dia 17 de abril em diversos estados. Uma segunda leva começa no dia 24 de abril e a última no dia 9 de maio.
O banco fará um comunicado aos gestores das unidades com o calendário de vacinação. A Caixa informou ainda que a vacinação será realizada nas próprias unidades e que, por determinação do Ministério Público Federal, não há previsão de reembolso do valor aos empregados que optarem por realizar a vacinação em um local de sua preferência.
Eventos e palestras de formação
A representação dos trabalhadores cobrou que as palestras e eventos sejam realizados em horário que facilitem a participação dos empregados, pois, dependendo do horário, alguns colegas da rede não poderão participar.
Contratações
Os trabalhadores também lembraram que há um déficit grande de empregados, principalmente na rede. "A falta de empregados está gerando muitos adoecimentos entre os trabalhadores e uma insatisfação crescente na população que busca atendimento. A diminuição dos postos de trabalho bem como o encolhimento do banco na gestão passada é um processo que muito prejudicou os trabalhadores - que têm de lidar com sobrecarga cada vez maior -, e a população, sobretudo a de mais baixa renda - que estaria apartada dos serviços bancários se não fosse a Caixa, o único banco com presença em todos os municípios brasileiros", destacou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
Próxima reunião
O agendamento de outras reuniões dificultou a definição da data para a próxima reunião do GT de Condições de Trabalho, mas os trabalhadores solicitaram que o novo encontro seja, se possível, realizado ainda neste mês.
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