07/12/2022
Itaú: pressão absurda por metas gera adoecimento e demissões
A pressão absurda por metas de vendas de produtos bancários no Itaú não para de aumentar. Tal situação está levando os bancários da instituição a adoecerem e cometerem erros, que em última instância podem levá-los a perder o emprego.
Nas últimas semanas, o movimento sindical recebeu diversos trabalhadores que foram contatados, ou até mesmo desligados, pela Gerência de Inspetoria do Itaú. Em alguns casos, estes trabalhadores não deveriam nem mesmo ter sido acionados, uma vez que se tratam de reclamações de clientes que realizaram a contratações de produtos bancários seguindo todos os procedimentos de segurança.
Já em outros casos, bancários foram demitidos por descumprimento da Política Corporativa de Prevenção a Atos Ilícitos. Entretanto, na grande maioria destes casos, este descumprimento – especialmente em vendas de Consórcios e Seguros, itens que geraram vários desligamentos nas últimas semanas - é resultado de erros cometidos pelo trabalhador por conta da enorme pressão para bater metas abusivas e falta de treinamento com foco na RP-50.
A representação dos trabalhadores atenta para a questão de que, apesar de cada agência ter as suas especificidades, que não permitem que tenham os mesmos resultados que outras unidades, a mensuração dos resultados no GERA não leva isso em consideração. Também não são considerados obstáculos que fogem da alçada do bancário. Em novembro, por exemplo, o banco realizou a adequação do seu servidor, tornando o sistema inoperante por vezes nas agências; houve feriados; jogos do Brasil na Copa; e as metas não diminuíram.
"Simultaneamente, os programas de metas abusivas determinados pela direção do banco têm gerado uma realidade de assédio moral institucionalizado na empresa, o que também tem resultado no adoecimento de um grande número de bancários. Todas estas medidas causadas pela direção da instituição financeira elevam a sobrecarga de trabalho e ampliam a rotatividade nos postos de trabalho", ressalta o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Ricardo Jorge Nassar Jr.
GERA
O Itaú incentiva que os bancários busquem pontuações bem acima dos 1.000 pontos no GERA, que na teoria seria a meta de empregabilidade. Ocorre que, caso o trabalhador entregue somente os 1.000 pontos, é enquadrado como “baixa performance”. Já os que entregam 1.200 pontos, vislumbrando uma remuneração variável melhor, passam também a ser pressionados a pontuarem cada vez mais.
"Os bancários sofrem com a sobrecarga de trabalho causada pela carência de funcionários nas agências, o que aumenta o stress e as doenças profissionais, além de diminuir a qualidade do atendimento aos clientes. Para piorar, os trabalhadores ainda têm que cumprir as metas absurdas, determinadas pela direção do banco sem qualquer consideração pela situação econômica do país, e os bancários que não alcançam essas ‘super performances’ são pressionados a buscar de qualquer forma tais resultados. Este é um falso discurso meritocrático, uma situação que precisa urgentemente ser revista pela direção do banco", avalia Nassar.
Adoecimento e demissão
De acordo com a representação dos trabalhadores, estes funcionários, quando não adoecem, incidem em erros. E, quando ‘investigados’ pela Gerência da Inspetoria, são demitidos. Uma forma do banco passar a imagem de que não compactua com ‘desvios’. Porém, o Itaú não atua na causa destes erros, que é justamente uma gestão onde sobra pressão por metas absurdas e faltam mensuração e treinamento adequados, nos quais os bancários possa de fato vender produtos bancários de acordo com o perfil do cliente. Faltam também ações, e tempo, para que o bancário se mantenha informado sobre a Política Corporativa de Prevenção a Atos Ilícitos; Regras Conheça seu funcionário; e RP-50, Regras de Orientação e Aplicação de Medidas Disciplinares.
Omissão e bodes expiatórios
Matéria divulgada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo e região informa que bancários demitidos alegam que foram penalizados por práticas comuns e que gestores compactuam com as mesmas. Por trás desta postura, está a pressão absurda e ameaças de demissão que os trabalhadores são submetidos rotineiramente nas agências. De acordo com as denúncias dos trabalhadores, muitas performances fora da curva não estão totalmente em conformidade com as regras, que gestores fazem vista grossa e, quando alguma situação cai na Gerência de Inspetoria, um trabalhador é feito de bode expiatório e demitido.
O movimento sindical cobra que o Itaú reveja esse modelo de gestão. Por exemplo, o trabalhador poderia ter a autonomia de focar em itens de pontuação maior, ao invés de ser pressionado pela venda de itens como Consórcios e Seguros, rentáveis, mas com pontuação menor. Além disso, é necessário que sejam consideradas as especificidades de cada agência e do período. Enfim, este modelo de gestão tem diversos erros graves que precisam ser corrigidos. O que é inadmissível é que o bancário perca o emprego e a saúde por conta de um modelo de gestão que o massacra.
"Reforçamos aos trabalhadores a importância de denunciarem ao Sindicato casos de assédio em decorrência da cobrança de metas inatingíveis, demissão ou qualquer outro abuso. É muito importante que os bancários nos mantenham informados para que possamos tomar todas as medidas em prol da preservação dos empregos, de melhores condições de trabalho e dos direitos da categoria. O Sindicato está na luta com você!", acrescenta Nassar, diretor do Sindicato.
