17/08/2022
Inflação dos alimentos: Brasileiros deixam produtos básicos na boca do caixa
É cada vez maior o número de produtos descartados na boca do caixa dos supermercados por consumidores que não têm como pagar pelos altos preços cobrados.
Quando a inflação começou disparar e alcançou dois dígitos em setembro do ano passado, os produtos descartados eram os considerados supérfluos, como refrigerantes, cervejas, molhos, biscoitos, hambúrguer e bebida láctea.
Mas, a alta nos preços dos alimentos só piorou e o governo nada fez para controlar a escalada da inflação. O resultado é que a inflação dos alimentos atingiu 14,72% no acumulado de 12 meses, de julho do ano passado a julho deste ano, segundo Índice o Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e as famílias brasileiras começaram a descartar na boca do caixa até itens da cesta básica como leite, óleo de soja, açúcar e farinha de trigo.
“O tamanho da pilha de produtos deixados no caixa pelo consumidor é a medida concreta do tamanho da crise que vivenciamos hoje”, afirma Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo (Ibevar).
O aumento dessa pilha foi comprovado por levantamento feito pela Nextop, empresa especializada em tecnologia de segurança de varejo e prevenção de perdas.
De acordo com a pesquisa, 4.997 milhões de itens foram abandonados nos carrinhos dos supermercados entre janeiro e junho deste ano.
O volume é quase 16,5% maior que o do primeiro semestre do ano passado. São 704,9 mil itens a mais barrados na boca do caixa, revela pesquisa inédita feita a pedido do jornal O Estado de São Paulo.
“Um crescimento de 16,42% na quantidade de itens abandonados é altíssimo e reflete que muita gente deve estar tomando susto”, comenta Juliano Camargo, CEO e fundador da Nextop. Embora não haja uma série histórica longa dos dados, Camargo, com 25 anos de experiência no setor, acredita que a quantidade de itens devolvidos na boca do caixa não teria aumentado, caso a inflação de alimentos estivesse controlada.
Os pesquisadores levantaram informações do movimento de caixa de 982 supermercados de médio e pequeno porte de todo o país, incluindo estabelecimentos que atendem a todas as faixas de renda.
A crise econômica, aliada à queda da renda, desemprego, informalidade e falta de políticas públicas do governo federal começou a afetar as famílias brasileiras desde o golpe de 2016, se agravou com a pandemia e virou um caos com a gestão desastrosa da dupla Bolsonaro/Paulo Guedes, seu ministro da economia.
A primeira decisão dos pais e mães de família foi cortar supérfluos, já que além da escalada da inflação, os salários ou estão congelados, como no caso dos servidores públicos federais que estão há quatro anos sem reposição salarial, ou são reduzidos quando o trabalhador fica meses e meses desempregado e consegue se recolocar ganhando menos ou vêm de bicos, que podem ou não aparecer a cada mês.
Como o governo federal não apresentou soluções, as famílias passaram a deixar, envergonhadas e humilhadas, produtos essenciais da cesta básica que não podem pagar na boca do caixa dos supermercados ou indo nos supermercados nos dias de xepa.
Xepa nos supermercados
Para não perder vendas, os supermercados resolveram apelar para a “xepa” antes descartada, como mostrou reportagem publicada pela Folha de S. Paulo. Segundo a matéria, diante da incapacidade das pessoas de comprar produtos como leite, frios, feijão e frango, supermercados estão vendendo alternativas com menor valor nutricional ou até mesmo sobras, como restos de frios, feijão partido e carcaça e pele de frango.
Quando a inflação começou disparar e alcançou dois dígitos em setembro do ano passado, os produtos descartados eram os considerados supérfluos, como refrigerantes, cervejas, molhos, biscoitos, hambúrguer e bebida láctea.
Mas, a alta nos preços dos alimentos só piorou e o governo nada fez para controlar a escalada da inflação. O resultado é que a inflação dos alimentos atingiu 14,72% no acumulado de 12 meses, de julho do ano passado a julho deste ano, segundo Índice o Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e as famílias brasileiras começaram a descartar na boca do caixa até itens da cesta básica como leite, óleo de soja, açúcar e farinha de trigo.
“O tamanho da pilha de produtos deixados no caixa pelo consumidor é a medida concreta do tamanho da crise que vivenciamos hoje”, afirma Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo (Ibevar).
O aumento dessa pilha foi comprovado por levantamento feito pela Nextop, empresa especializada em tecnologia de segurança de varejo e prevenção de perdas.
De acordo com a pesquisa, 4.997 milhões de itens foram abandonados nos carrinhos dos supermercados entre janeiro e junho deste ano.
O volume é quase 16,5% maior que o do primeiro semestre do ano passado. São 704,9 mil itens a mais barrados na boca do caixa, revela pesquisa inédita feita a pedido do jornal O Estado de São Paulo.
“Um crescimento de 16,42% na quantidade de itens abandonados é altíssimo e reflete que muita gente deve estar tomando susto”, comenta Juliano Camargo, CEO e fundador da Nextop. Embora não haja uma série histórica longa dos dados, Camargo, com 25 anos de experiência no setor, acredita que a quantidade de itens devolvidos na boca do caixa não teria aumentado, caso a inflação de alimentos estivesse controlada.
Os pesquisadores levantaram informações do movimento de caixa de 982 supermercados de médio e pequeno porte de todo o país, incluindo estabelecimentos que atendem a todas as faixas de renda.
A crise econômica, aliada à queda da renda, desemprego, informalidade e falta de políticas públicas do governo federal começou a afetar as famílias brasileiras desde o golpe de 2016, se agravou com a pandemia e virou um caos com a gestão desastrosa da dupla Bolsonaro/Paulo Guedes, seu ministro da economia.
A primeira decisão dos pais e mães de família foi cortar supérfluos, já que além da escalada da inflação, os salários ou estão congelados, como no caso dos servidores públicos federais que estão há quatro anos sem reposição salarial, ou são reduzidos quando o trabalhador fica meses e meses desempregado e consegue se recolocar ganhando menos ou vêm de bicos, que podem ou não aparecer a cada mês.
Como o governo federal não apresentou soluções, as famílias passaram a deixar, envergonhadas e humilhadas, produtos essenciais da cesta básica que não podem pagar na boca do caixa dos supermercados ou indo nos supermercados nos dias de xepa.
Xepa nos supermercados
Para não perder vendas, os supermercados resolveram apelar para a “xepa” antes descartada, como mostrou reportagem publicada pela Folha de S. Paulo. Segundo a matéria, diante da incapacidade das pessoas de comprar produtos como leite, frios, feijão e frango, supermercados estão vendendo alternativas com menor valor nutricional ou até mesmo sobras, como restos de frios, feijão partido e carcaça e pele de frango.
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