15/08/2022
Bancários cobram proposta de combate ao assédio moral
O Comando Nacional dos Bancários debateu, nesta segunda-feira (15), com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), sobre o estabelecimento de metas inatingíveis e a cobrança abusiva pelo seu cumprimento.
“Até o levantamento apresentado pelos bancos constata maior adoecimento mental e físico dos bancários na comparação com outras categorias. Precisamos acabar com os geradores do adoecimento que, sabemos, está ligado ao assédio moral e à cobrança abusiva de cumprimento de metas inatingíveis”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é coordenadora do Comando Nacional dos Bancários. “Mas, os bancos insistem que o adoecimento não tem origem na cobrança de metas”, diz.
A consultoria contratada pela Fenaban apresentou dados com base em números dos próprios bancos. “É claro que os números dos Recursos Humanos dos bancos não vão apontar as metas como causa do adoecimento. Nós ouvimos a categoria, que disse o contrário. As metas são sim a principal causa do adoecimento”, disse a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (Seeb/SP), Ivone Silva, ao lembrar da Consulta Nacional 2022, respondida por mais de 35 mil bancários, dos quais 77% acredita que a cobrança excessiva pelo cumprimento de metas causam cansaço, fadiga e preocupação constante; 54% dizem que causa desmotivação, vontade de não ir trabalhar, medo de estourar; 51% diz causar dor, formigamento nos ombros, braços ou mãos; 44% que causa crise de ansiedade e pânico (veja outros resultados no gráfico).
“Até o levantamento apresentado pelos bancos constata maior adoecimento mental e físico dos bancários na comparação com outras categorias. Precisamos acabar com os geradores do adoecimento que, sabemos, está ligado ao assédio moral e à cobrança abusiva de cumprimento de metas inatingíveis”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é coordenadora do Comando Nacional dos Bancários. “Mas, os bancos insistem que o adoecimento não tem origem na cobrança de metas”, diz.
A consultoria contratada pela Fenaban apresentou dados com base em números dos próprios bancos. “É claro que os números dos Recursos Humanos dos bancos não vão apontar as metas como causa do adoecimento. Nós ouvimos a categoria, que disse o contrário. As metas são sim a principal causa do adoecimento”, disse a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (Seeb/SP), Ivone Silva, ao lembrar da Consulta Nacional 2022, respondida por mais de 35 mil bancários, dos quais 77% acredita que a cobrança excessiva pelo cumprimento de metas causam cansaço, fadiga e preocupação constante; 54% dizem que causa desmotivação, vontade de não ir trabalhar, medo de estourar; 51% diz causar dor, formigamento nos ombros, braços ou mãos; 44% que causa crise de ansiedade e pânico (veja outros resultados no gráfico).

“As metas são estabelecidas de cima para baixo e existe muita pressão para que elas sejam atingidas”, observou o secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, Mauro Salles. “As bancárias e os bancários não estão satisfeitos com a forma como as metas são estabelecidas e cobradas. E muito menos com o aumento dos objetivos a serem atingidos após o seu cumprimento. É aquela história de querer mudar a regra do jogo com a partida em andamento”, completou.
“Esperávamos a apresentação de uma proposta global por parte da Fenaban, como vínhamos cobrando, pois os bancos já tiveram tempo e possuem condições mais que suficientes para atender as reivindicações dos trabalhadores. Mas, novamente a Fenaban frustrou a categoria ao não apresentar a proposta e nem mesmo medidas efetivas de combate ao assédio moral, que tem levado à categoria à exaustão física e mental. As discussões precisam avançar, pois não podemos permitir que os bancários continuem adoecendo. E para isso a participação de todos é fundamental. Sem mobilização não há conquistas, quanto maior a pressão sobre os bancos maior será também nossa força de negociação”, ressaltou o presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Roberto Vicentim.
O tema volta a ser discutido na próxima rodada de negociações, que será realizada na quinta-feira (18).
Às 18h tem live sobre a Campanha
A próxima reunião com a Fenaban será nesta quinta-feira 18. “Nossa data-base é 1º de setembro. Por isso, esperamos que na próxima mesa os bancos apresentem uma proposta global e decente para valorizar a categoria que faz os lucros sempre crescentes do setor”, reforçou Neiva Ribeiro, secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, e que também participa das mesas com a Fenaban.
Logo mais, às 18h, Neiva Ribeiro, Ivone Silva e a presidenta da Fetec-SP, Aline Molina, estarão em uma live nas redes sociais do SPBancários para falar com a categoria sobre as negociações da Campanha Nacional Unificada dos Bancários. Não perca!

Teletrabalho
Além do debate sobre metas, também houve acertos sobre a redação de cláusulas de teletrabalho, discutidos na reunião passada. A Fenaban analisará as observações feitas pelo Comando Nacional dos Bancários e enviará uma nova proposta sobre o tema.
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