Nas últimas semanas, o movimento sindical recebeu diversos trabalhadores que foram contatados, ou até mesmo desligados, pela Gerência de Inspetoria do Itaú. Em alguns casos, estes trabalhadores não deveriam nem mesmo ter sido acionados, uma vez que se tratam de reclamações de clientes que realizaram a contratações de produtos bancários seguindo todos os procedimentos de segurança.
Já em outros casos, bancários foram demitidos por descumprimento da Política Corporativa de Prevenção a Atos Ilícitos. Entretanto, na grande maioria destes casos, este descumprimento – especialmente em vendas de Consórcios e Seguros, itens que geraram vários desligamentos nas últimas semanas - é resultado de erros cometidos pelo trabalhador por conta da enorme pressão para bater metas abusivas e falta de treinamento com foco na RP-50.
A representação dos trabalhadores atenta para a questão de que, apesar de cada agência ter as suas especificidades, que não permitem que tenham os mesmos resultados que outras unidades, a mensuração dos resultados no GERA não leva isso em consideração. Também não são considerados obstáculos que fogem da alçada do bancário. Em novembro, por exemplo, o banco realizou a adequação do seu servidor, tornando o sistema inoperante por vezes nas agências; houve feriados; jogos do Brasil na Copa; e as metas não diminuíram.
"Simultaneamente, os programas de metas abusivas determinados pela direção do banco têm gerado uma realidade de assédio moral institucionalizado na empresa, o que também tem resultado no adoecimento de um grande número de bancários. Todas estas medidas causadas pela direção da instituição financeira elevam a sobrecarga de trabalho e ampliam a rotatividade nos postos de trabalho", ressalta o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Ricardo Jorge Nassar Jr.
GERA
O Itaú incentiva que os bancários busquem pontuações bem acima dos 1.000 pontos no GERA, que na teoria seria a meta de empregabilidade. Ocorre que, caso o trabalhador entregue somente os 1.000 pontos, é enquadrado como “baixa performance”. Já os que entregam 1.200 pontos, vislumbrando uma remuneração variável melhor, passam também a ser pressionados a pontuarem cada vez mais.
"Os bancários sofrem com a sobrecarga de trabalho causada pela carência de funcionários nas agências, o que aumenta o stress e as doenças profissionais, além de diminuir a qualidade do atendimento aos clientes. Para piorar, os trabalhadores ainda têm que cumprir as metas absurdas, determinadas pela direção do banco sem qualquer consideração pela situação econômica do país, e os bancários que não alcançam essas ‘super performances’ são pressionados a buscar de qualquer forma tais resultados. Este é um falso discurso meritocrático, uma situação que precisa urgentemente ser revista pela direção do banco", avalia Nassar.
Adoecimento e demissão
De acordo com a representação dos trabalhadores, estes funcionários, quando não adoecem, incidem em erros. E, quando ‘investigados’ pela Gerência da Inspetoria, são demitidos. Uma forma do banco passar a imagem de que não compactua com ‘desvios’. Porém, o Itaú não atua na causa destes erros, que é justamente uma gestão onde sobra pressão por metas absurdas e faltam mensuração e treinamento adequados, nos quais os bancários possa de fato vender produtos bancários de acordo com o perfil do cliente. Faltam também ações, e tempo, para que o bancário se mantenha informado sobre a Política Corporativa de Prevenção a Atos Ilícitos; Regras Conheça seu funcionário; e RP-50, Regras de Orientação e Aplicação de Medidas Disciplinares.
Omissão e bodes expiatórios
Matéria divulgada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo e região informa que bancários demitidos alegam que foram penalizados por práticas comuns e que gestores compactuam com as mesmas. Por trás desta postura, está a pressão absurda e ameaças de demissão que os trabalhadores são submetidos rotineiramente nas agências. De acordo com as denúncias dos trabalhadores, muitas performances fora da curva não estão totalmente em conformidade com as regras, que gestores fazem vista grossa e, quando alguma situação cai na Gerência de Inspetoria, um trabalhador é feito de bode expiatório e demitido.
O movimento sindical cobra que o Itaú reveja esse modelo de gestão. Por exemplo, o trabalhador poderia ter a autonomia de focar em itens de pontuação maior, ao invés de ser pressionado pela venda de itens como Consórcios e Seguros, rentáveis, mas com pontuação menor. Além disso, é necessário que sejam consideradas as especificidades de cada agência e do período. Enfim, este modelo de gestão tem diversos erros graves que precisam ser corrigidos. O que é inadmissível é que o bancário perca o emprego e a saúde por conta de um modelo de gestão que o massacra.
"Reforçamos aos trabalhadores a importância de denunciarem ao Sindicato casos de assédio em decorrência da cobrança de metas inatingíveis, demissão ou qualquer outro abuso. É muito importante que os bancários nos mantenham informados para que possamos tomar todas as medidas em prol da preservação dos empregos, de melhores condições de trabalho e dos direitos da categoria. O Sindicato está na luta com você!", acrescenta Nassar, diretor do Sindicato.
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