19/11/2021

Bancários do Banco do Brasil associados ao Economus protestam por negociação com o banco



O Acordo Coletivo de Trabalho firmado com o Banco do Brasil em 2018, e renovado em 2020, prevê a instauração de mesa de negociação para discutir as questões que afetam os funcionários de bancos incorporados, mas até hoje a direção do BB se nega a negociar.

Em face desta situação, e diante do valor da mensalidade do Economus, que praticamente triplicou para os aposentados em 2021, bancários e aposentados, em conjunto com entidades representativas, estão realizando uma série de protestos, nas ruas e nas redes sociais, para cobrar respeito àquilo que a direção do banco se comprometeu em 2018 e 2020: negociação para discutir a situação dos funcionários e aposentados de bancos incorporados.

Na última quarta-feira (17), o movimento sindical, junto a bancários e aposentados, realizou protesto em frente à sede do Banco do Brasil, no edifício Ansarah, localizado na Avenida Paulista, em São Paulo. No mesmo dia também ocorreu um tuitaço nas redes sociais, com a hashtag #CassiEPreviParaTodos.

O mesmo ocorreu no dia 11, quando as redes sociais também foram palco de manifestações virtuais cobrando da direção do BB negociação e Cassi e Previ para todos. Um protesto de bancários e aposentados, apoiado pelos Sindicatos, ocorreu na sede do Economus, no mesmo dia.

O Economus é o instituto de previdência e plano de saúde dos bancários egressos do Banco Nossa Caixa, adquirido pelo Banco do Brasil em 2009.

Mensalidade triplicou para aposentados

O reajuste do novo FEAS, plano do Economus para os aposentados, praticamente triplicou em um ano, indo de 8% para 22,5% dos benefícios recebidos de aposentadoria, tornando insustentável a permanência desses associados no plano, e comprometendo os cuidados com sua saúde.

Desde outubro de 2020, a diretoria do Banco do Brasil, com conhecimento da Cassi, tem proposta de oferta de Cassi e Previ para todos os bancários e aposentados, sem discriminação, apresentada pelo movimento sindical, durante as negociações da renovação do Acordo Coletivo de Trabalho vigente.

“Até quando a direção BB vai continuar se negando a debater os problemas que afetam profundamente os funcionários de bancos incorporados, e tratando parte dos seus empregados e aposentados como de segunda classe?”, questiona o dirigente da Fetec-CUT/SP Antonio Saboia, bancário do Banco do Brasil oriundo da Nossa Caixa.

Os funcionários incorporados e aposentados estão lutando pelo direito à saúde e à vida. São trabalhadores que dedicaram suas vidas ao Banco do Brasil e ao Banco Nossa Caixa, e agora precisam urgentemente de uma resposta.

"Este novo reajuste já vem de uma sequência de aumentos, iniciada em 2018, que praticamente inviabiliza a permanência dos aposentados no plano. Os associados querem abrir diálogo para negociação e solucionar os problemas, mas direção do BB resiste e esta continua sendo uma das nossas reivindicações mais urgentes. A direção do banco não pode continuar fechando os olhos e se negando ao processo negocial. As mobilizações estão se intensificando, e nós vamos continuar na luta até conseguirmos uma solução”, ressalta o presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Roberto Vicentim.
Fonte: Seeb SP, com edição de Seeb Catanduva

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